TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO
Exames: TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: vanessagabriela • 23/4/2013 • 4.998 Palavras (20 Páginas) • 991 Visualizações
EDUCAÇÃO CORPORATIVA
1. INTRODUÇÃO
“A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação
para a vida, é a própria vida”. John Dewey (Filósofo e Educador Norte Americano;
1859-1952)
O tema desta quarta aula de treinamento e desenvolvimento é fascinante
independente do ângulo que possamos enxergar. Vamos começar com as
coincidências ou sincronicidades (termo usado por Jung para denominar as
“coincidências” que ocorrem em nossas vidas) que o tema tem com o autor. A primeira
sincronicidade é em relação ao ano do surgimento do primeiro modelo contemporâneo
de educação corporativa na GE (General Eletric) nos EUA. Em 1955 (ano de
nascimento do autor deste texto), a GE lançava Crotonville, a universidade corporativa
em complemento estratégico do gerenciamento da aprendizagem organizacional e do
desenvolvimento dos seus empregados.
A segunda sincronicidade aconteceu nos anos oitenta quando o autor, na
época trabalhando para uma empresa de origem norte americana, teve a oportunidade
de entrar em contato com a Universidade Disney. Foi “amor a primeira vista”. Lembro
até hoje cada momento deste encontro mágico entre minha vontade em criar na
empresa um processo de educação corporativa e o que vi sendo feito de modo
profissional na Disney.
A terceira, e vamos parar por aqui, sincronicidade aconteceu no final dos anos
noventa quando tive a oportunidade de discutir com a presidência e diretoria de uma
empresa brasileira, que atua no ramo de cosméticos, o projeto embrionário da
educação corporativa que a empresa lançou alguns anos depois.
O leitor percebeu que o autor é um apaixonado pelo tema. Percebeu também
que ora usamos o termo educação corporativa, ora usamos universidade corporativa.
Jeanne C. Meister, autora norte americana, foi uma das precursoras para o uso do
termo UC (Universidade Corporativa). No Brasil, outra autora, Marisa Eboli, prefere
usar o termo EC (Educação Corporativa). Acredito que devemos sair da armadilha de
ficarmos discutindo nomenclaturas. Devemos dar ênfase ao real papel para que a
educação,prefiro a esse termo, corporativa alcance os objetivos a que se propõe: ser
um guarda-chuva estratégico para desenvolver as pessoas que trabalham na
empresa, bem como seus clientes e fornecedores, objetivando o atendimento das
estratégias definidas pela empresa. (Meister, 1999). Ou seja, devemos deixar a
discussão do nome para um plano secundário e darmos foco no objetivo central da
educação corporativa.
Outro aspecto de que devemos mudar o foco da discussão é em relação à
abrangência da UC/EC. No texto da leitura fundamental da Aula I (Elaboração de
programas de TD&E), usamos os conceitos definidos por D´Arce (2004) de educação
corporativa, gestão do conhecimento e aprendizagem organizacional. Para a autora, a
aprendizagem organizacional tem abrangência maior do que a educação corporativa
que, por sua vez, é mais abrangente do que a gestão do conhecimento. Se
consultarmos outros autores, provavelmente, obteremos definições de abrangência
distintas daquelas defendidas por D´Arce (2004). Como tentativa de sairmos dessa
armadilha conceitual, convido o leitor a ter foco no que a educação, seja ela
corporativa ou não, pode oferecer às pessoas. Nossa visão sobre a educação alinhase
com a frase de John Dewey, que abriu esta parte do texto, em outras
palavras, educação transcende os aspectos sociais e de preparação das
pessoas para a vida. Educação é a nossa própria vida.
2. EDUCAÇÃO CORPORATIVA: PRINCÍPIOS E
HISTÓRICO. DO PROJETO ESTRATÉGICO À IMPLANTAÇÃO.
“Educação e qualificação da força de trabalho será a principal vantagem
competitiva do século XXI. Motivo: está surgindo um conjunto totalmente novo de
tecnologias que exigirão que o trabalhador médio, seja no setor administrativo ou de
produção, adquira qualificações que não eram obrigatórias no passado. Essas
qualificações vão além das responsabilidades limitadas de determinado cargo e
alcançam um amplo conjunto de habilidades necessárias para que o trabalhador se
adapte às novas tecnologias e mudanças no mercado de trabalho”. Lester Throw
(Reitor da Sloan School of Management do MIT – Massachusetts Institute of
Technology).
O tema UC/EC teve seu auge nos anos oitenta, embora existam registros da
criação, em 1955, da UC da GE (General Eletric), que ficou conhecida como
Crotonville. Jeanne Meister publicou, em 1999, o livro: “Educação corporativa: a
gestão do capital intelectual através das universidades corporativas”, que se tornou
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