Ser Diferente é Ser Autentico

Ser diferente é autentico

Preconceito, essa palavra gera diversas polêmicas nos dias de hoje, mas antes de começarmos a falar sobre esse tema é interessante primeiramente saber o seu conceito. Segundo o dicionário Aurélio, preconceito é um juízo pré-concebido, que se manifesta numa atitude discriminatória, perante pessoas, crenças, sentimentos, racial e em tendências de comportamento, é uma ideia formada antecipadamente e que não tem fundamento sério.

Nos últimos anos, o termo preconceito tem sido um ato tão diário que as pessoas acabam achando que tal atitude é normal e comum. A ONU estima que, anualmente, mais de cinco mil mulheres são mortas, por causa do preconceito, entre os anos de 2009 a 2011 quase 17 mil mulheres foram mortas vítimas de agressões, por conflitos de gênero. Os homossexuais e transgêneros, segundo a atualização de 2015 do relatório da ONG internacional Transgender Europe mostra um total de 1.731 casos de mortes, entre janeiro de 2008 e dezembro de 2014 no mundo todo. Estudos realizados pelo IBGE mostram que no Brasil os brancos recebem salários superiores, cerca de 50% a mais do que os negros no desempenho da mesma função. No campo da educação, o analfabetismo, a repetência, a evasão escolar são consideravelmente mais acentuados para os negros. Isso não é normal, as próprias estimativas falam por si mesmas.

Em minha concepção, o preconceito é uma das mais severas agressões, por ser algo que afeta também o psicológico. A pessoa que foi afetada fica com esse pensamento na cabeça. Mesmo com o passar dessa agressão o indivíduo permanece com uma marca, com uma ferida que nunca irá (ou até pode) se cicatrizar, pois um ato como o do preconceito fica uma marca no interior da pessoa, marcando sua vida de uma maneira impossível de esquecer.

O preconceito é dividido em pessoas, crenças, sentimentos, racial e em tendências de comportamento. Vamos focar na questão racial (preconceito racial), já que é um dos temas mais discutidos e visto em nossa volta.

Querendo ou não, as pessoas jugam muito umas as outras por questão de cor.  Os negros sofrem tanto preconceito, que até eles mesmos não se consideram negros, ou seja, são preconceituosos com sigo mesmo. Para entender melhor essa questão, aqui está uma estimativa: no Brasil, a porcentagem de quem se declara Branca é maior, sendo eles 47,7% e se destacando mais na região Sul do país. Em seguida, vem à população de cor Parda, com 43,13% e com maior parte na região Norte. Depois, em minoria, quem se declara de cor Preta são 7,61% da população, eles sofrem com o preconceito racial e estão em maior parte na região Sudeste do Brasil. Sendo o Brasil conhecido como o segundo país que contém mais negros, perdendo apenas para o Congo. Então onde estão os negro? Será que estão com vergonha da própria identidade por causa do preconceito que sofrem?

O projeto CQC Ciência, fez um teste psicológico sobre racismo entre crianças em 2013. O teste era simples: Eles colocaram duas bonecas uma preta e a outra branca, e faziam algumas perguntas para as crianças e elas tinham que responder mostrando a boneca, as perguntas feitas foram essas: se seus pais dissessem que iriam dar uma irmã para você, qual cor você escolheria? A maioria escolheu a boneca branca, com a justificativa de ser mais bonita e ter a mesma cor deles. Qual das bonecas você acha mais bonita? A maioria escolheu a branca, com a justificativa de ser branca e ter o olho azul, teve um garoto na entrevista que deixou bem claro que a boneca branca é mais bonita por não ser negra. Qual dessas duas bonecas parece mais como uma princesa? A maioria respondeu a boneca branca, com a justificação de ter a pele branca, ser bonitinha e por não existir princesas “marrons”. E assim finalizam o teste com a seguinte pergunta, qual das duas bonecas você acha que é mal criada? A maioria escolheu a boneca preta, com a justificativa de ter cara de ser mal criada, pelo fato da boneca ser toda “marrom” e por ela ter uma pele escura ela é mal criada, pois só as brancas são bem criadas.