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Resumo do Vídeo: O poder de desafiar o Não

Por:   •  25/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  805 Palavras (4 Páginas)  •  139 Visualizações

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O PODER DE DESAFIAR O NÃO

A história de Joana Félix é daquelas que inicialmente pelas circunstâncias têm de tudo para não ser uma história de sucesso. Filha de família pobre, negra e morando em um país desigual com oportunidades desiguais de educação onde a própria educação tem índices baixos de qualidade, quando comparada com outros países. Sendo assim, esse cenário já é por si só excludente quando na maioria das vezes a resposta por ela recebida vai ser um “não”. Isso significa um preconceito por sua cor de pele pautado em heranças e raízes históricas de um período infeliz da nossa colonização, e que infelizmente a maneira como os negros (e índios) eram tratados reflete ainda nosso comportamento social em dias atuais. Esse é o não racial.

Além disso, tem o “não” de oportunidades. Um estudante de periferia que também sofre preconceito, sofre com um mal agravante: A baixa qualidade do ensino público. Esse “não” impede o acesso à cultura em geral de um aluno, o que prejudica seu acesso ao ensino superior e mercado de trabalho, bem como a prática da cidadania.

Todavia, a palestrante tem uma história que vai de encontro a esse cenário, como se aceitasse sua narrativa do “não” criando o seu próprio “não”. Esse é o “não” do que podemos chamar de resistência ao destino, ao futuro certeiro encarado pelas pessoas nascidas e crescidas em sua condição. Receber um “sim” desde pequena para estudar em uma escola foi certamente o ponto de partida para uma vida de conquistas e marcada por contradizer a história.

Sua fala marcante sobre o “não” ao vitimismo mostra uma força para encarar o maior desafio, que não é o “não” recebido pelo contexto social, mas o “não” da conformidade, o “não” da zona de conforto. E por isso o significado de NÃO para ela é o de não aceitar o cenário desigual, de não aceitar que pessoas oriundas para o mesmo destino desigual desistam, ou como ela mesma diz, se vitimize. Não se vitimizar é encarar o outro e o cenário opressor de frente e em pé de igualdade, cercando e arriscando nas mesmas oportunidades mesmo estando em condições desfavoráveis. O que fica muito evidente é que essa postura de Joana não é uma postura de cunho político mas sim pessoal, de atitude. Não é que esteja pegando as falas sobre meritocracia que os políticos discutem e prol de seu eleitorado, o que está tentando dizer é sobre uma negação a narrativa de que todo pobre, negro e de escola pública não pode ser alguém vitorioso. O universo semântico desse “não” está relacionado ao ato de fazer alguma coisa, de encarar os problemas. É sobre uma mudança de mentalidade pelas próprias pessoas oprimidas,

Por conseguinte, podemos analisar esse conceito pelas atitudes da palestrante Joana Felix. Aos 14 anos ela entrou para a graduação e se formou tendo dificuldades alimentares por depender exclusivamente da universidade. Mesmo assim encarou e se formou. Aos 17 anos estava formada engatando uma aprovação em mestrado e após o doutorado. Já são conquistas muito acima da média para uma pessoa comum e advinda das condições aqui já discutidas. O

“não” foi encarar essas condições de passar dificuldades e resistir a elas, não esperar e não ficar na zona de conforto, afinal ela mesma que podia construir seu futuro.

A parte mais

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