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ASPECTOS COGNITIVOS DA LEITURA: CONSTRUÇÃO E ESTRATÉGIAS DE LEITURA E COMPREENSÃO

Por:   •  30/9/2018  •  Ensaio  •  3.602 Palavras (15 Páginas)  •  251 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER

PÓS - GRADUAÇÃO - METODOLOGIA DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA ESTRANGEIRA

ASPECTOS COGNITIVOS DA LEITURA:

CONSTRUÇÃO E ESTRATÉGIAS DE LEITURA E COMPREENSÃO

Tatiane Ramos Gelain

Caixas do Sul,    de janeiro de 2017.

ASPECTOS COGNITIVOS DA LEITURA:

CONSTRUÇÃO E ESTRATÉGIAS DE LEITURA E COMPREENSÃO

Tatiane Ramos Gelain¹

“Não entendi nada...

O que é pra fazer?

Que texto louco!?

Li tudo, mas...”

Quem atua ou já atuou em sala de aula, certamente, incontáveis vezes já se deparou com frases assim. Práticas comuns dos nossos educandos os quais não conseguem ir além do entendimento de que a leitura é decodificar símbolos e sinais instituídos universalmente.

Quando questionados, acabam confirmando que é bem mais fácil entender o que for explicando detalhadamente pelo professor que de dedicar minutos a uma leitura que deve ir além da decodificação.

Levando em consideração que, fora de uma sala de aula, qualquer texto lindo não vem grampeado com seu autor para dar pequenas, complexas ou simples explicações, essa realidade caracteriza-se por uma grave dificuldade, uma vez que sem entendimento não há sentido para a leitura.

Marlôva Spagnol

Resumo: O presente trabalho considera o aprendizagem da leitura enquanto processo que requer motivação, esforço e prática por parte daquele que  aprende, bem como daquele que ensina. O ato de ler pressupõe atribuir significado a um texto escrito, estabelecendo afinidade entre esse e o leitor.

Palavra chave: habilidades de leitura, papel do professor, conhecimento.

Abstract:  The actual paper work takes into consideration the reading learning process wile the process itself requires motivation, effot and practice from the one that is learning, as well from the one that is teaching. The reading fact is suppose to and meaning to the written text, establishing affinity between this one and the reader.

Keywords: reading skills, teacher’s function, knowledge.

¹Licemciada em Letras pela Universidade de Caxias do Sul, aluna do curso de Especialização em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa e Estrangeira do Centro Universitário Internacional Uninter – Uninter – Professora do Colégio La Salle Carmo

INTRODUÇÃO

A aprendizagem, tanto da criança quanto de jovens e adultos, está baseado, entre outros fatores, na leitura. Ela é responsável pela interação a distância de um sujeito interlocutor que construiu seu texto para um leitor que construiu seu texto para um leitor sem a sua direta intervenção. Essa interação é fundamental no processo de ensino-aprendizagem e, em função disso, é muito importante que seja  fundamentado na compreensão do texto escrito. Na nossa prática docente, com alunos de ensino fundamental e de ensino médio, constatamos que eles não têm o hábito da leitura, além de sentirem dificuldades na compreensão de textos escritos. Sendo assim, a aprendizagem, muitas vezes, não se realiza a contento, deixando lacunas que podem ser sanadas por uma boa leitura e uma real compreensão dos textos aos quais os educandos têm acesso.

O presente artigo tem como objetivo abordar os aspectos cognitivos da leitura de um texto escrito, uma vez que isso é fundamental para que haja entendimento. Pensamos que, assim fazendo, estaremos contribuindo, mesmo que de forma tímida, na formação de leitores competente e, consequentemente, cognitivamente mais capazes.

A aprendizagem da leitura é um processo complexo e lento que requer motivação, esforço e prática por parte daquele que está começando, e explicitação sistematizada por parte de quem ensina.  Aprender a ler é um processo contínuo que não acaba no momento em que se domina a tradução dos sons e letras. Saber ler significa, fundamentalmente, ser capaz de retirar informação de material escrito, qualquer que seja o tipo de texto e qualquer que seja a finalidade da leitura, transformando essa mesma informação em conhecimento.

A leitura não pode apenas desenvolver nas crianças um conjunto de capacidade de discriminação visual e realização motora. Ela deve ser vista como o desenvolvimento de um uso secundário da língua, que propicie ao leitor entrar em contato como texto. Este é um processo extremamente complexo, composto de variantes que se encadeiam de modo a estabelecer canais de comunicação entre texto e leitor com finalidade de passar tantas informações quantas forem possíveis.

Leitor e texto reagem entre si  utilizando-se da interação e com a finalidade de formar a compreensão. Portanto, ler é compreender o significado do texto e também atribuir significado e ele. O texto reflete seu conteúdo e, dependendo da capacidade do leitor e de seu conhecimento, pode transmitir diversos conteúdos. A riqueza da leitura está experiência do leitor ao processar o texto e seu significado encontra-se na série de acontecimentos que o texto desencadeia na mente do leitor.

1 A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR NAS ESTRATÉGIAS DE LEITURA        

A habilidade de leitura deve ser desenvolvida aos poucos e num crescente envolvimento entre o professor e o aluno. É preciso pensar, planejar e estar aberto ao inesperado em um momento de leitura. Comecemos por pensar em quanto o educador tem  interesse em ler e, indo além, quando daquilo que ele lê tem desejo de dividir com seus educandos. Sem dúvida, uma das primeiras estratégias, ou desafios é tornar-se um leitor. Através do nosso exemplo, da nossa postura, das nossas informações apontamos sinais aos alunos de que a leitura é o bem maior da educação, pois através dela desvendamos um mundo que espera apenas ser descortinado diante de nós.

Poder falar aos nossos alunos sobre todas a possibilidades de leituras, desde painéis, propagandas, revistas, livros, até a própria internet, a qual requer um entendimento para ser realmente aproveitada, é um dever do professor e, para tanto, ele precisa ter conhecimento daquilo que pretende, à fim de que seja convincente e testemunha do que prega.

É sabida a influência que exercemos em uma sala de aula. A nossa prática, talvez seja mais convincente que a nossa fala. Como formar leitores se ainda não  o somos? É preciso ter consciência do nosso papel. Conforme Torresini (30 out. 2003, p. 3).

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