ÉTICA E SERVIÇO SOCIAL: FUNDAÇÃO ONTOLÓGICA (RESUMO)
Projeto de pesquisa: ÉTICA E SERVIÇO SOCIAL: FUNDAÇÃO ONTOLÓGICA (RESUMO). Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: tatibenjamim • 5/11/2014 • Projeto de pesquisa • 2.882 Palavras (12 Páginas) • 269 Visualizações
ÉTICA E SERVIÇO SOCIAL: FUNDAMENTOS ONTOLÓGICOS (RESUMO)
ÉTICA E SERVIÇO SOCIAL: FUNDAMENTOS ONTOLÓGICOS (FICHAMENTO)
ASSUNTO: Prefácio de autoria de José Paulo Netto.
PÁGINAS: 9 a 13
DESENVOLVIMENTO:
Neste prefácio, José Paulo Netto, além de expor seus elogios a qualificação e autonomia intelectual de Barroco, diz estar convencido de que este livro constitui,na bibliografia do Serviço Social em língua portuguesa, o primeiro trabalho que oferece fundamentação adequada à formulação ética compatível com à formulação ética compatível com um projeto profissional radicalmente crítico, substantivamente democrático, concretamente humanista e orientado para o horizonte histórico do que Marx, em 1844, qualificava como emancipação humana.
Netto também sintetiza brevemente os dois capítulos do livro dizendo que no primeiro capítulo Barroco explicita o referencial com que processa a análise da ética e no segundo, ela nos oferece a crítica elementar do conservadorismo ético-profissional e comprova suas hipóteses com o exame dos seus correspondentes Códigos de Ética (brasileiros e internacionais).
Netto ainda ressalta que o espaço da ética é intrinsecamente engendrante de polêmicas.
ASSUNTO: Apresentação
PÁGINAS: 15 a 22
DESENVOLVIMENTO:
O eixo condutor da análise é dado pela apreensão das determinações e mediações que incidem sobre a consciência ético-política da profissão.
O desenvolvimento da análise, apoiada no método critico dialético de Marx, demandou a compreensão da gênese da profissão. Para isso, foi preciso reconstruir a base de fundação ontológica da ética na vida social.
O método indicou o cuidado de não realizar uma análise “moralista” da realidade. Mas é o método também que indica a impossibilidade de uma análise desprovida de valores. A medida de valor é dada pela concepção marxiana de riqueza humana, o que constitui uma ética dirigida à emancipação humana.
Nestes termos, o tratamento dado a ética profissional fundada em Marx é orientado pelas suas possibilidades de efetuar uma crítica a sociabilidade burguesa, tendo por parâmetro a condição ontológica dos valores na história.
Percebemos, assim, a complexidade da ética profissional, o que impede de tratá-la apenas em sua formalização no código de ética.
Apresento a concepção de ética que elaboro. A ética é definida como uma capacidade humana posta pela atividade vital do ser social; a capacidade de agir conscientemente com base em escolhas de valor, projetar finalidades de valor e objetivá-las concretamente na vida social, isto é, ser livre. Tratada como mediação entre as esferas e dimensões na vida social, e atividade emancipadora, a ética é situada em suas várias formas e expressão.
A ética profissional é tomada em suas particularidades, como expressão: de um ethos sociocultural e profissional, da moralidade profissional, de suas bases teóricas e filosóficas, do produto concreto de sua prática, de sua normatização. Tais particularidades são situadas na relação entre as demandas ético-políticas e as suas respostas, e cada momento histórico.
As potencialidades do Código atual são afirmadas pela sua projeção de uma nova sociedade. Sua concretude, ou seja, sua viabilização profissional é dada pela indicação de uma direção social estratégica capaz de objetivar os valores ético-políticos através dos serviços sociais.
CAPÍTULO I
TRABALHO, SER SOCIAL E ÉTICA
ASSUNTO: O Significado ontológico do trabalho
PÁGINAS: 25 a 33
DESENVOLVIMENTO:
Para Marx, o trabalho é o fundamento ontológico-social do ser social; é ele que permite o desenvolvimento de mediações que instituem a diferencialidade do ser social em face de outros seres da natureza. As mediações, capacidades essenciais postas em movimento através da atividade vital, não são dadas a ele; são conquistadas no processo histórico de sua autoconstrução pelo trabalho. São elas: a sociabilidade, a consciência, a universalidade e a liberdade.
Essa condição ontológico social ineliminável do trabalho, na reprodução do ser social, dá a ele um caráter universal e sócio histórico.
O trabalho é uma atividade teleológica, donde o papel ativo da consciência no processo de autoconstrução humana.
A universalidade, a sociabilidade, a consciência e a liberdade são capacidades humano-genéricas, ou seja, sem as quais a práxis não se realiza com suas potencialidades emancipatórias.
A valoração de um objeto supõe sua existência material concreta. Por isso, o valor não é uma decorrência apenas da subjetividade humana; ele é produto da práxis. Assim se coloca o caráter objetivo dos valores; eles sempre correspondem a necessidades e possibilidades sócio-históricas dos homens em sua práxis.
A práxis não tem como objeto somente a matéria; também supõe formas de interação cultural entre os homens. Nesse sentido, a vida social se constitui a partir de várias formas de práxis, cuja base ontológica primária é dada pela práxis produtiva objetivada pelo trabalho.
A gênese das escolhas e alternativas de valor são indissociáveis da práxis; por isso são categorias objetivas e históricas. Mas, dadas a complexidade da totalidade sócio-histórica, os valores não operam da mesma forma em cada esfera social. As objetivações humano-genéricas não são apropriadas por todos os indivíduos, em toda a história e, em cada momento específico, nas diversas esferas. São objetivações genéricas aquelas que expressão as conquistas da humanidade, em termos do que foi construído e valorado como algo que possibilitou a criatividade, a multiplicidade de gostos e aptidões,a realização da liberdade, da sociabilidade, da universalidade, da consciência, ou seja, do desenvolvimento multilateral de todas as capacidades e possibilidades humanas, o que, para Marx, corresponde à riqueza humana.
ASSUNTO: Trabalho e alienação
PÁGINAS: 33 a 36
DESENVOLVIMENTO:
Na
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