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TÉCNICAS DE COMBATE À INCÊNDIO OFFSHORE

Por:   •  18/10/2022  •  Trabalho acadêmico  •  5.300 Palavras (22 Páginas)  •  141 Visualizações

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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO - UCB[pic 1][pic 2]

MBA EM QSMS – TURMA 17

MARIA ADELINA MOREIRA ARANTES

TÉCNICAS DE COMBATE À INCÊNDIO OFFSHORE

RIO DE JANEIRO/RJ

2013[pic 3][pic 4]

MARIA ADELINA MOREIRA ARANTES[pic 5][pic 6][pic 7]

TÉCNICAS DE COMBATE À INCÊNDIO OFFSHORE

Trabalho apresentado à disciplina Sistemas de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Plataformas Offshore do Curso de MBA em QSMS da Universidade Castelo Branco sob a orientação do professor Sérgio Batista de Araújo.

RIO DE JANEIRO/RJ

2013[pic 8]

1 INTRODUÇÃO

O fogo é uma força imensa que deve ser controlada, porém, quando se perde o controle, há a ocorrência de danos e perdas irreparáveis, ou seja, os incêndios. Portanto, para garantia do homem, do meio ambiente e dos seus bens, desde a antiguidade se buscou o controle do fogo de maneira eficiente. (PERERIA, 2013).

Em casos de incêndio a grande quantidade de fumaça negra produzida vai causar a perda de visibilidade na área, dificultando a visualização dos focos de incêndio, impossibilitando a permanência no local sem máscara apropriada e, também, dificultando o abandono da praça. As dificuldades de acesso para o combate ao incêndio com descida vertical, fogo, fumaça na parte superior da praça e as altas temperaturas envolvidas são outra parte do problema. A complexidade das ações, com grande quantidade de pessoal e material, requer organização, rigorosa coordenação e o uso de listas de verificação pelas diversas estações envolvidas. (PERERIA, 2013).

O controle de incêndios requer adestramento, a prática constante de exercícios e uma correta e frequente manutenção de material. Devem ser criadas, em cada plataforma de petróleo, listas de verificação que incluam cada ação a ser tomada, desde a fase em que se busca sanar uma avaria operacional, enquanto for apenas um vazamento, até a fase de combate a um incêndio, se as ações citadas anteriormente não atingirem o efeito desejado. (PERERIA, 2013).

O objetivo deste estudo foi abordar sobre as técnicas de combate a incêndio em plataformas de petróleo.

2 TÉCNICAS DE COMBATE A INCÊNDIOS EM PLATAFORMA DE PETRÓLEO

Fogo em navios e plataformas é um dos mais perigosos incidentes que podem acontecer. Se o fogo for detectado a tempo, a tripulação pode evitar a propagação através da rápida intervenção, combatendo o fogo com uma mangueira e com os equipamentos de proteção respiratória. Caso o fogo tenha se alastrado, a ajuda de profissionais é essencial, podendo estes vir de helicóptero ou de barco (PERERIA, 2013).

O combate a um incêndio no mar é muito diferente do combate a um incêndio em terra. Antes de mais nada, a equipe de intervenção tem de chegar à fonte do incêndio, o que significa na maioria das vezes chegar do topo ao interior do navio ou plataforma, ou seja, na direção contrária à propagação da fumaça e do calor. Isto é um grande obstáculo que diminui a rapidez do combate ao incêndio. O que dificulta ainda mais a operação de combate ao incêndio são as escadas estreitas, lugares abafados, caminhos e espaços que parecem labirintos, numerosos espaços confinados, bem como a movimentação do navio ou plataformas devido à maré e às propriedades de condução térmica do aço dos mesmos  (PERERIA, 2013).

Para entender melhor as técnicas de combate a incêndio a seguir será abordado sobre as classes de fogo e as técnicas que se deve ter em cada classe em espaços confinados.

2.1 Classes de fogo

A classificação de fogo se dá de acordo com o Guia Trabalhista (2013) em:

  • Classe A - são materiais de fácil combustão com a propriedade de queimarem em sua superfície e profundidade, e que deixam resíduos, como: tecidos, madeira, papel, fibras, etc.;
  • Classe B - são considerados inflamáveis os produtos que queimem somente em sua superfície, não deixando resíduos, como óleo, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc.;
  • Classe C - quando ocorrem em equipamentos elétricos energizados como motores, transformadores, quadros de distribuição, fios, etc.;
  • Classe D - elementos pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio.

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Figura 1: Classes do fogo

Fonte: (PERERIA, 2013).

2.2 Técnicas de combate a incêndios classe “A”

As fainas de combate a incêndio a bordo de navios têm como fator essencial a rapidez da ação dos descobridores e da turma de ataque. O tipo e a distribuição dos compartimentos de bordo podem alterar o planejamento da faina. Em áreas de alojamentos ou camarotes, não se pode planejar um combate a incêndio, considerando apenas um camarote como incendiado. Qualquer demora que permita ao fogo ganhar vulto, e, em conseqüência, a fumaça se espalhar nas proximidades do sinistro, caso as ventilações não sejam rapidamente paradas,vai mudar a característica de um incêndio em um compartimento, para um incêndio em uma área.

2.2.1 Tipos de ataque

As fainas de combate a incêndio classe “A” podem enquadrar-se em duas situações distintas quanto ao o ataque que pode ser: ataque direto e indireto

Ataque Direto - Quando os homens conseguem entrar no compartimento e atacar o incêndio, a técnica a ser utilizada é simplesmente atacar a base do fogo para sua extinção, do seguinte modo (Fig.2):

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Figura 2: Ataque direto a um incêndio classe “A

Fonte: (MARINHA DO BRASIL, 2000).

  • Entrar no compartimento e aplicar diretamente água no foco do incêndio;
  • Manter-se abaixado e, se possível, seco;
  • Utilizar jato/neblina de forma intermitente, para minimizar a produção de vapor e resfriar os gases quentes em combustão. Atingir a base do fogo;
  • Estabelecer as contenções e resfriar, quando necessário e
  • Não aplicar água nas anteparas e teto desnecessariamente. (MARINHA DO BRASIL, 2000).

Ataque Indireto - Os homens podem ter acesso ao compartimento, mas não alcançam a base do fogo devido à presença de obstáculos, ou as condições do incêndio (fase de desenvolvimento) não permitem aos homens a entrada no compartimento, impossibilitando o ataque direto ao fogo. A água em forma de neblina, ou jato sólido, é lançada para o interior do compartimento através de qualquer acessório ou abertura. Após a melhora das condições, passa-se para o ataque direto. (MARINHA DO BRASIL, 2000).

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