SOMOS UM POVO CRISTÃO
Por: Deco Anderle • 23/8/2022 • Trabalho acadêmico • 2.132 Palavras (9 Páginas) • 72 Visualizações
SOMOS UM POVO CRISTÃO
Aluno Anderson Anderle,
Igreja do Nazareno Boqueirão,
Curitiba, PR.
INTRODUÇÃO
Iniciaremos essa dissertação avocando o contido no Manual da Igreja do Nazareno: “Somos um povo cristão. Alinhamos com os cristãos de toda a parte na afirmação do histórico credo trinitário, e valorizamos profundamente a nossa herança particular na tradição de santidade wesleyana. Temos a Bíblia como a nossa fonte principal de verdade dado que proclama Cristo a nós, e “todas as coisas necessárias para nossa salvação.”
Acompanhando o demonstrado pelo Dr. Eugenio Duarte, partimos do princípio do nosso surgimento, bem como do termo “cristãos nominais”. Os nomes não nos fazem cristãos. Precisamos de um nome que nos identifica, e nosso nome é fundamental para nossa identidade.
2. DESENVOLVIMENTO
Iniciaremos falando ainda sobre o destaque dado ao Artigo de Fé número 2, a saber:
II. Jesus Cristo
2. Cremos em Jesus Cristo, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade; que Ele é eternamente um com o Pai; que encarnou pelo Espírito Santo e nasceu da Virgem Maria e assim, duas naturezas perfeitas e completas, isto é, a Divindade e a humanidade, se uniram em uma Pessoa, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, o Deus-homem. Cremos que Jesus Cristo morreu pelos nossos pecados e que Ele verdadeiramente ressuscitou dos mortos e tomou de novo o Seu corpo, juntamente com tudo o que pertence à perfeição da natureza humana, e com isto subiu ao céu, onde Se dedica a interceder por nós.
Em um nível espiritual, o que difere uns dos outros? E quando estamos em grupo, o que difere um grupo de pessoas de outro? Usando uma linguagem coloquial, “trocando em miúdos”, o que difere o cristão e o povo de Deus das demais pessoas?
Acredito que muitos de nós já ouviu a expressão “homem de Deus”, "mulher de Deus", "povo de Deus", "igreja de Deus", que são comumente usados em nosso meio. Certamente, alguma vez nós ouvimos tais expressões em um culto, um cumprimento, uma saudação etc....
Porém a indagação que fica é: O que é o ser um povo cristão?
Se observarmos o livro de Êxodo, ao ser escrito por Moisés, e acredito que ninguém tenha dúvidas que Moisés era verdadeiramente um homem cristão, temos a percepção dos versos transcritos que fazem parte do capítulo 33, sendo esse um diálogo face a face de Moisés com Deus. Nesta importante conversa, Moisés pede a Deus que escolte e conduza o povo na longa jornada pelo deserto até a terra prometida, não afastando a Sua presença em virtude do pecado do povo. Moisés justifica seu raciocínio que embasaria o seu pedido com uma questão imensamente esclarecedora. Ele nos diz: "Não é, porventura, em andares conosco, de maneira que somos separados, eu e o teu povo, de todos os povos da terra?". Repare bem nessa situação, pois é essencial, fundamental e imprescindível para o bem estar da nossa saúde espiritual. Moisés nos mostra exatamente o que é que transforma alguém povo de Deus, e o que é que transforma o povo de Deus diferenciado dos demais. Ele afirma, na indagação eloquente e expressiva direcionada a Deus, que ele e o povo de Israel eram separados de todos os demais povos da terra. Fica a questão: O que é separados? Separados por Deus, significa ser destacado, desassociado, desmembrado e guardado para uma finalidade muito especial, o que de fato, Israel o foi. Separados para demonstrar o imenso e soberano poder de Deus ao mundo, Sua Palavra e Seu Filho, o Messias. E Moisés, naquela oportunidade, foi destacado por Deus, dentre todos de seu povo, para comandar e liderar. Porém esse 'ser/estar separado' só se materializava pelo fato de o Senhor caminhar e estar com eles. Para Moisés, se o Senhor deixasse de andar e estar com eles, então perderiam a condição também de ser o povo de Deus destacado dos demais; Iriam se tornar apenas mais um povo, mais uma etnia vagando pela terra. É em virtude disso que vem o encorajamento e estímulo para a oração de Moisés suplicando pela presença de Deus, clamando: "Se a tua presença não vai comigo, não nos faça sair deste lugar". Reflita e analise sobre esta frase direcionada a Deus e falada por Moisés. Ele está com uma multidão no meio do deserto, sendo provido de água e alimentos milagrosamente enviados pelo Senhor. Ele entende que se o Senhor os abandonar e deixar de estar com eles, então não terão mais com a provisão e proteção, e isso era o mesmo que sentenciar todo aquele povo à morte lenta e agonizante do deserto. Quando Moisés fala "nós não sairemos daqui se o Senhor não for conosco" ele está falando, em outras palavras, que prefere a morte no deserto do que viver errante no mundo sem Deus. Ele está afirmando que a vida só faria sentido se Deus estivesse e permanecesse com eles. E reitera que é exatamente essa presença do Senhor que os transformava e os convertia em pessoas mudadas, separados de todos os demais povos da terra.
Observemos e analisemos a nossa própria vida. Nós também escolhemos enfrentar a morte antes de viver sem Deus? Será que amamos e ansiamos efusivamente tanto a presença de Deus conosco que preferiríamos a morte no deserto antes de nos aventurar a ser confundidos com um povo que não seja o povo de Deus? Percebemos a imensa fé, amor e segurança que Moisés demonstrou com essa convicção.
Necessário é, responder outra indagação: Como é que podemos aproveitar e usufruir da Gloriosa companhia de Deus nos dias de hoje? É necessário imitarmos Moisés, deslocarmos até o Monte, subir até o cume e clamar a Deus para que fique conosco? Não creio que seja necessário essa atitude. Entendo que o caminho a ser tomado é crer em Jesus Cristo, nos sujeitarmos e subordinarmos a Ele sem ressalvas e obedecendo-O. Declarar e assumir a Bíblia como nosso manual de fé e prática. Lembremos o que Mateus escreveu no seu Evangelho, falando de Jesus: "Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)" (Mt 1.23). Jesus é o Emanuel, o DEUS CONOSCO! Consequentemente, todo aquele que está em Cristo tem o Deus Conosco! A presença de Deus não se separa daqueles que são filhos de Deus, servos de Cristo, crentes Nele.
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