Serviço Social: Surgimento e Institucionalização no Brasil

Os anos de 1930 foram marcados pelo surgimento do serviço social no Brasil por iniciativa da igreja católica que desde o princípio tentava resolver os problemas sociais e morais de forma assistencialista, esta era voltada aos mais pobres e a classe trabalhadora que foi fruto das desigualdades sociais. O trabalho que foi implantado aos agente sociais, era pra que estes profissionais agissem pelos direitos dos mais pobres.

A Primeira república foi marcada pela política do café com leite, que foi um grande acordo nacional, político e econômico entre os estados de Minas Gerais e São Paulo. Júlio Prestes sai vencedor as eleições de abril de 1930, ocasionando acusações de fraudes eleitorais e rompendo assim com a política do café com leite, que havia dominado por décadas a política brasileira. Liderados por Getúlio Vargas, políticos da aliança liberal e militares descontentes provocam a revolução de 1930. É o fim da republica velha e início da era Vargas. Com a revolução de 1930 e a chegada de Getúlio Vargas à presidência da república, o coronelismo perdeu força e deixou de existir em várias regiões do Brasil.

A partir de então ocorre o aumento das atividades industriais e fortalecimento do movimento operário, aumentando as greves e havendo um maior debate sobre a questão social. Pensando em conter o estopim foram introduzidas duas importantes legislações para a classe trabalhadora, a Lei de Férias (1925) que visava conceder, sem prejuízos, 15 dias de férias aos trabalhadores, e a Lei de regulamentação do trabalho de menores que estipulava a maioridade a partir dos 18 anos e sugeria uma jornada de trabalho de seis horas.

Em 1929, o cenário internacional vivenciou a crise da bolsa de valores de Nova York, ocasionando para o Brasil crises econômicas. Os investimentos pararam, o que resultou na queda das exportações e fim da entrada dos capitais. Foi um cenário caótico para a produção cafeeira do Brasil já que os fazendeiros estavam no controle.

A partir de 15 de novembro de 1889, quando acontece a Proclamação da República, ocorre a união de duas forças: o exército e os fazendeiros de café, estas forças se unem, apesar das diferenças de interesses, por um principal objetivo: a extinção do governo imperial. Os militares conseguem conquistar o poder e decretam o banimento da família real, a separação entre igreja e estado, a instituição do casamento e criam a bandeira republicana com o lema positivista “Ordem e progresso”.

Algumas industrias com a intenção de regulamentar medidas assistenciais, resolvem executar ações de modo privado, foi então que o patronado criou companhias seguradoras responsáveis pelo pagamento de benefícios. A primeira lei da previdência foi a caixa de aposentadorias (Eloy Chaves), que concedia ajuda médica, aposentadoria, pensões para dependentes e auxilio funerário, inicialmente só a classe ferroviária foi atendida, mas três anos após a criação da lei os benefícios foram estendidos aos demais trabalhadores.

Com uma crise econômica ameaçando o mundo, a questão social aparece mais fortemente exigindo uma formulação de políticas sociais em benefício da classe operaria, que estava em pobreza crescente. O estado se posiciona a partir da criação de instituições estatais e de economia mista, oferecendo assistência a população, a qual é vista como benevolência, reforçando a imagem