Resenha Organizações Vistas Como Culturas
Artigo: Resenha Organizações Vistas Como Culturas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: amandacha • 30/8/2013 • 3.219 Palavras (13 Páginas) • 6.431 Visualizações
Criação da Realidade Social:
As Organizações vistas como Culturas
Gareth Morgan considera as organizações como culturas, minissociedades, com seus valores, rituais, ideologias, próprias crenças; que há variações de estilo cultural de uma organização para outra, que organizações individuais também podem ter próprias culturas, que a mente das pessoas refletem nos desdobramentos de qualquer organização.
Com o local de trabalho, sendo influenciado pela cultura, podemos ver que a mudança da organização é uma mudança cultural e que todos os aspectos coorporativos podem ser abordados com essa perspectiva em mente.
De acordo com o autor, desde que o Japão assumiu a posição de líder industrial, os teóricos da administração e os administradores se tornam cada vez mais conscientes das relações entre cultura e administração. Com isso, no decorrer da década de 1970, o desempenho das indústrias automobilística, eletrônica e outras manufaturas japonesas levaram o Japão a assumir o comando dos mercados internacionais, elevando sua qualidade, confiabilidade, valor e serviço.
O Japão abrigou as organizações mais bem- sucedidas, bem pagas e mais saudável força de trabalho, atingindo alta taxa de crescimento e baixo nível de desemprego. O modo de vida no Japão e a cultura desempenharam um grande papel importante para a administração.
Cultura e Organização
Gareth Morgan conceitua cultura como diferentes grupos de pessoas que têm diferentes modos de vida, sendo uma metáfora de considerável relevância para a compreensão da organizações.
Através da cultura organizacional, o autor tenta explorar a idéia de que a própria organização, sendo um fenômeno cultural, varia de acordo com a sociedade; centrar a idéia de a cultura varia de uma sociedade para a outra;e explorar padrões de culta e sobcultura dentro das organizações.
Organizações como fenômeno cultura
O autor afirma que as grandes organizações provavelmente influenciam a maior parte do tempo em que estamos acordados, de maneira inconcebível.
Princípios Empresariais Básicos da Matsushita
Gareth Morgan cita que esses princípios auxiliam a reconhecer nossas responsabilidades, como industriais, de fomentar o progresso, promover o bem-estar geral da sociedade e nos devotar ao maior desenvolvimento da cultura do mundo.
Credo do Empregados
Somente através dos esforços e da cooperação dos membros, é capaz de atingir o progresso e desenvolvimento, e deve manter e devotar isso em mente.
Os sete valores "Espirituais"
1. Serviço à Nação através da Indústria
2. Justiça
3. Harmonia e Cooperação
4. Luta pela Melhoria
5. Cortesia e Humildade
6. Adaptação e Assimilação
7. Gratidão
Adotando, de coração esses valores permitem expectativas consistentes, desenvolvimento espiritual entre os empregados, numa força de trabalho que se expande por todo o continente.
Filosofia da Matsushita Eletric Company
Muitas das vezes, a vida de uma sociedade organizacional é considerada rotineira, cheia de crenças, o que , quando comparada com uma sociedade tradicional, se identifica mais como uma vida cultural específica.
A "cultura industrial", seu trabalho e experiência de vida se são diferentes dos que vivem em sociedades tradicionais, onde há grande domínio de sistemas domésticos de produção. Apesar de ser vista apenas como rotina, essas sociedades tradicionais se baseiam em numerosas atividades que requerem habilidades, mas tanto um trabalhador de escritório quanto de fábrica precisa aprofundar conhecimentos e práticas culturais.
De acordo com o autor, por isso que alguns cientistas sociais acreditam que é mais útil falar de cultura da sociedade industrial do que de sociedades industriais, porque as diferenças específicas entre países muitas vezes mascaram semelhanças que são mais importantes.
Diferenças Internacionais em Organização e Administração
Além das semelhanças, seria um erro descartar as diferenças culturais entre nacionalidades, ao longo da historia surgiram variações nas características nacionais, visões e nos estilos de organizações e administração.
Japão: uma cultura de cooperação e serviço
O autor descreve que a organização japonesa é vista como uma coletividade, onde participam os empregados e não como um local de trabalho constituído por pessoas que trabalham separadamente. Os empregados possuem frequentemente espírito de colaboração, compromisso por toda vida com a organização; as autoridades são paternalistas e tradicionais, sendo assim, há fortes laços entre o bem-estar do indivíduo, da corporação e da nação.
Murray Sayle acredita que essa solidariedade advém do cultivo do arroz, pois, como o cultivo do arroz sempre foi uma atividade precária no Japão, houve uma habilidade dos japoneses em empreender projetos, sendo uma atividade cooperativa, exigindo trabalho em equipe em fases de plantio, transplante e colheita. Ou seja, todos tem que dar o máximo de si para garantir um resultado coletivo.
O respeito e dependência mútua eram essenciais nesse modo de vida e essa cultura foi transferida para a fábrica japonesa. Fazendeiros sempre estiveram à disposição para dividir suas colheitas com aqueles que lhes protegiam, como por exemplo os samurais, que dependiam dos agricultores para ter seu arroz e manter sua existência física.
De acordo com o autor, na China e, posteriormente, no Ocidente, as culturas dos campos de arroz e dos samurais mesclaram-se para a criação de uma forma de organização social hierárquica e harmoniosa dentro de um contexto industrial moderno. Trabalhadores contribuíam paro os objetivos e acatavam a autoridade dos senhores industriais , pois sempre houve a relação tradicional entre trabalhadores e samurais. Essa relação não era vista como uma humilhação e sim como um sistema de ajuda mútua do que como um controle de cima para baixo.
Portanto, sempre existe uma tendência a celebrar realizações gerais e ignorar alguns dos aspectos mais desagradáveis no trabalho
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