TALIBÃ NO PODER
Por: Vinicius Miguel Cruz • 7/3/2022 • Dissertação • 339 Palavras (2 Páginas) • 65 Visualizações
O Talibã retomou o poder do Afeganistão 20 anos depois que eles foram derrubados pelas tropas norte-americanas que invadiram o país em 2021. A retomada do poder pelo Talibã se iniciou com o anúncio do governo norte-americano de que as tropas dos Estados Unidos abandonariam o país.
A comunidade internacional observa os desdobramentos dos acontecimentos no Afeganistão com apreensão e a expectativa é que a vida no país se transforme radicalmente. Minorias étnicas, religiosas e mulheres serão os grupos que, provavelmente, mais sofrerão com o Talibã. O retorno do Talibã ao poder do Afeganistão criou temores na comunidade internacional acerca dos Direitos Humanos no país, sobretudo dos direitos de minorias étnicas e religiosas, bem como das mulheres. Um grande temor também se deu em função das pessoas que passaram os últimos anos cooperando com as forças estrangeiras que ocuparam o país. Esses temores se dão em função do histórico do Talibã de desrespeito aos Direitos Humanos e de perseguição às minorias e às mulheres. O grupo que mais teme o retorno do Talibã são as mulheres. Isso porque a primeira passagem dele pelo poder afegão demonstrou toda a sua opressão sobre elas. Muitas temem não poder mais trabalhar e estudar, assim como temem ser obrigadas a usar a burca e se casar com membros do grupo radical.
Com um grupo tão extremista ao poder logo se vê o quão frágil é a questão das mulheres ocuparem cargos políticos em países mulçumanos, ainda mais países liderados por grupos extremistas ou líderes autoritários. A retomada do poder pelo talibã no afeganistão pode significar não só um perigo eminente para todas as mulheres mas também como um retrocesso de todas as conquistas pelas mesmas durante os 20 anos de ocupação das tropas americanas, onde conseguiram vários direitos como ocupar cargos públicos, direitos de ir às escolas comuns, como vários outros. Isso mostra que mesmo em pleno século XXI o quão longe ainda estamos de chegar a um ponto de igualdade social para todos não só em países mulçumanos mas em todo o mundo.
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