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A Pós-modernização da cultura: Patrimonial e museus na contemporaneidade

Por:   •  29/5/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.117 Palavras (5 Páginas)  •  257 Visualizações

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Guilherme Augusto de Oliveira Pereira

201705661

Arte Contemporânea – Profª Sofia Ponte

A Pós-modernização da cultura: património e museus na contemporaneidade

Anico, Marta – jan/jun 2005. Horizontes Antropológicos, ano 11, nº 23, p. 71-86.

Palavras-chave: Cultura, globalização, temporalidade, museu, património.

Sumário:   Este texto tem como objetivo buscar um questionamento sobre o papel do museu/património inserido em um meio contemporâneo, dado sua importância em espaço e tempo, dimensão e localismo, resultante de um cenário globalizado e agilizado, a cultura atuante em seu círculo, difusão de conhecimento e partilha de memória, mercantil e sua multiplicidade. Interpretação que pode ser atribuída ao papel do património em seu papel atuante na sociedade pós-moderna e sua constante transformação, leva de informação e o fator resultante de sua própria problematização.

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Para que se possa tomar uma posição mais concreta e pertinente sobre a importância inerente do património e seu campo de atuação em um meio social, é preciso entender sua etimologia,  que sua preservação é feita pela imaterialidade do mesmo, é um legado herdado  do passado e que se transmite a geração futura. Assim como o museu enquanto instituição de serviço público, hoje assume uma posição na sociedade não só como expositor de uma raridade ou da genialidade de um autor, há uma preocupação em não só mostrar sua representação simbólica da cultura, mas também o seu real papel e significado intrínseco, real da sua propriedade cultural, deixando assim um questionamento sobre o deixar de ser apenas um templo de conhecimentos e reformulando-se em volta daquele meio em que foi inserido e também em transformar-se em meio de crítica e atuação, também levando-se em consideração todo o cenário mercantil e consumidor de seu serviço e obra. A partir desta transformação social que é resultado de uma sociedade pós-colonial e pós-industrial, há um certa emergência em processos sociais e políticos, imediatismo, o mais comum traço do séc. XXI e que reflete a realidade vivida moderna, com seu fluxo populacional transicional resultante de um meio globalizado, há uma compressão de espaço, tempo e poder económico, assim a informação também conseguiu ganhar outros meios e formas de alcançar novos meios e públicos, e o questionamento sobre a apresentação da cultura e sua apropriação imediatista, considerando então que o maior consumidor de cultura e conhecedor de património venha a ser o turista e todo o universo económico que o acompanha e o conjunto de conexões por trás do mesmo.

A cultura na contemporaneidade é hibrida, está em constante movimento e se reconfigura de acordo com seu tempo/espaço, seu alcance é global, acompanhando diretamente a intensificação económica. Enquanto o património lida com o saudosismo, pelo o apego ao passado, é preciso entender a importância que o carrega, e sua bagagem que contribui para o entendimento do presente e futuro, com sua corelação e ou coexistência com o inserir de novas metodologias para interação e tradução cultural do contemporâneo, por vezes reescrito, recriado e reinterpretado, uma bagagem nostálgica, mitologia e ideologia, há uma riqueza que refletem como resultante direto ao o que hoje representamos e debatemos na sociedade moderna, sua procura por autenticidade e da tradição tem ligação direta de como acontece o consumo cultural, às quais os museus e patrimónios não ficaram indiferentes, surge também uma forma e tentativa de proteção, tentativa de assegurar certa continuidade que proporcionem uma adequação ao reforço de sentido de coesão e identidade coletiva.

O património é um modo de produção cultural no presente que tem como recurso o passado. – Barbara Kirshenblatt-Gimblet (1998, p. 7, tradução por Anico, Marta)

Contudo, mesmo que haja essa ideia de nostalgia e bagagem sentimental, romantismo por trás do que um património representa, é necessário compreender sua etimologia, conduzir a uma valorização positiva , abrir interpretações sobre o passado e fonte de estudo, difusão de conhecimento e partilhamento de memória e o museu por sua vez como detentor de cultura como veículo para transporte de cultura.

 Os museus são produtos do seu contexto social e é próprio que assim sejam. Macdonald (2002, p. 158, tradução por Anico, Marta)

Com o reconhecimento do uso do património hoje como um bem rentável e negociável, novos conceitos daí surgiram e o que em certa época era redirecionado à uma certa classe social de pessoas, hoje assume uma posição vai buscar incluir um leque maior de versões alternativas e ocultas, que ao mesmo tempo mostra-se de forma inclusiva e excluiva, coexiste o conceito de que unifica mas separa-se, vai de encontro com novas teorias de análise de como o poder económico influenciou na autenticidade da cultura global que vem se transformando, o que antes pelo declínio histórias nacionais sem divisão no tratamento peças mais eruditas ou mais populares da mesma forma, com essa mudança e evolução entende-se e procura-se um melhor olhar para onde posiciona-las e sua representação inicial, há uma preocupação maior na forma da representatividade, valorização de sua simbologia e grupos culturais, ocorre a perda da ideia apenas expositiva e assume a natureza do debate na cultura contemporânea.

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