Sociedade Em Vicios E Profusão

Sociedade em vícios em profusão. Mal-estar contemporâneo

Drogas, bebida, jogo, trabalho, exercício, sexo, comida. Nos tempos atuais, há cada vez mais pessoas viciadas nas mais diferentes possibilidades de adicção. Para especialistas, a estatística indica o uso indiscriminado de medicamentos pela população, um tipo de abuso, que já virou até tema de livro.

Na modernidade, quanto as garantias de segurança são enfraquecidas, os vícios se proliferam

Se pelo menos 1 milhão de pessoas, em São Paulo, são alcoólatras, e 1,2% da população entre 12 e 65 anos de 108 cidades Brasileiras com mais de 200 mil habitantes pôde ser definida como dependente de maconha, não há estatísticas para definir quantos são os viciados em trabalhos, em exercícios, em sexo.

Segundo o sociólogo Leonardo Mota existem alguns fatores que indicam que o número de pessoas viciadas, na sociedade moderna, tem aumentado se comparado a períodos históricos anteriores. Ele explica também que segundo o sociólogo britânico Anthony Giddens, o incremento dos vícios está associado a um processo de destradicionalização da população.

Nas sociedades pré-modernas, a tradição oferecia um apoio que estava ligado ás rotinas de conduta cotidiana que raramente se modificavam. Na modernidade, quando as garantias de segurança são enfraquecidas, os vícios se proliferam em virtude da ansiedade inerente a este cenário, o que fez surgir essa “ sociedade compulsiva ”. No passado, é claro que existiam vícios, mas não na intensidade em que eles se apresentam hoje.

A imaginação sociológica diz que não há um indivíduo isolado de suas contingências sociais.

Não podemos ver o vício de uma maneira isolada, mas devemos observá-lo como parte de um mal estar contemporâneo.

Atualmente esses vícios vêm como um reflexo de uma insegurança que atinge toda a sociedade, propondo a sensação de segurança através da repetição de comportamentos compulsivos, que se evidencia em outros problemas como a depressão, o TOC, a síndrome de pânico, a anorexia, e a bulimia, etc. Outros fatores que podem influenciar o indivíduo ou a sociedade ao começo de um vício podem se dar por fatos biológicos, psicológicos e sociais.

Dependência psicológica é a necessidade de determinado comportamento para viver normalmente e sentir-se confortável. Está fortemente associada às drogas, que podem causar dependência tanto psicológica quanto física. A dependência psicológica pode aparecer independentemente e é de tratamento lento e difícil, diferentemente da dependência física.

A biológica pode vir de doenças geradas pelos vícios, exemplo câncer de pulmão pelo tabagismo que pode causar a depressão e consequentemente mesmo se ocorrer à cura da enfermidade, o indivíduo pode ficar dependente dos tratamentos farmacológicos.

E os sociais que podem vir por convivência, pó exemplo, em um grupo de amigos que fazem uso de substância química ou algum fato que tenha acontecido e possa influenciar diretamente a sociedade, como o ataque ao World Trade Center em 11 de setembro de 2001. Dados estatísticos revelaram que o aumento do consumo de drogas e álcool cresceu 30% após o atentado pelas pessoas que moravam aos redores da área atingida.

A insatisfação difusa das pessoas, por exemplo, nos protestos pode