LEITURA, ESCRITA E DESENVOLVIMENTO: ASPECTOS DA APRENDIZAGEM
Por: Jota Marques Rosa • 26/5/2019 • Trabalho acadêmico • 1.671 Palavras (7 Páginas) • 464 Visualizações
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FACULDADE DA ALDEIA DE CARAPICUIBA[pic 2][pic 3]
DJANE DA SILVA FERREIRA
LEITURA, ESCRITA E DESENVOLVIMENTO: ASPECTOS DA APRENDIZAGEM
PRESIDENTE VENCESLAU
2016
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DJANE DA SILVA FERREIRA
LEITURA, ESCRITA E DESENVOLVIMENTO: ASPECTOS DA APRENDIZAGEM
Trabalho apresentado na disciplina de Aspectos de desenvolvimento da aprendizagem como forma avaliativa no curso de Psicopedagogia, ano letivo de 2016, da Faculdade da Aldeia de Carapicuíba – FALC.[pic 6]
PRESIDENTE VENCESLAU
2016
LEITURA, ESCRITA E DESENVOLVIMENTO: ASPECTOS DA APRENDIZAGEM
Djane da Silva[1]
Falar e escrever faz parte da comunicação humana. A ciência que se dedica a estudar o desenvolvimento desses aspectos e a Psicopedagogia. A partir do estudo de meninos e meninas em cognição de leitura e escrita e de enfermos com processos neurológicos com problemas em codificar o alfabeto e seus aspectos na aquisição da leitura e da escrita. A Pós - Doutora Alessandra Capovilla (2000), apresentou várias linhas de pensamento sobre como a criança começa a ler e a escrever, bem como Emília Ferreiro (2004), pesquisadora argentina, apresentou teorias diferentes em relação ao processo.
Segundo Alessandra Capovilla (op.cit), são os três estágios pelos quais o/a infante passa no desenvolvimento/processo de comando da linguagem escrita: logográfico, alfabético e ortográfico. Seguindo essa linha, Vasconcellos afirma que “Na fase logográfica a criança lê de maneira visual direta; a leitura depende do contexto e das cores e formas do texto”. (VASCONCELLOS, 2006, p.26). No estágio logográfico[2], a criança trata os vernáculos como escrita numa representação, visual do referente, não atentando as suas distinções, ou seja, ao alfabeto de correlações entre letras e acertos de letras (grafemas) e seus respectivos sons da fala (fonemas). (Capovilla, 2000). Emilia Ferreiro ( 2004) classifica essa como silábica na qual a criança estabelece relações entre o contexto sonoro da linguagem e o contexto gráfico do registro
Após o grafismo, para Vasconcellos (2006) a criança toma conhecimento e consciência das letras, não em sequência imperativa, mas passam a ser memorizadas pela cor. Esta fase chama – se alfabética. Seu desenvolvimento se desenha na relação de consciência da existência de unidades léxicas, no nível da escrita e da fala. Atingindo até 29 palavras faladas, sistematizadas. Capovilla chama essa fase de alfabética, enquanto Ferreiro, de pré – alfabética.
Neste estágio, a leitura incide no conceito da visão global de algumas palavras comuns que os pequenos encontram com ampla constância. São exemplos, o seu próprio nome e o nome de suas comidas, algo do dia – a – dia, palavras como papai e mamãe, podem ser grafadas. Escrever “também se resume a uma produção visual global, sendo que a escolha e a ordenação das letras” (CAPOVILLA & RAPHAEL, 2005, p.378). Assim, ainda não estão no mando dos sons da fala.
A manutenção de tal estratégia de leitura logográfica, na hipótese de Capovilla ( 2000) determinaria muito uso da memória visual e revogaria-a, ao mesmo tempo, desvirtuando a aprendizagem, ocasionando uma gama crescente de erros rudes, como trocas de palavras (paralexias) visualmente similares. Já Emília Ferreiro (2004) afirma a questão da interdependência, dizendo a criança utiliza ambas as hipóteses de escrita (pré-silábica e silábica) em reciprocidade. Ela vive um momento de transição e é um ser que busca conhecimento.
Nessa fase, os avanços só podem advir mediante informações que autorizem o aprimoramento da aprendizagem referente à importância sonora consagrada das letras, além de conveniências de checagem dos diversos parâmetros de interpretação cerebral da escrita. Esta convergência, fica clara quando Vasconcellos ( 2006) demonstra que frente ao crescente contacto com a escrita e às instruções sobre a linguagem escrita, a criança abre sés esquemas mentais e começa a ingressar no sistema alfabético.
No estágio alfabético, em Capovilla & Raphael (2005) as relações entre o escrita e fala criam laços. E, com a ampliação da rota fonológica. A criança consegue codificar a leitura e o sistema de códigos (o alfabeto). Ou seja, converter as mensagens do texto escrito em equipamento sonoro correspondente e o da compilação destes na escrita, convertendo fonemas parecidos. Assim Emília Ferreiro (2004) explica que a criança derrotou todos as barreira conceptuais para a inclusão da escrita - cada um dos caracteres dela – e passa para a sílaba.
Com a prática, a criança não apenas deixa de hesitar, como também passa a processar agrupamentos de letras cada vez maiores, em vez das letras individuais, chegando a processar palavras inteiras se estas forem muito comuns e lendo-as de memória. Neste ponto, a criança está deixando o segundo estágio e entrando no terceiro, o ortográfico que é a alfabetização em si, pronta para codificar letras e ler.
A aprendizagem envolve vários aspectos como os descritos e por isso o processo educativo, torna – se vasto. Dessa forma,:
Requer entender que a escrita não é um produto escolar, mas sim um objeto cultural, resultado do esforço coletivo da humanidade. Como objeto cultural, a escrita cumpre diversas funções sociais e tem meios concretos de existência. (MOURA, 2004, p.100)
Dessa forma, o processo de obtenção da linguagem oral e escrita como parte do mesmo desenvolvimento geral de composição da relação entre o sujeito e a linguagem, é estabelecido do diálogo entre sujeitos que se constituem em outros, para seus interlocutores, num movimento contínuo, o qual pressupõe a internalização dos esquemas mentais e tomada da fala do outro pelo sujeito, ao mesmo tempo em que dela se distancia para torná-la sua própria.
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