Surdez

Antigamente os surdos eram vistos como seres castigados pelos deuses, as crianças eram consideradas irracionais, obrigadas a fazerem trabalhos que outras pessoas não faziam, vivam sozinhas e abandonadas na miséria.

Eles não tinham direitos a uma cidadania através da educação e socialização e também eram sacrificados, levados à fogueira não recebiam comunhão nen herança e havia certo tipo de proibição para casamento de duas pessoas surdas.

Os sinais não eram considerados como língua, mas como gestos primitivos dessa forma eles entendia que quem não falava e não ouvia também não pensava.

Não resta dúvida de que aconteceu uma mudança considerável nessa visão, mas não se pode esquecer que o surdo ainda continua a sofrer por causa da sua cultura, que não foi aceita de maneira integral.

a surdez (muitas vezes, agora, com /s/ maiúsculo)

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como lugar de cultura e identidade

específicas. A concepção socioantropológica da surd

ez na pós-modernidade define os

surdos como pertencentes a uma comunidade lingüísti

ca minoritária – ainda

discriminada – que utiliza e compartilha uma língua

visual e apresenta modos de

socialização próprios, assim como costumes e hábito

s específicos porque fundados

na/pela surdez. Segundo esses autores, a experiênci

a de vida estritamente

visual

, não-

auditiva, funda uma forma outra de perceber a vida.

Isso pode ser expresso em esquemas perceptivos e in

terpretativos diversos

“segundo os quais um grupo produz o discurso de sua

relação com o mundo”

(PONCHES, 1996 citado por SANTANA & BERGAMO, 2006),

relação essa que é

perpassada pela escolha de vida entre os seus iguai

s, pelo uso da língua visual e até

mesmo por hábitos lingüísticos que se posicionam na

fronteira entre a língua e a

cultura

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.

Mas a noção de cultura surda não é unanimemente ace

ita. Skliar (1998) e Sá

(2002) relatam o incômodo e a incompreensão de algu

ns diante dessa noção. Segundo

os autores, aqueles que apresentam argumentos contr

ários a essa noção costumam se

basear principalmente em uma concepção de

cultura