TRABALHO CONCLUSAO DE CURSO

A IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO DESPORTIVO ESCOLAR NO DESENVOLVIMENTO DO EDUCANDO

Valdomiro Uebel de Oliveira

RESUMO

O treinamento esportivo escolar é uma prática imprescindível no processo formativo desta disciplina, pois por ser benéfico à saúde de crianças e adolescentes, é cada vez mais discutido no meio acadêmico e colocado em prática através de seus inúmeros métodos e conceitos. Recentemente, tem havido um grande número de artigos, papers e meios de comunicações que falam sobre o tema em colaboração, sempre enfatizando a necessidade de sua aplicação, principalmente no combate às doenças e ao sedentarismo. Portanto, alguns pontos importantes devem ser estudados, apresentados e debatidos, os quais podem fornecer subsídios para a estreita ligação entre a teoria e a prática esportiva. Partindo de uma pesquisa qualitativa, este estudo fornecerá sugestões para a pedagogia da educação física relacionada à integração e inclusão, considerando não apenas o treinamento físico e seus benefícios para a saúde, mas também aspectos socioculturais. A formação desportiva escolar contribui para a integração e cidadania dos jovens, ajuda a construir uma cultura que está diretamente relacionada com a diversidade, está relacionada com a saúde, e pode não só prevenir doenças causadas pelo sedentarismo, mas também melhorar a saúde dos adolescentes, seu sistema imunológico pessoal, até na prevenção do uso de drogas e entorpecentes.

Palavras-Chave: Educação; Obesidade; Treinamento Desportivo.

INTRODUÇÃO

O treinamento esportivo escolar é a prática básica do processo de personal training, por ser benéfico à saúde de crianças e adolescentes, está cada vez mais sendo discutido no meio acadêmico e colocado em prática por meio de seus inúmeros métodos e conceitos. Nesta busca por entendimento, existe um grande número de artigos, teses e papers que têm contribuído com este tema, sempre enfatizando a necessidade de sua aplicação, principalmente no combate às doenças e ao sedentarismo. Para entender como funciona no processo de ensino e sua importância na prevenção da obesidade e outras doenças, é necessário antes apresentar uma definição clara para considerar seus diferentes métodos em geral.

Segundo informações repassadas pela UNESCO (2013), ao se considerar o exercício físico, as pessoas pensam imediatamente nas múltiplas repetições de um esporte. No entanto, nas últimas duas décadas, essa situação vem mudando e evoluindo. A principal mudança é a troca da quantidade pela qualidade da repetição, que produz melhores resultados. Isso se deve em grande parte ao crescimento contínuo da pesquisa em treinamento esportivo.

Esses estudos variam da direção do treinamento esportivo para planejar processos biológicos e problemas metodológicos que ocorrem durante a primeira fase de treinamento. Para isso, é necessário investigar, apresentar e discutir alguns pontos importantes, que podem fornecer subsídios a uma maior aproximação entre a prática teoria e esportiva. O treinamento esportivo é um conjunto organizado de regras destinadas a atingir o propósito de desenvolvimento e aperfeiçoamento pessoal por meio da prática e do exercício, cujo objetivo principal é aumentar e melhorar o desempenho físico, mental e cognitivo (BARBANTI, 1997). Além disso, o treinamento esportivo pode desenvolver a inter-relação com atividades que atendam a uma série de situações diferentes e complexas, de modo que se concentram em emoções e inter-relacionamentos que podem ser incluídas e integradas, ou mais geralmente excluídas e isoladas.

 Para Dantas (2003), o treinamento esportivo é um conjunto de comportamentos e métodos que visam capacitar os atletas a atingirem o melhor estado físico e mental em um plano estrito para atingir o melhor desempenho.

De acordo com a história, o treinamento esportivo, sua existência está intimamente ligada aos Jogos Olímpicos, isso ocorre porque esses eventos em todo o mundo apresentam a vitória ou a derrota de qualquer filosofia de comportamento ou treinamento (Pereira da Costa, 1972, Audi Almeida, 2000). No entanto, a combinação do surgimento de treinamento esportivo nos Jogos Olímpicos é excluir centenas de anos de história humana e desenvolvimento em termos de exercícios físicos, treinamento militar e esporte em geral. Muitas atividades esportivas tiveram início em tempos pré-históricos, quando o objetivo principal era a sobrevivência, e isso só pode ser alcançado por meio de exercícios físicos especiais. Posteriormente, tanto a Grécia como a Roma Antiga desenvolveram-se em condições fisiológicas próprias. Seguiram conceitos lógicos e estéticos. A beleza física estava ligada aos regulamentos. Além de competições esportivas são menos importantes do que as competições esportivas, também preparadas para a guerra. Com base nisso, o autor resumiu o desenvolvimento histórico do treinamento esportivo em sete períodos. O primeiro é o período do empirismo, começando com a antiga preparação civilizacional dos métodos físicos e terminando com o surgimento do Renascimento do século XV.

Segundo a observação e a imitação, o principal objetivo do exercício físico neste período girava em torno da prevenção. Mais tarde, com os gregos, estiveram intimamente relacionados com a beleza e o culto ao corpo humano perfeito, enquanto com os romanos se voltaram mais para o esporte. A partir deste período, os métodos de preparação física das civilizações antigas terminaram com o surgimento do Renascimento, onde a busca pelo conhecimento tornou-se uma coisa eterna. (ALMEIDA et al., 2000).

O segundo é o período da improvisação, o período do Renascimento aos Jogos Olímpicos modernos no século XIX. O autor destacou que devido ao conhecimento limitado da biologia humana na época, a principal característica desse período era a falta de qualidade do treinamento. Nesse período, destacaram o surgimento de duas tendências principais do treinamento esportivo, a saber, a tendência inglesa e a tendência norte-americana. O terceiro é o período de sistematização, desde os primeiros Jogos Olímpicos modernos (Atenas) até os XI Jogos Olímpicos (1936-Berlim). Nesse período, o tempo de treinamento e as metas estabelecidas precisam ser planejados de forma mais estruturada (ALMEIDA et al., 2000).

O quarto é o período pré-científico, dos XI Jogos Olímpicos ao século XIV (1948-Londres). Naquela época, surgia a primeira tentativa de experimento científico relacionado à preparação da física, cuja base principal se baseava na observação empírica. As três principais tendências esportivas da Alemanha, República Tcheca e Hungria se destacam. O quinto é o período científico, dos 14º Jogos Olímpicos aos 21º Jogos Olímpicos (MUNIQUE, 1972). Este período seguiu imediatamente seu antecessor, mas com o desenvolvimento da ciência, desenvolveu-se rapidamente. Nesse período, as três principais tendências esportivas da Austrália, Nova Zelândia e Alemanha vieram à tona. O sexto é o período técnico, dos 20º Jogos Olímpicos aos 25º Jogos Olímpicos (BARCELONA-1992). Após o período científico, o desempenho esportivo melhorou significativamente, graças ao desenvolvimento contínuo de métodos de treinamento com embasamento científico e dos equipamentos e técnicas de vestimenta utilizada pelos atletas (TUBINO, 1985; DANTAS 1996). As novas filosofias de treinamento aliaram-se aos interesses políticos, fazendo do esporte um ativo meio de publicidade de sistemas políticos. Os países ocidentais aceitaram o desafio, em defesa de suas ideologias políticas, as nações investiram milhões no treinamento de seus atletas, o que fica comprovado quando se observa as competições internacionais (ALMEIDA et al., 2000).