AMERICAN GOTHIC - GRANT WOOD
Por: Vitória Farias • 10/7/2019 • Bibliografia • 2.204 Palavras (9 Páginas) • 417 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
NATALY OLIVEIRA CORDEIRO E VITÓRIA RIBEIRO DE FARIAS
AMERICAN GOTHIC - GRANT WOOD
Análise da Obra
Manaus –AM
2019
NATALY OLIVEIRA CORDEIRO E VITÓRIA RIBEIRO DE FARIAS
AMERICAN GOTHIC - GRANT WOOD
Análise da Obra
Trabalho apresentado ao curso de artes visuais – FAARTES como requisito para a obtenção de nota.Professora: Caroene Neves Silva
Manaus –AM
2019
SUMÁRIO
1. BIOGRAFIA DO ARTISTA pg. 1
2. SOBRE A OBRA pg. 2
2.1 MODERNISMO AMERICANO pg. 4
3. TÉCNICA pg. 4
4. ANÁLISE PESSOAL pg. 5
5. REFERÊNCIAS pg. 6
- Biografia do Artista
[pic 1]
Autorretrato de Grant Wood
Grant Wood, Pintor estadunidense um dos maiores representantes do regionalismo norte americano, estilo que triunfou durante a década de 1930, nasceu em 13 de fevereiro de 1892 em Anamosa, Iowa (Estados Unidos). Sua educação artística, interrompida pela primeira guerra mundial, se realizou na Universidade de Iowa e no Art Institute de Chicago. Entre 1920 e 1930 morou em Paris, onde prosseguiu seus estudos de arte na Académie Julian. Neste período também visitou a Itália.
Em 1923 voltou para os Estados Unidos e em 1928 viajou à Munich, cidade em que estudou a arte dos antigos pintores holandeses e alemães, nos quais marcou profundamente o pintor estadunidense, especialmente Jan van Eyck; Wood abandonou seu estilo impressionista e começou a pintar de maneira realista como os mestres holandeses e alemães. Na década de 1930 supostamente a consagração de Wood; suas obras de temática rural gozaram de grande êxito do público nos duros anos da grande depressão (crise de 29). Em 1935 o público no manifesto rebelião contra a cidade que foi um intento de criar uma autentica arte nacional norte americana com fortes raízes na arte europeia (sobretudo na arte francesa) e inspirado na vida tradicional do campo.
A sua melhor obra foi sua produção final, sobretudo a partir da década de 1930, em que representava motivos e personagens de âmbito rural de Iowa. Seus quadros desta época representam cenas sobre natureza em que os camponeses aparecem tratados de forma austera e as paisagens se estilizam. Nestas telas a influência dos autores holandeses e alemães foi fortemente marcada, mesmo assim, Wood quis deixar esta influência com um toque pessoal de ironia e à dura realidade.
Entre suas telas mais importantes, destaca-se American Gothic, sem dúvida umas de suas melhores obras. Elogiada por intelectuais como Gertrude Stein e Christopher Morley e apesar de sua ambiguidade, quis estabelecer um paralelismo entre o quadro e narrativa sobre a América rural abordada na época por autores como Sherwood Anderson e Sinclair Lewis. Cabe citar além outras obras como a de Woman with Plants, que é um retrato de sua mãe, Daughters of the Revolution, Dinner for Threshers, Stone City e uma série de murais para a Universidade de Iowa, da qual foi professor e diretor de projetos artísticos. Sua morte foi no ano de 1942.[pic 2]
Ele exibiu seus trabalhos pela primeira vez em 1919 com Marvin Cone, nos Estados Unidos. Em 1926, ele apresentou suas pinturas na Galeria Carmine, em Paris, e em 1935, no Ferargil, em Nova York. Após sua morte, uma exposição retrospectiva foi realizada na Exposição Anual de Pintores Americanos do Instituto de Arte de Chicago, em 1942; em 1957, outra retrospectiva foi realizada na Galeria de Arte Municipal de Davenport. A dureza e o realismo de sua pintura, assim como a honestidade e sua fixação pelos sujeitos rurais, foram em seu momento toda uma revolução na arte dos Estados Unidos. Suas pinturas de camponeses do meio-oeste são consideradas ícones autênticos da arte americana.
- Sobre a Obra
[pic 3]
American Gothic - Grant Wood
A obra foi mostrada, pela primeira vez, em uma exposição do Institute of Art de Chicago, em 1930, provocando reações opostas e levando o terceiro lugar da competição e a obra foi vendida por apenas 300 dólares na época, o maior motivo desta obra ter se tornando um grande símbolo americano, foi por causa do momento histórico em que foi feita, logo após a grande crise de 29 (quebra da bolsa de valores de nova York), onde a América estava dividida entre a cidades e os interiores. E durante essa época, as pessoas da cidade começaram a fazer rudes críticas, usando apelidos como booboisie (termo chulo criado pela junção de duas palavras boob + bourgeoisie para uma classe social feita de ignorantes e pessoas sem cultura) diante a obra, pessoas da cidade diziam que era uma retratação de booboisie, já as pessoas do campo diziam que era a retração de autênticos americanos que criou essa divergência e tornou a obra sátira tão famosa.[pic 4]
Em Agosto de 1930, Grant Wood passeava por Eldon, no estado do Iowa, na companhia de um pintor local, John Sharp, procurando inspiração. Foi então que reparou na Dibble House, uma pequena casa branca construída em estilo revivalista gótico. Segundo um dos biógrafos do pintor, Wood achou a casa "uma forma de pretensiosismo emprestado e um absurdo estrutural, ao colocar uma janela em estilo gótico numa humilde e frágil casa de madeira".
Após obter autorização dos proprietários, a família Jones, Wood executou prontamente um esboço a óleo sobre cartão da vista frontal da casa. O esboço, inspirado nas catedrais góticas que o pintor visitara na Europa, acentuava as características arquitetônicas da casa original, exibindo um telhado mais inclinado e uma janela mais comprida com um arco ogival mais pronunciado.
[pic 5]
A Casa que serviu como inspiração para a obra
Grant Wood era um grande apreciador da cultura e tradições da região centro-oeste dos Estados Unidos, e decidiu pintar a Dibble House juntamente com “o tipo de pessoas que eu imaginei que vivessem nesta casa”. Recrutou a irmã Nan (1899–1990) para servir de modelo feminino, vestindo-a com um avental de padrão colonial, evocando a arte tradicional americana do século XIX, e o seu dentista pessoal, o Dr. Byron McKeeby (1867–1950), para o modelo masculino. Tal como na pintura da casa, ambos os modelos foram pintados em sessões separadas.
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