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Trabalho Interdisciplinar

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Por:   •  16/5/2013  •  7.225 Palavras (29 Páginas)  •  742 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo apresentar à contribuição do livro Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro, que pretende expor problemas centrais ou fundamentais que permanecem totalmente ignorados ou esquecidos, e que são necessários para se ensinar a todos os estudantes, que certamente, tornarão cidadãos.

O livro é composto de sete pontos de discussão: As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão; Os princípios do conhecimento pertinente; Ensinar a condição humana; Ensinar a identidade terrena; Enfrentar as incertezas; Ensinar a compreensão e a ética do gênero humano.

O autor apresenta o que ele mesmo chama de inspirações para o educador ou os saberes necessários a uma boa prática educacional.

Foram utilizadas como metodologia, pesquisas bibliográficas, entrevista com profissionais da área, seminário realizado por um professor, internet e dicionário.

2 RESENHA CRÍTICA DO LIVRO OS SETE SABERES NECESSÁRIOS À EDUCAÇÃO DO FUTURO

2.1 Capítulo 1 - As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão

A transmissão de conhecimento é um objetivo da educação. Porém, ela é cega quanto ao significado do conhecimento humano, bem como suas dificuldades e propensão ao erro e à ilusão. A educação não se preocupa em conhecer o conhecimento, que é uma das formas de se prevenir quanto ao erro e à ilusão. “Todo conhecimento comporta o risco de erro e da ilusão.” (MORIN, 2011, p. 19).

Em o calcanhar de Aquiles do conhecimento, Morin fala de uma educação do conhecimento que não seja ameaçada pelo erro e nem pela ilusão nos quais são classificados como: os erros mentais; os erros intelectuais; os erros da razão; neste último item, a diferença entre racionalização e racionalidade, considerando a racionalidade a melhor proteção contra o erro e a ilusão. O desenvolvimento do conhecimento científico é um importante meio de detecção de erros e de luta contra as ilusões.

As possibilidades de erro e ilusão são múltiplas e permanentes, para maior segurança do conhecimento que temos, é preciso refletir sempre sobre nossas formas de conhecer. Portanto, para que as coisas dêem certas é necessário estimular o conhecimento em todas as áreas.

2.2 Capítulo 2 - Os princípios do conhecimento pertinente

De acordo com Morin, não basta ter acesso às informações, é preciso aprender a organizá-las e articulá-las. Saberes isolados não são funcionais. Essa reforma não é programática, mas sim, paradigmática, é uma questão fundamental da educação, já que se refere à nossa competência para organizar o conhecimento.

Por isso, a educação precisa ajudar a perceber e a conceber as relações entre as partes do conhecimento e a relação todo/partes, que Morin classifica em quatro temas:

• O contexto: O conhecimento de informações ou dados isolados não é suficiente. É preciso situar as informações em seu contexto, para que elas adquiram sentido e funcionalidade.

• O global (as relações entre o todo e as partes): é mais que o contexto, pois é tudo o que se liga ao contexto e às suas partes. O todo tem qualidades que emprestam características às partes e estas características só são entendidas quando atingimos a percepção da totalidade.

• O multidimensional: o ser humano e a sociedade são multidimensionais. O ser humano é ao mesmo tempo biológico, psíquico, social, afetivo e racional. A sociedade comporta dimensões históricas, econômicas, sociológicas e religiosas.

• O complexo: há complexidade quando elementos diferentes são inseparáveis constitutivos do todo e há um tecido independente, interativo e inter-retroativo entre o objeto de conhecimento e seu contexto, partes e todo, todo e partes, partes em si, assim, complexidade é a união entre unidade e multiplicidade.

Assim como não se pode isolar a parte do todo, não se pode isolar uma dimensão das outras, pois todas interagem e interdependem. “A educação deve promover a inteligência geral apta a referir-se ao complexo, ao contexto, de modo multidimensional e dentro da concepção global.” (MORIN, 2011, p. 36).

Nos dias atuais, os sistemas de ensino portam antinomias (contradições) criando e alimentando disjunções entre as ciências e as humanidades, assim como a separação das ciências em disciplinas hiper-especializadas, fechadas em si mesmas. Os problemas essenciais citados no livro são:

• Disjunção e especialização fechada: a hiper-especialização impede tanto a percepção do global (que ela fragmenta em parcelas) quanto do essencial (que ela dissolve), bem como impede de tratar corretamente problemas particulares que só podem ser propostos e pensados em seu contexto;

• Redução e disjunção: o princípio da redução (limitar o conhecimento do todo ao conhecimento de suas partes) leva naturalmente a restringir o complexo ao simples.

Entretanto, como nossa educação sempre nos ensinou a separar, compartimentar, isolar, e não unir os conhecimentos. Assim, a educação do futuro precisa unir e interligar os saberes.

2.3 Capítulo 3 - Ensinar a condição humana

A condição humana é o ponto central da educação do futuro. Para conhecer o humano, é preciso encontrar seu lugar no universo, pois ele está fragmentado em olhares isolados das próprias ciências humanas, e quanto mais estas avançam, isoladas, mais aumenta a ignorância do todo.

O ser humano é a um só tempo, físico, biológico, psíquico, cultural, social e histórico. Esta unidade complexa na natureza humana é totalmente desintegrada na educação por meio das disciplinas, tendo-se tornado impossível aprender o que significa ser humano. A condição humana deverá ser o objeto essencial de todo o ensino. “Conhecer o humano é, antes de tudo, situá-lo no universo, e não separá-lo dele.” (MORIN, 2011, p. 43).

Assim, quando os conhecimentos são dissecados e são introduzidos apenas fragmentos destes em nós, impede de realmente aprender o que significa ser humano. O ser humano vai muito além de ser uma unidade restrita com conhecimentos dispersos. Assim, basta à educação ensinar as condições necessárias para que isso seja possível.

2.4 Capítulo 4 - Ensinar a identidade terrena

A comunicação nos faz estar cada vez mais em contato com os produtos fabricados

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