Saúde E Segurança

A Saúde do Trabalhador nas Empresas

NASCIMENTO, Leonardo Souza1

Durante o processo evolutivo o homem teve que deixar de ser caçador para torna-se produtor. A partir daí, surgem grandes sociedades e junto com elas um modo de produção cada vez mais organizado. Com isso dar-se o começo do surgimento da industrialização. Embora constituído de um processo histórico longo, e de radical transformação econômica e social. A industrialização moldou o trabalho dentro de um quadro de controle e exploração por muitos anos. Com o surgimento da revolução industrial caracterizada pela passagem da manufatura à indústria mecânica. A introdução de máquinas nas fabricas aumentava o rendimento do trabalho e com isso elevava-se a produção. Os empresários então passaram a ditar as regras de produção e do trabalho, levando os operários a longas jornadas de trabalhos e ambientes de trabalhos precários, além da exploração do trabalho infantil. E com essas condições desfavoráveis de trabalho resultaram em problemas ocupacionais extremamente sérios. Os acidentes de trabalho eram numerosos e provocados por máquinas sem qualquer proteção, mortes, principalmente de crianças.

Diante deste contexto caótico, os órgãos internacionais de saúde regulamentaram a forma em que o trabalho era executado no interior das fábricas. Reduzindo a carga horária de trabalho e criando uma legislação que protegia a saúde e integridade física dos trabalhadores, norteados pelo conhecimento referente à segurança e medicina do trabalho.

A constante necessidade de abordar os perigos e riscos dos trabalhadores em suas atividades de produção, fez com que a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), propusessem novas definições sobre saúde. “A saúde Ocupacional tem como objetivos: a promoção e manutenção do mais alto grau de bem-estar físico e social dos trabalhadores em todas as ocupações; a prevenção, desvios de saúde causados pelas condições de trabalho; a proteção dos trabalhadores em seus empregos, dos riscos resultantes de fatores adversos à saúde; a colocação e manutenção do trabalhador adaptadas às aptidões fisiológicas e psicológicas. A OMS, entende que os conceitos de saúde ocupacional e de saúde pública não devem diferenciar-se e estabelece o conceito de que “a saúde é o completo bem-estar físico, mental e social, e não somente a ausência de afecções ou enfermidades”, e que, “o gozo do grau máximo de saúde que se pode alcançar é um dos direitos fundamentais de todo ser humano”. Entre os determinantes da saúde do trabalhador estão compreendidos os condicionantes sociais, econômicos, tecnológicos e organizacionais responsáveis pelas condições de vida. As ações de saúde do trabalhador têm como foco as mudanças nos processos de trabalho que contemplem as relações saúde-trabalho em toda a sua complexidade, por meio de uma atuação multiprofissional, interdisciplinar e intersetorial, com o objetivo de eliminar ou trazer para níveis seguros, condições com o potencial de ocasionarem danos à saúde ou à integridade física do trabalhador.

Para Haddad (2000), a qualidade de vida no trabalho é um dos principais determinantes de uma boa qualidade de vida. Vida sem trabalho não tem significado, assim sendo, o

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