Theodor Adorno
Ensaios: Theodor Adorno. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Fabricio23 • 4/12/2014 • 393 Palavras (2 Páginas) • 565 Visualizações
A expressão "indústria cultural" foi utilizada pela primeira vez pelos teóricos da Escola de Frankfurt Theodor Adorno e Max Horkheimer no livro “Dialética do Esclarecimento”. Publicado no ano de 1947 em Amsterdã (Holanda) logo após a Segunda Guerra, esse manifesto filosófico expõe o grande tema da Escola de Frankfurt, a imbricação entre progresso tecnológico-material e regressão social, razão iluminista e razão instrumental. A parte central do livro é um dos primeiros e mais radicais ataques à "indústria cultural". Foi nesse livro que se empregou pela primeira vez a expressão "indústria cultural" em substituição a "cultura de massas".
Indústria cultural é o nome dado a empresas e instituições que trabalham com a produção de projetos, canais, jornais, rádios, revistas e outras formas de descontração, baseadas na cultura, visando o lucro. Sua origem se deu através da sociedade capitalista que transformou a cultura num produto comercializado.
A principal forma cultural construída por essas indústrias é a televisão, que ensina e forma indivíduos cada vez mais cedo. Nela podem-se observar diferentes temas e culturas expostas a qualquer horário e idade. Os conteúdos nela existentes possuem mensagens subliminares que conseguem escapar da consciência, o que tende a provocar alienação. Diante disso, pode-se perceber este meio cultural como um produto bom que é capaz de mostrar conteúdos reveladores e contribuir para o desenvolvimento humano e um produto ruim capaz de alienar uma pessoa, levando-a a pensar e agir como lhe é proposto sem qualquer tipo de argumentação.
Durante o processo de nazificação da Alemanha, Adorno foi obrigado a se refugiar na América, por ser de ascendência judaica e também por sua vocação para o socialismo. Depois de uma passagem pela Suíça, ele atendeu a um convite de Horkheimer para trabalhar na Universidade de Princeton. Sua impressão sobre os Estados Unidos não foi das melhores. Sofisticado intelectual europeu, incomodou-o profundamente o ar de uniformização presente em tudo, a despeito dos conceitos norte-americanos de individualidade e do cultivo das diferenças. Este universo regido pelos interesses, pelo lucro e pelas conveniências o levou a uma reflexão mais atenta sobre a massificação da cultura. Inclinado a compreender esse paradoxo americano, ele estuda a fundo a mídia dos EUA, e descobre sob a aparente liberdade apelidado “JEITO AMERICANO DE VIVER”, uma ideologia padronizada que a tudo perpassa, com a intenção de sujeitar a massa apática, induzindo-a ao consumismo e à submissão ao sistema.
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