Trabalho Infantil

Crianças trabalhando. Infelizmente, essa é uma realidade que assombra não apenas o país, como o mundo também. Ao invés de estarem na escola, aprendendo, se preparando para poder ser alguém na vida, estão na rua, trabalhando.

Elas não são culpadas disso. Muitas vezes, a necessidade as obriga a trabalhar desde cedo, fazendo com que não tenham outra saída senão abdicarem da escola. Em outros casos, adultos (sejam pais, tios ou outro tipo de responsável pela criança) as forçam a trabalhar e entregar o lucro para eles, posteriormente.

Felizmente, de 12 anos para cá, o numero de crianças envolvidas em trabalho infantil, diminuiu em 68%. Segundo relatório divulgado nesta segunda-feira (23), pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), no ano 2000 havia 246 milhões de crianças trabalhando, enquanto em 2012, o número caiu para 168 milhões. Este número de crianças envolvidas no trabalho infantil representa 10,6% do total de crianças de 5 a 17 anos.

Essa redução também acontece em trabalhos considerados perigosos, e não foi pouco. Mais da metade do número divulgado em 2000, caiu em 2012. Antes com 171 milhões de crianças, agora possui um numero em 85 milhões, o que representa 5,4% do total de crianças.

Esse estudo ainda apontou dois fatos. Primeiro, que a área dominante no trabalho infantil é a agricultura com 98 milhões (50%), logo depois vem o setor de serviços, com 54 milhões (33%), seguido da indústria, com 12 milhões (8%). O segundo é o sexo das crianças. O estudo indica também que em 2012 foram registradas 99,8 milhões de meninos e 68,2 milhões de meninas de 5 a 17 anos no trabalho infantil. Mas a OIT alerta que esses números podem subestimar o envolvimento das meninas no trabalho infantil relativamente ao dos meninos, por não incluírem o seu envolvimento em tarefas domésticas.

O Brasil não foi citado, propriamente, na pesquisa. Porém, informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgadas ano passado, aponta que o país tem 3,7 milhões de crianças envolvidas no trabalho infantil. Esse dado representa 8,6% das crianças entre 5 e 17 anos.