Sociabilidade Violenta

Universidade Estácio de Sá (unesa)

Pós-graduação em gestão e políticas de segurança pública

Disciplina: introdução à sociologia da violência

Professor: Ralph Ribeiro Mesquita

Aluno: Andre Bernardo Martins

Data: 19/Nov./2013

Silva, Luiz Antônio machado Da. Sociabilidade violenta: por uma interpretação da criminalidade contemporânea no Brasil

“este ensaio analisa uma das formas de organização social das relações de força que são legal e administrativamente definidas como crime violento, tal como elas se configuram contemporaneamente nas grandes cidades brasileiras, com particular referência ao caso do rio de janeiro” [...]” alerto o leitor para o fato de que meu interesse é outro. Sem recusar sua relevância para as questões que elaboro, quero evitar esta abordagem que me parece conduzir a um modo de análise desencarnado”, [...]” a alternativa que proponho implica considerar a relação entre a produção simbólica e certas práticas sociais” [...] (p. 54)” creio que, com esta decisão, mantenho-me colado ao que torna o crime comum violento um problema central da agenda pública e, em conseqüência, uma questão sociológica. ”[...] (p.55)” creio que conhecemos muito, e cada vez mais, sobre práticas da sociabilidade violenta, mas isto não nos tem levado a uma avaliação adequada sobre seu significado histórico e cultural” [...] (p.56)

O crime comum violento e a “violência urbana” como representação

“meu ponto de partida é uma constatação: existe uma expressão muito difundida e coletivamente aceita pelas populações urbanas para descrever cognitivamente e organizar o sentido subjetivo das práticas que envolvem o que legalmente se define como crime comum violento e suas vítimas atuais e potenciais – violência urbana”. [...] (p.57) [...] “do ponto de vista aqui adotado, estas são falsas questões, pois o que caracteriza a violência urbana gera o sentido comum de uma vasta gama de práticas” [...] (p.61) [...]

Contra a interpretação dominante

“nas ultimas décadas, em virtude de uma dramática intensificação da experiência coletiva de insegurança pessoal, as populações urbanas vêm dando atenção especial aos problemas de manutenção da ordem pública das cidades brasileiras, [...] (p.63) [...] “a tentativa de criticar ou ultrapassar as representações senso comuns organizadas a partir da violência urbana, quebrando a unidade entre práticas e representações, tem como efeito a dissolução do objeto original”, [...] (p.65) [...] “no entanto, é preciso acrescentar que todas estas críticas, por muitas que sejam não desqualificam a interpretação dominante da criminalidade violenta representa uma das inúmeras tematizações da dupla face desta crise: institucional e de legitimidade.” [...] “esta descrição, obviamente muito esquemática e superficial, não pretende captar a riqueza e variedade das análises, mas apenas expor o ponto de vista que fundamenta a lógica explicativa da insegurança da vida cotidiana nas grandes cidades brasileiras.” [...] (p.70) [...]

Traços da morfologia da sociabilidade violenta

“fundamentado nas considerações