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Vigilância em saúde no Brasil ao longo do tempo

Por:   •  3/3/2016  •  Artigo  •  2.401 Palavras (10 Páginas)  •  504 Visualizações

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Vigilância em saúde no Brasil ao longo do tempo

1. 1. Vigilância em Saúde, ao longo da história Prof. Fernando A Silva Escola Municipal de Saúde Regional Sudeste

2. 2. Vigilância = etimologicamente vem do latim vigilare que significa observar atentamente, em sentinela, procurar, cuidar, precaver. Na saúde a Vigilância está relacionada aos conceitos de saúde/doença de cada época e lugar. O Isolamento e a quarentena são os métodos de intervenções mais antigos no campo da saúde.

3. 3. Devemos lembrar que: Em cada sociedade histórica, os determinantes da saúde são identificados, valorizados e hierarquizados em:  Determinantes Naturais  Determinantes Individuais  Determinantes Sociais

4. 4. Pré-História – descoberta do Fogo Eram nômades, caçadores, viviam em bandos e a sobrevivência estava associada à disponibilidade de água e alimento. As doenças e agravas que não podiam ser entendidos como resultado do cotidiano era vistos como influência do sobrenatural, deuses, demônios e espíritos malignos. Pensamento mágico-religioso – Esse é responsável pelo desenvolvimento inicial da prática médica.

5. 5. Período Neolítico Pastor e/ou agricultores – Fixaram-se próximos a rios e vales férteis. Originou os aldeamentos; houve a domesticação dos animais para o trabalho ou para a alimentação – Isso ocasionou novas doenças . EX: variola e tuberculose do gado para o homem; gripo do porco e aves e resfriado comum do cavalo. Esses pequenos aglomerados de pessoas havia armazenamento de alimentos e acúmulo de dejetos aproximando os vetores do ser humano.

6. 6. Explicações racionais – Medicina Hipocráticas A civilização Grega representa o rompimento com a superstição e com as práticas mágicas e surge as explorações mais racionais. Gregos: Panteístas – Os médicos também eram filósofos – Além de cuidar da saúde procuravam entender as relações do homem com a natureza. Procuravam interpretar a saúde e a doença como resultados de processos naturais e não sagrados

7. 7. Época Romana: Grandes avanços na Engenharia Sanitária e na administração. Sexto Julio – Aqueduto da Cidade Romana – descreve os benefícios para a saúde adquiridos com a implantação dos aquedutos. Banhos romanos extensivos atos de higiene e saúde. Sistema de esgoto – Cloaca Máxima. Entretanto nas regiões mais pobres a degradação ambiental, o amontoado de cortiços e os dejetos humanos nas ruas indicavam tempos sombrios.

8. 8. Idade Média – Castigo e Redenção Caí o Império Romano e ascende o Período Feudal Significa – Declínio da cultura urbana; decadência da organização e das práticas de saúde pública. Ascensão e Fortalecimento da Igreja Católica. Período de muitas Epidemias. Catolicismo – Afirmava a existência de uma conexão entre doença e pecado. Mundo – Lugar de expiação. Doença = Pecado / expiação de um mal cometido / possessão demoníaca / castigo de Deus.

9. 9. Curas Realizadas pelos religiosos ou invés dos filósofos-médicos. Ao invés de chás, ervas, exercícios, repouso, banhos e etc eram prescritas rezas, penitências, invocações aos Santos, exorcismos e unções. Função: Purificar a Alma. Para a Igreja os estudos da medicina eram uma blasfêmia que deveria ser julgada pela inquisição.

10. 10. Doenças Período onde as doenças assolavam toda a população: Ex: varíola, tuberculose, sarampo, difteria, influenza, escabiose, eripsela, lepra e peste bulbônica. Lepra = impureza diante de Deus – Quem a possuísse deveria ser retirado do convívio social e enviado para os leprosários. Peste bulbônica = deu origem ao nome do período, Idade das Trevas. Ações de Saúde Pública: Suprimento de água para beber e cozinhar.

11. 11. Visão do Período Aglomeração de pessoas convivendo junto com os animais; Deposição de dejetos humanos e de animais nas ruas; Cheiro de matéria em putrefação misturado a urina e fezes; Contaminação e poluição das fontes de água; Ausência de esgoto; Péssimas condições de higiene.

12. 12. Final da Idade Média Criação dos Códigos Sanitários: Normatização da localização dos chiqueiros e matadouros; Normatização para o despejo de restos e dejetos oriundos da população; Normas para o recolhimento do lixo; Pavimentação das ruas; Canalização dos dejetos para poços cobertos. Entretanto: A população mantendo os mesmos hábitos tornou inócuas as medidas.

13. 13. Hospitais na Idade Média Serviam para abrigar os pobres e doentes que ficavam nas ordens monásticas e sob sua direção. Foi Instituído o período de quarentena com o objetivo de deter o avanço das doenças – Experiência obtida com o isolamento dos leprosos. Continuava em voga a Teoria Miasmática, apesar da nítida natureza comunicável das doenças – Por imposição da Igreja.

14. 14. Renascimento Teoria dos Germes de Contagio Girolano Fracastoro – 1530 com a obra De Contagione - Descreve sobre a hipótese de contágio da sífilis. Hipotetizava sobre agentes específicos para cada doença. No campo da Saúde = grandes avanços em anatomia, fisiologia, descrição individual das doenças baseada na observação clínica e epidemiológica. 1543 - Obra de Andreas Vesalio, Suíço – De Corporis Humani Fabrica -Contestando as idéias de Galeno. Reforma está em curso. Os crentes acreditavam que era sua função observar a obra da criação, incluindo a dissecção humana. Enquanto; A Igreja Católica defendia a Teoria Humoral.

15. 15. Rotas Comerciais Descoberta do Novo Mundo – Isso levou a introdução de novos agentes infecciosos nos Ameríndios.

16. 16. Século XV e XVI Revalorização do saber técnico; Conhecimento da natureza; Conhecimento da realidade através da observação dos fenômenos; Valorização da pesquisa empírica. Época da Publicação de inúmeros tratados – Favoreceu a aproximação do saber científico e o técnico artesanal. Cooperação entre cientistas e técnicos. Ciência e indústria. Formou a Base do Pensamento Científico.

17. 17. Era da Bacteriologia e Discussão da Causalidade Até século XIX, o controle das doenças era feito através do isolamento e quarentena. Houve o desenvolvimento das investigações no campo das doenças infecciosas e na área da microbiologia, cujo resultado foram novas medidas de controle. EX: vacinação. Final do Séc XIX: Louis Pasteur, com o microscópio demonstra a existência de microrganismos:

18. 18. Século XX Descoberta dos vetores, hospedeiros intermediários e o papel dos portadores sadios para a transmissão das doenças e manutenção da cadeia epidemiológica. Princípios da Imunidade Ativa e Passiva. Criação de Laboratórios de Microbiologia

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