ATPS HISTORIA DA ARTE
Por: rn82673891 • 20/4/2015 • Relatório de pesquisa • 3.211 Palavras (13 Páginas) • 217 Visualizações
AULA TEMA: Conceitos de arte – arte pré-histórica
Passo 01
Definições de Iconografia e Iconologia
Segundo Panofsky, iconografia é o estudo do tema ou assunto, e iconologia, o estudo do significado.
Panofsky exemplifica o ato de um homem levantar o chapéu, num primeiro momento (Iconografia), é um homem que retira da cabeça um chapéu, num segundo momento, (Iconologia) menciona que ao levantar o chapéu educadamente, esse gesto é "resquício do cavalheirismo medieval: os homens armados costumavam retirar os elmos para deixarem claras suas intenções pacíficas". Enfatizando a importância dos costumes cotidianos para se compreender as representações simbólicas.
Esses conceitos podem ser utilizados nos estudos das artes plásticas, na forma em que se olha para obra e, se tenta interpretá-la, ou seja, compreender o momento histórico que ela foi produzida, bem como, retratar o olhar do autor e a sua intenção ao produzi-la e, o significado desta.
Segundo o autor, existem três níveis da compreensão da história da arte, quais sejam:
Primário, aparente ou natural: o nível mais básico de entendimento, esta camada consiste na percepção da obra em sua forma pura. Tomando-se, por exemplo, uma pintura da Última Ceia. Se nós pararmos no primeiro nível, o quadro poderia ser percebido somente como uma pintura de treze homens sentados à mesa. Este primeiro nível é o mais básico para o entendimento da obra, despojado de qualquer conhecimento ou contexto cultural. Um simples olhar sem refletir sobre a sua representatividade.
Secundário ou convencional: Este nível avança um degrau e traz a equação cultural e conhecimento iconográfico. Por exemplo, um observador do Ocidente entenderia que a pintura dos treze homens sentados à mesa representaria a Última Ceia, ou seja, neste estágio é preciso que se tenha um pouco de conhecimento histórico e, e uma visão mais curiosa do se está vendo.
Significado Intrínseco ou conteúdo (Iconologia): este nível leva em conta a história pessoal, técnica e cultural para entender uma obra. Até porque a arte não é um incidente isolado, mas um produto de um ambiente histórico, é o historiador da arte se perguntando sobre o seu real significado, é a visão crítica, derivada de conhecimento e técnica, que aguça o olhar e o interesse na busca em compreender o momento histórico da obra e do seu autor.
Para Panofsky, era importante considerar os três estágios, como ele examinou a arte renascentista. Irving Lavin diz que "era esta insistência sobre o significado e sua busca - especialmente nos locais onde ninguém suspeitava que houvesse - que levou Panofsky a entender a arte, não como os historiadores haviam feito até então, mas como um empreendimento intelectual no mesmo nível que as tradicionais artes liberais".
Passo 02
Relatório de Leitura do Texto
Segundo as definições dos componentes do grupo, com base na leitura do texto, podemos dizer que Iconografia, “é um ramo da história que trata do tema ou mensagem das obras de arte em contraposição a sua forma”.
Assim, o que se entende deste conceito é que a Iconografia é o estudo da obra, procurando retratar o significado desta, ou seja, as obras de arte, não foram produzidas simplesmente, sem nenhum motivo ou significado, mas sim, retratam períodos, momentos, fatos históricos distintos, retratados por seu autor, que também viveu no referido período, momento ou fato.
Contudo, para que isto ocorra, o autor ressalta três níveis de compreensão de uma obra de arte,
Tema primário ou natural (que trata da primeira análise da obra, identificando as formas, imagens, linhas, cor, etc., ou seja, uma descrição pré-iconográfica),
Tema secundário ou convencional (que trata de uma análise comparativa entre os objetos, personagens e figuras, uma combinação de motivos, com assuntos e conceitos), para ai sim relacionar, e tentar identificar o personagem ali retratado, e o seu período histórico.
Significado intrínseco ou conteúdo (que trata do entendimento e compreensão da obra, que determina através de técnicas multidisciplinares, as atitudes básicas de uma nação, de um período, classe social e aspectos religiosos), é uma análise mais especifica da obra, identificando os seus personagens no contexto que a obra retrata.
Assim, os três níveis de análise, são as descrições pré-iconográfica, análise iconográfica e interpretação iconográfica.
Já a Iconologia, é um termo que advém da síntese, mais que da análise. É assim como a exata identificação dos motivos, é o requisito básico de uma correta análise iconográfica, que necessita algo mais que a familiaridade com conceitos e temas específicos, transmitidos através de fontes literárias.
Enfim, para se analisar uma obra, é necessário muito mais do que uma visão aguçada, é a junção de vários fatores, técnicas e conhecimentos, predispostos a interpretar e compreender a referida obra, os seus personagens, o seu período, o seu autor e a mensagem que ele retrata.
Passo 04
Considerando que a arte é uma forma de expressar de maneira estética, a realidade que circunda o homem, pois são através da arte que o homem retrata as mais diversas formas de pensamentos, costumes, culturas, períodos, momentos, fatos, etc., registrando todas estas formas de expressão, tornando-as importantíssimas como fontes históricas, a serem pesquisadas, estudadas e compreendidas, ao longo dos tempos.
Desta forma, ressaltamos os conceitos e característica de Pichação, Grafite e Arte Rupestre, para depois compararmos o período e as relações entre estas.
Arte Rupestre é o nome que se dá ao tipo de arte mais antigo da história, surgiu na pré-história quando os homens descobriram uma nova maneira de expressar, coisas abstratas e naturais, sobre suas caças, presas, deusas e etc. baseado principalmente nas pinturas, desenhos ou representações artísticas gravadas nas paredes e tetos das cavernas. Esse tipo de arte teve seu início no período Paleolítico Superior.
São pinturas que causam grande impressão, que podem proporcionar indícios valiosos, quanto às culturas e crenças da época, com a firme determinação de imitar a natureza com o máximo de realismo, a partir de observações feitas durante as caçadas, que retratam a realidade vivida no período.
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