Resenha sobre o texto 10
Por: Piauilino • 20/10/2017 • Resenha • 850 Palavras (4 Páginas) • 395 Visualizações
Samuel Siqueira Piauilino
Resenha
Outubro/2017
Resenha
LUCKESI, Cipriano. et al. O conhecimento como compreensão do mundo e como fundamentação da ação. In: Fazer universidade: uma proposta metodológica. 6 ed. São Paulo: Cortez editora, 1991. p. 47-59.
Está sobre a mesa, lido, relido e remexido, o capítulo “O conhecimento como compreensão do mundo e como fundamentação da ação” do livro “Fazer Universidade: uma proposta metodológica”, de Cipriano Luckesi e outros, editado pela Cortez.
Trata – se de um breve relato de como o conhecimento é importante para compreendermos o mundo e para fundamentar nossas ações. O autor de Charqueada é Licenciado em Filosofia pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, da Universidade Católica do Salvador, Bahia (1970).
Para o autor, agir entendendo e entender agindo são dois atos que, evidentes, saltam – nos aos olhos, quando nos colocamos a mirar o nosso modo de ser. Na medida em que agimos, buscamos compreender o mundo no qual e com o qual agimos e, na medida que o compreendemos, cuidamos de reordenar e reorientar nossa ação, “iluminados” pelo entendimento conseguido. A ação é elemento fundamental para que haja entendimento e o entendimento transforma – se em suporte poderoso da condução da ação. Além disso, o conhecimento não é, pois um enfeite ou uma ilustração da mente e da memória, mas um mecanismo fundamental para tornar a vida mais satisfatória e mais plenamente realizada.
Segundo ele, o conhecimento só nasce da prática com o mundo, enfrentando os seus desafios e resistências e que o conhecimento só tem seu sentido pleno na sua relação com a realidade. O conhecimento, enquanto o entendimento e compreensão da realidade, faz o ser humano um ser diverso dos demais, na medida em que lhe possibilita fugir da submissão à natureza.
Cipriano Luckesi afirma que o conhecimento tem o poder de transformar a opacidade da realidade em caminho “iluminado”, de tal forma que nos permite agir com certeza, segurança e previsão.
O capítulo do livro explica que o conhecimento é social e o histórico. Para o
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primeiro, não é um indivíduo sozinho, (como um bruxo fechado e isolado em seu sótão), que vai encontrar a solução e a saída para os impasses que a vida lhe apresenta, mas é o indivíduo relacionado a outros indivíduos pela mediação da realidade, que poderá encontrar uma saída. Para o segundo, nada se apresenta como definitivamente pronto, sem que antes tenha sido germinado no tempo (para produzirmos a compreensão que temos de um impasse que nos apresenta hoje, utilizamos múltiplas contribuições do passado, mesmo que se manifestem como entendimentos de partes isoladas do nosso presente objeto de discussão).
Conforme o autor o conhecimento é uma necessidade enquanto modo de “iluminação” da realidade. Ele é necessário como uma “luz” que ilumina nosso caminho, na prática da ação com as coisas do mundo circundante. Não haverá, como agir com critério, sem que se tenha uma clareza de como é a realidade, quais são suas resistências, os modos necessários para dominá – la. Todo o conhecimento necessário para o ser humano é o verdadeiro, compatível com a realidade e suficientemente funcional para a vida humana. Só a criticidade do conhecimento pra fazê – lo satisfatório. Além disso, o conhecimento é necessário para o progresso, para o desenvolvimento de um mundo cada vez mais adaptado ao entendimento das necessidades do ser humano.
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