TRABALHO SOBRE A TEORIA FISIOCRATA
Por: Deeh Mariano • 14/3/2021 • Resenha • 2.858 Palavras (12 Páginas) • 219 Visualizações
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CURSO DE GESTÃO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
DENILSON MARIANO
GISELE ARAÚJO
IGOR GUIMARÃES
TRABALHO SOBRE A TEORIA FISIOCRATA
GUARULHOS - SP
2021
Sumário
1 – INTRODUÇÃO 3
1.1 – Os Representantes Fisiocratas 5
2 - EVOLUÇÃO HISTÓRICA 6
3 - CARACTERÍSTICAS DA FISIOCRACIA 7
4 - CONCEITOS TEÓRICOS 9
5 - RELAÇÃO DA FISIOCRACIA COM A ATUALIDADE 11
6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 13
7 – REFERÊNCIAS 14
1 – INTRODUÇÃO
Esse trabalho busca demonstrar a importância do pensamento econômico dos fisiocratas para a construção de sua teoria, em particular para a gênese da ciência econômica.
No século XVIII, a Europa ainda era caracterizada devido as fortes relações e atitudes culturais herdadas da Igreja Católica, que exerceu grande influência no pensamento econômico por uma baixa produtividade econômica, pelo subdesenvolvimento dos métodos de produção, sobressaindo o trabalho manual precário da mão-de-obra manufatureira e do campo.
A economia desenvolveu-se como ciência no decorrer dos últimos 500 anos, o que coincide com o desenvolvimento das práticas comerciais e com a criação dos estados-nações.
É nesse cenário que a Fisiocracia surgiu, com o objetivo de questionar a política de governo e a necessidade de as famílias serem estimuladas pelas ofertas de empregos, habitação, alimentação, melhores condições de segurança e melhor distribuição da terra e maneiras adequadas de cultivo. De acordo com os fisiocratas, esses fatores propiciariam o crescimento econômico.
Essa filosofia ficou conhecida como a precursora das ciências econômicas, pois foi a primeira escola a gerar uma teoria a partir das observações de fenômenos econômicos, abordando que as esferas da produção, circulação, distribuição e consumo eram regidas por leis naturais, objetivas, necessárias e universais, o que independia da vontade dos homens, dando assim um importante passo para atribuir a esse conhecimento um caráter científico.
A palavra fisiocracia tem como significado “governo da natureza”, ou seja, de acordo com os pensamentos fisiocratas, as atividades econômicas não deveriam ser reguladas de maneira excessiva e tampouco guiadas por forças chamadas “antinaturais”.
Fundada pelo físico francês François Quesnay, que junto com seus seguidores alegou que a intervenção de políticas mercantis na economia nada havia além de prejudicar as nações.
A partir desses pensamentos, passaram a defender que as leis econômicas deveriam estar alinhadas com as leis humanas.
Os fisiocratas formavam um conjunto de pensadores, reunidos em torno da figura central de François Quesnay, e se denominavam “os economistas”. Mais tarde, conhecidos como fisiocratas, são reconhecidos como a primeira escola de pensamento econômico propriamente dita, com um esquema teórico articulado e uma plataforma política consistente com tal teoria.
Para os fisiocratas, a agricultura era o verdadeiro e único modo de gerar riquezas pelo fato de que ela proporciona grandes lucros e exige poucos investimentos, pois na concepção fisiocrata uma semente pode gerar mil frutos. Desse modo, acreditavam que o comercio e a indústria eram segmentos complementares à agricultura. Segundo Quesnay, toda a riqueza era proveniente das terras, portanto, era necessário a segurança sobre a propriedade para proteger o sistema produtivo, através de segurança jurídica que protegesse os proprietários.
No modelo fisiocrata, a sociedade era dividida em três diferentes classes: a classe produtiva – que era formada basicamente pelos agricultores, sejam eles produtores, arrendatários e camponeses, a classe estéril – que envolvia todos os cidadãos que trabalhavam fora da agricultura (indústria, comercio e outras profissões liberais), e a classe dos proprietários de terra, estes por sua vez estavam os soberanos – donos de terras, que se sustentam da renda gerada pela classe agrícola e os recebedores de dízimos.
Os princípios defendidos pelos precursores da fisiocracia eram os seguintes:
comércio baseado no regime do exclusivo comercial (metrópole e colônia); e
monopólio do Estado na regulamentação das atividades comerciais.
A teoria fisiocrata foi capaz de demonstrar a interdependência entre as esferas produtiva, de circulação, distribuição e o consumo, deixando evidente que a produção agrícola é também um consumo, e o consumo gera produção, ativando as esferas da circulação, distribuição e assim sucessivamente.
Além disso, foram os pioneiros na criação de um modelo de análises teóricas, conhecido por quadro econômico, que era um esquema que permitia a compreensão do seu funcionamento e dos mecanismos que regiam as relações entre as esferas, deixando-os numa posição privilegiada que conduziu a delimitação tanto de um novo objeto de estudo, quanto de uma nova ciência, a economia.
A metodologia utilizada nesse trabalho foi a pesquisa bibliográfica acerca do tema fisiocrata, buscando observar sua ligação com os desenvolvimentos dos países.
– Os Representantes Fisiocratas
Idealizado por François Quesnay, médico e economista francês.
Outro fisiocrata bastante influente no avanço da fisiocracia, foi Anne Robert Jacques Turgot, político e economista, foi um dos primeiros defensores do liberalismo econômico. Foi também o primeiro a formular as leis dos rendimentos marginais decrescentes na agricultura. Seu trabalho mais conhecido foi Reflexões sobre a formação e distribuição de riquezas, publicado em 1766, e nesse trabalho, Turgot desenvolveu a teoria defendida pelos fisiocratas e elaborada por Quesnay de que a terra é a única fonte de riqueza.
Outro fisiocrata conhecido foi Pierre Samuel do Pont de Nemours, conhecido por ser funcionário do governo, Pierre escreveu diversos livros, e publicou também suas memórias em 1767 com o nome Fisiocracia ou constituição natural do governo mais vantajoso para a raça humana.
De Nemours manteve um relacionamento muito próximo com Quesnay e Turgot, e foi Turgot quem o ajudou a conquistar grandes posições como economista. Pierre foi também um dos editores do Tratado de Versalhes.
Jacques Claude Marie Vincent de Gournay, economista e prefeito do comercio, a quem foi creditado a frase “Laissez faire, laissez passer, le monde va de lui même”. Foi professor de Turgot em questões econômicas e um dos líderes da fisiocracia junto com Francois Quesnay.
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