SUSTENTABILIDADE, DIVERSIDADE E TRABALHO DECENTE.

SUSTENTABILIDADE, DIVERSIDADE E TRABALHO DECENTE.

Sustentabilidade, Emprego Verde, Sociedade e Meio Ambiente.

 

INTRODUÇÃO

Diante do cenário atual da incessante industrialização, é importante analisar o tema da sustentabilidade em várias dimensões, onde a relação do ser humano e meio o ambiente vem sendo deteriorada, o esgotamento dos recursos naturais e a poluição tornarão a vida na Terra inviável. De acordo com Abramo (2015, p 71) o termo “Sustentabilidade” surgiu em 1987, sendo apresentado oficialmente na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), da Organização das Nações Unidas (ONU). Definido como “[...] a capacidade de satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem suas próprias necessidades” (COMISSÃO..., 1988, p. 9). Tendo como marco inicial a Conferência de Estocolmo em 1972, o conceito de desenvolvimento sustentável passou a ser descrito de maneira sucinta e objetiva, a busca por um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a redução dos impactos ambientais.

Com o passar dos anos a grande discussão das conferências é sobre o papel de uma instância global que seja capaz de unir as metas de preservação do meio ambiente com as necessidades contínuas de progresso econômico, construindo um modelo que proporcione o aumento da geração de riqueza, com sua distribuição justa em uma sociedade integrada e ambientalmente protegida. Isto é, avançar sem agredir o meio ambiente. A partir daí surgiu então um conceito muito utilizado, o chamado tripé da sustentabilidade onde três fatores precisam se integrar sob o viés de três pilares como alternativa para combater a crise socioambiental sendo eles: o econômico, o social e o ambiental, onde o princípio constitucional fundamental é destituição da crença em recursos ilimitados. É possível notarmos que cada vez mais novas empresas tentem a incrementar os três pilares da sustentabilidade em seu dia a dia, pois a cada dia novos valores são integrados ao nosso meio social, e responsabilidade com o meio ambiente é um desses valores, empresas alem de se preocuparem com seu lucro deve, observar seu impacto no meio social e ambiental, desenvolvendo uma harmonia entre os três pilares, dessa forma garantem mais estabilidade e reconhecimento dentre outras empresas.

 

A noção de Trabalho Decente integra as dimensões quantitativas e qualitativas do emprego. Ela propõe não apenas medidas dirigidas à geração de postos de trabalho e ao enfrentamento do desemprego, mas também à superação de formas de trabalho que geram renda insuficiente para que os indivíduos e suas famílias superem a situação de pobreza, ou que se baseiam em atividades insalubres, perigosas, inseguras e/ou degradantes e, por esse motivo, contribuem à reprodução da desigualdade e de situações de exclusão social (ABRAMO, 2015, p. 17). O que se torna essencial para criar melhores condições de estabilidade e de sustentabilidade aos países, além do crescimento econômico.

Diante disso estamos vivendo em uma era que o avanço tecnológico trouxe oportunidades e conhecimentos nunca vistos antes, e com isso trouxe à tona assuntos que por muitas vezes não eram comentados, bem como dos programas da OIT que consistem sobre o trabalho decente e o emprego verde, a fim de demonstrar, que nem todo emprego verde é decente, mas que há mecanismos jurídicos capazes de fazer com que o emprego verde seja também considerado como trabalho, já que o trabalho é um aspecto de extrema importância na vida do homem, que além de garantir recursos indispensáveis para a sua subsistência, lhe confere identidade social.

 

OBJETIVO

O objetivo desse trabalho é analisar o trabalho decente, emprego verde e responsabilidade social corporativa sob preceito da economia, sociedade e meio ambiente, baseado na indivisibilidade dessas dimensões, buscando expor os caminhos para a construção de uma sociedade baseada no desenvolvimento sustentável, e ainda propondo o trabalho decente como meio de promoção da dignidade humana.

O método utilizado para o desenvolvimento deste trabalho foi através de um estudo exploratório de pesquisas bibliográficas buscando informações a respeito da sustentabilidade, da diversidade e do trabalho decente. Identificando suas estratégias e procurando compreender os impactos, resultados e produtividade na organização em prol do bem-estar da sociedade.

 

DESENVOLVIMENTO

O princípio do desenvolvimento sustentável tem a finalidade de garantir o crescimento econômico preservando os recursos naturais. A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é, o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades, sem comprometer as futuras gerações, ou seja, é o desenvolvimento que não esgota os recursos naturais para o futuro, e esse novo modelo de desenvolvimento precisa ser encarado de forma ampla no dia a dia.

Essa nova forma de desenvolvimento econômico, que leva em conta o meio ambiente sofreu aprimoramentos ao longo do tempo, por isso é consiste em sempre alcançar um equilíbrio. Essa busca pelo equilíbrio que cruza a relação do ser humano com o meio ambiente, faz com que, seja necessário encontrar mecanismos reais que sugere de fato qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas, produtos e o aumento da reutilização da reciclagem.

Por essa razão, a compreensão da sustentabilidade deve ser encarada numa perspectiva que vai além do equilíbrio, a sustentabilidade deve ser encarada sob um viés pluridimensional, a fim de permitir que esse os recursos naturais se estendam a todos os âmbitos da vida humana, tornado o ato de preservação uma atitude natural do ser humano.

Para tanto, é necessário fazer uma análise do viés pluridimensional da sustentabilidade, ou seja, o ponto de partida para o despertamento de uma conscientização ecológica. Tendo início com a Conferência de Estocolmo em 1972, que chamou a atenção para a importância da cooperação internacional nos assuntos relacionados ao meio ambiente (COMPAGNONI, s/d). A partir daí, percebeu-se a nível internacional que havia um problema que assolava separadamente, em maior ou menor escala todos os países do Planeta Terra, cujas proporções não podiam ser avaliadas individualmente, tinham que ser visto sob uma perspectiva a nível global.

Segundo Le Prestre (2000), a conferência foi realizada para atender quatro fatores que influenciaram a sociedade ambiental: aumento e importância da comunidade científica, que começavam a questionar sobre o futuro do planeta; as mudanças climáticas e sobre a quantidade e qualidade da água; aumento da exposição, pela mídia, de desastres ambientais (marés negras, desaparecimento de territórios selvagens, modificações na paisagem), gerando um maior questionamento da sociedade acerca das causas e soluções para tais desastres, por exemplo, o crescimento desenfreado da economia, e consequentemente das cidades, sendo que estas cresceram sem nenhum planejamento para o futuro