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Anos 80 - Ditadura Militar

Por:   •  3/5/2015  •  Projeto de pesquisa  •  2.307 Palavras (10 Páginas)  •  144 Visualizações

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A artista plástica Beatriz Ferreira Milhazes ( Figura 01 ), nasceu em 18 de março de 1960 em Copacabana no Rio de Janeiro, onde vive até hoje. É pintora, gravurista, ilustradora, professora e coordenadora de atividades culturais.

Em 1981, formou-se em Comunicação Social pela faculdade Hélio Alonso. Antes mesmo de concluir o curso de comunicadora, nos anos de 1980, passou a frequentar o curso de artes plásticas na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Teve como um de seus professores Charles Watson, um escocês, que veio convidado pelo Museu de Arte Moderna do Rio para ensinar arte aqui. É considerado um dos professores de arte mais importantes no Brasil.

Aos 20 anos de idade Beatriz descobriu a sua paixão pela pintura, logo depois, começou o seu sucesso como artista, através da festejada Geração 80. Passando por várias exposições nacionais e internacionais, atualmente ganhou o título de Brasileira viva mais cara da história.

Apesar de atualmente ser considerada por muitos uma superstar, ela tem um comportamento metódico, disciplinado e concentrado. Estas especificações do seu comportamento são o que a mantém morando no Rio de Janeiro. Pois a mesma destaca a importância do carnaval, das curvas, cores, fauna e da flora da cidade maravilhosa como principais inspirações para o desenvolvimento de sua obra.

Criada em Copacabana, comprou no ano de 2005 uma casa no Horto, que fica dentro do Bairro Jardim Botânico, onde mantém o seu atelier (Figura 02 ). O que lhe deixa ainda mais próxima de suas inspirações.

Figura 02 – Atelier da artista

Fonte: http://oglobo.globo.com/in/6817639-ff3-e5d/FT500A/2012112128022.jpg - Acessado em 01/05/2014.

Ela passa em média quatro meses por ano fora do país. Costuma ficar em Paris, devido a sua localização com relação às galerias europeias que a representam, uma em Londres e outra em Berlim. Mas como dito anteriormente, ela quase não produz fora do ateliê do Horto, exceto quando vai à Pensilvânia, nos Estados Unidos da América, para fazer gravuras no estúdio da Durham Press.

O apartamento onde mora, no Leblon, tem obras de Ângelo Venosa, Daniel Senis, Adriana Varejão e Cristina Canale. Mas de sua criação mesmo, ela só tem uma de papéis de bala.

Quanto a sua família, ela não possui filhos, declarou que aos 52 anos de idade, (hoje ela possui 54), adora ser tia. “Por que é que todo mundo tem que ter filho?", questiona ela ao entrevistador. Ela alega que prefere ter uma vida descompromissada e curtir seu sobrinho, Tomás, 12 anos, filho de sua única irmã, a coreógrafa Márcia Milhazes ( Figura 03 ). Declara ainda que “Hoje em dia até tenho vontade de ser dona de casa, mas fico feliz porque sou uma pessoa que pode ser sozinha. O ser humano é só, afinal. Mas penso em me casar de novo não fechei essa porta”. Beatriz foi casada com o artista Chico Cunha ( Figura 04) durante dez anos.

Figura 03: Beatriz Milhazes e Márcia Milhazes Figura 04: Beatriz e Chico Cunha

Fonte:http://revistatpm.uol.com.br/revista/134/paginas-vermelhas/beatriz-milhazes.html – Acessado em 01/03/2014.

Muito do seu cotidiano, suas vivências e das pessoas que cruzaram seu caminho estão representados em suas obras e fizeram grande diferença em sua carreira. Por exemplo, Marcantonio Vilaça, o marchand e crítico de arte premiado que escrevia para a Folha de São Paulo e era diretor de revista especializada em galeria, foi quem a inseriu no mercado internacional, na década de 1990 e que a orientou a manter uma produção tímida em termos de quantidade. Conselho este que não a fez parar de produzir, porém amenizou sua preocupação em produzir ainda mais obras. Pode relaxar.

A partir de então, a artista aceita e concorda que sua criação “pequena” é o máximo que pode fazer para que suas obras sejam do jeito e com a qualidade que ela deseja. Porém alguns críticos veem de outra forma. Estratégia de mercado. Quanto a isso ela declara : "Não tenho uma média de produção por ano. Isso é uma coisa que saiu não sei de onde. Primeiro, porque eu não faço só pintura, faço colagem. Em 2009, por exemplo, não produzi nenhuma pintura. Em 2011, só comecei pinturas que vou terminar agora, neste ano. Não adianta, meu ritmo de produção é o de sempre. O que aumentou foram os interessados. Isso é o que faz a diferença, o que cria expectativa nos compradores”.

São algumas informações da vida por traz das telas desta artista. Tão bem conceituada internacionalmente e pouco conhecida pela grande maioria dos brasileiros. Todas as informações acimas citadas estão escancaradas na brasilidade de suas obras.

Sua vida, seu cotidiano, suas experiências e inspirações fazem parte desta obra.

7. Anos 80

Figura 05: Anos 80 - Ditadura Militar

Fonte:http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/alegitimacao-poder-durante-ditadura-militar.htm - Acessado em 13/05/2014

Para analisar a obra de Beatriz Milhazes e visualizar além das cores e formas, é preciso conhecer sua carreira desde o princípio e no geral. Passar a entender o que acontecia com o mundo quando ela começou a estudar arte, principalmente porque foi nos anos 80 ( Figura 05 ), uma década de transição do nosso país e do mundo em vários segmentos.

A década de 80 foi um período bem importante no século XX, baseado nos acontecimentos políticos, sociais, artísticos, dentre outros. Algumas pessoas consideram esta década como o início da informação. Principalmente mais próximo ao final dos anos 80. Quando chegava ao Brasil, mesmo que um pouco tardia, iniciava-se a Internet. No ano de 1989 a Fapesp ( Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo) fomentou o projeto de interligar virtualmente o banco de dados de universidades brasileiras com internacionais. Os anos 80 foi uma quebra de paradigmas, de barreiras e de grandes e importantes mudanças.

Guerras, golpes e ameaças de explosões de bombas. Morte de John Lennon e atentado contra o Papa João Paulo II. Guerra das Maldivas e queda do Muro de Berlim. Descoberta da AIDS ( Acquired Immunodeficiency Syndrome ). Desenvolvimento do CD ( Compact Disc ) .“Decolam” muitas das principais bandas

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