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A Inclusão Social Um Desafio Possível

Por:   •  6/6/2016  •  Artigo  •  2.683 Palavras (11 Páginas)  •  393 Visualizações

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INCLUSÃO: UM DESAFIO POSSÍVEL?


Alessandra da Fonseca Marvila O Campos

Maria Aparecida Neves


RESUMO

O presente artigo pretende provocar uma análise e reflexão sobre o direito do deficiente em estar inserido num ensino regular e a falta de preparo das escolas ao recebê-los, levando em consideração todos os paradigmas e tabus.

Evidenciando os benefícios da inclusão para os educandos, escola e sociedade.


PALAVRAS - CHAVES: Deficiência, Direito, Despreparo.


INTRODUÇÃO


A educação inclusiva é uma força renovadora na escola, ela amplia a participação dos estudantes nos estabelecimentos de ensino regular. Com a reconstrução do ensino regular conquista-se o respeito à diversidade de forma humanístico-democrática permitindo que o sujeito aprenda a partir de sua singularidade, tendo como objetivo principal, contribuir de forma que promova a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal.

Essa nova interpretação legal permite ao inserido a oportunidade de estar se relacionando e experimentando das diversidades culturais, proporcionando condições para exercer a sua própria identidade, sendo oportunizado a viver dignamente.

Sendo assim a escola e o inserido podem compartilhar de novas experiências e terem a oportunidade de compartilhar desde as séries iniciais com o “diferente”, será de suma importância para um futuro livre de preconceitos e discriminações.

No entanto, ainda não podemos contar com um modelo de instituição preparada para receber estes educandos. A instituição escolar precisa redefinir sua base de estrutura organizacional destituindo-se de burocracias, reorganizando grades curriculares, proporcionando maior ênfase à formação humana dos professores, e afinando a relação família–escola, propondo uma prática pedagógica coletiva, dinâmica e flexível e quando necessário se dispuser de um Plano Individualizado de Adequação Curricular para atender esta nova realidade educacional.

O PORQUÊ DESTA PESQUISA

Sabemos que Inclusão Escolar é um tema que está em evidência, resolvemos nos aprofundar em conhecer mais.

Temos como principal objetivo apontar a realidade das escolas públicas que estão despreparadas para receber esses educandos.

Com este, pretendemos quebrar alguns tabus que ainda bloqueiam o desenvolvimento escolar dos educandos com deficiência.

Abordamos algumas escolas públicas para saber quais adequações já foram feitas para receber o deficiente. Daremos destaque às Escolas Estaduais e Municipais dos municípios de Piúma-ES e Anchieta-ES, que nos oportunizou fazer uma pesquisa sobre o assunto abordado.

INCLUSÃO: UM DIREITO CONQUISTADO

Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais (LDB, Art. 58, 2010).

Kunc (1992), fala sobre inclusão:

        

O principio fundamental da educação inclusiva é a valorização da diversidade e da comunidade humana. Quando a educação inclusiva é totalmente abraçada, nós abandonamos a idéia de que as crianças devem se tornar normais para contribuir para o mundo. (Pereira, 2010, p.2)

Em nossos tempos muitos ainda desconhecem seus direitos, e não desfrutam do que é seu garantido por lei.

Inclusão Escolar, sendo, um assunto já discutido há algumas décadas, traz consigo impactos e paradigmas que impedem o sucesso do funcionamento desse direito. Jamais haverá inclusão se a própria sociedade não se eximir de seus preconceitos que estão entranhados e assumir uma postura de que ser “diferente” é “normal”.  É preciso que as pessoas falem por si mesmas, pois sabem de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadão.

A Declaração de Madrid (2002) define o parâmetro conceitual para a construção de uma sociedade inclusiva, com suas contribuições para uma sociedade futura independente e livre de preconceitos: “O que for feito hoje em nome da questão da deficiência terá significado para todos no mundo de amanhã”.

A Constituição da República quando adota como principio a “igualdade de condições para o acesso e permanência na escola”, compreendido como efetivação do objetivo republicano de “promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”, prevê uma sociedade com escolas abertas a todos. (Dutra, 2004, p.9)

Quando é citado na Constituição Federal “promover o bem estar de todos (...)”, nos falando da necessidade de se construir um Brasil mais solidário, mais justo e humano, um Brasil de pessoas que construam as condições de sua própria emancipação.

INCLUSÃO ESCOLAR E SEUS DESAFIOS

Ao falarmos sobre Inclusão Escolar, não poderíamos deixar de citar alguns dos inúmeros desafios enfrentados para se realizar este tema tão importante e que por si só já é um desafio. A escola regular como espaço educacional de todos vem a cada dia sendo mais questionada pelas suas práticas cotidianas.

A discussão sobre a inclusão de todos neste ambiente, tem, recentemente, exigido propostas políticas pedagógicas inovadoras que estimulem as diferenças individuais e assegurem oportunidades iguais aos alunos. Sobretudo, a resistência à mudança de paradigma tem levado essa ambiência a selecionar uma parcela da população que se adapte bem às demandas que esse modelo educacional determina. Através desse ponto de vista foi lançada a tarefa de pesquisar a escola regular de todos, na intenção de observar e refletir se este espaço proporciona a igualdade de oportunidades e respeita as diferenças no seu interior.


EXCLUSÃO, UM DESAFIO A SER VENCIDO

Partiremos do pressuposto de que só se faz a inclusão a partir da eliminação da exclusão. Para isso precisamos considerar os mecanismos excludentes que estão presentes na sociedade para radicalizar a exclusão.

Como afirma Coraggio (1996):

A mesma sociedade que cria e mantém mecanismos de exclusão, desenvolve políticas assistencialistas que, por seu caráter instrumental, não resolvem a natureza reprodutiva dos problemas cujos efeitos pretendem compensar, cristalizando-se, portanto, os padrões de exclusão e de segregação. (Carvalho 2004, P. 99)

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