Ciência e Tecnologia: Evolução, Inter-relação e Perspectivas, de Waldimir Pirró e Longo
Por: antonieti • 27/4/2016 • Pesquisas Acadêmicas • 683 Palavras (3 Páginas) • 490 Visualizações
Ciência e Tecnologia: Evolução, Inter-relação e Perspectivas, de Waldimir Pirró e Longo
Giovanna N. Antonieti
Waldimir começa seu artigo falando da noção que o cidadão comum tem de que a geração de tecnologias está atrelada ao conhecimento científico. Algumas pessoas ainda usam o termo tecnologia para expressar o conceito de ciência aplicada, de forma errônea segundo o autor, já que as tecnologias de sucessos são geradas muitas vezes pelo empirismo ou pela intuição. Para expressar esse ponto, Pirró usa um ótimo exemplo, o da invenção do “container”, que foi uma tecnologia de maior impacto no setor do transportes, mas que a sua criação não necessitou de conhecimento científico.
Apesar do que foi citado anteriormente, hoje cada vez mais tecnologias são geradas a partir de conhecimentos científicos. Esta estreita relação, fez surgir o binômio “Ciência e Tecnologia”, que é, normalmente, tratado no singular.
Segundo Waldimir, nem todo mundo tem a noção de o quão recente é o elo entre produção de tecnologia e conhecimentos pré-existentes. Hoje em dia, a busca por novos saberes na área da ciência, deixa um pouco de lado a satisfação intelectual, e passa a ser o principal bem usado para a evolução econômica e social.
Nessa era em que vivemos, a ciência e tecnologia se tornaram o fator genial do progresso e são quase indissociável, porém esses dois aspectos permaneceram em caminhos distintos por um período de tempo considerável. Para explicar a aproximação da tecnologia e da ciência, o autor a explica de forma bem clara, dividindo a em três estágios.
O primeiro estágio antecede a Revolução Industrial. Nessa época, a ciência surge e evolui para conhecimentos que explicam o universo e os fenômenos naturais, comportamentais e ambientais.
Essa primeira fase pode ser dividida em dois períodos. O primeiro, seria aquele em que se concentra o surgimento da Ciência Moderna e o segundo, seria o período que o antecede, compreendendo desde a Antiguidade até o final da Renascença.
A Ciência Moderna foi o fruto da Revolução Científica que ocorreu na Europa, no início do século XVII.
Desde as civilizações antigas, o homem buscava pensar e procurar as causas dos fenômenos naturais. Um fato curioso, é que cada civilização tinha o seu estudo e um método próprio, assim, não existia qualquer termo que possuísse a equivalência do que hoje entendemos como ciência.
Como resultado dos avanços no conhecimento isolados não houve a criação de uma tradição científica. Esta surge devido a deficiência dos mecanismos para defender idéias, as condições adversas do ambiente social e as crenças religiosas.
Entre o ano de 750 d.c. até o final da Idade Média, os árabes unificaram as realizações tecnológicas e científicas de outras civilizações, conhecimentos que, infelizmente, até então permaneciam dispersos, em um acervo significativo. Este acervo ficou para a Europa depois que o Islã teve um declínio.
O autor do artigo ainda cita Kneller, que diz que a Ciência Moderna aparenta ter surgido na Europa, por uma junção das condições históricas. Em primeiro lugar, houve a Renascença que elevou o individualismo e o interesse por esse mundo. Em seguida, temos a Reforma e Contra-Reforma que debilitaram a autoridade da Igreja e reduziu a oposição religiosa aos empreendimentos seculares, não religiosos. Surge também o Capitalismo, este cria uma classe social com grande curiosidade por novos saberes e com simpatia pela experimentação. E por fim, as viagens de descobertas mudaram o mundo conhecido até então. Kneller continua dizendo que a noção de um legislador divino torna a ciência autoconfiante e respeitável, o legado astronômico de Ptolomeue a matemática árabe forneceram os intrumentos conceituais necessários e decisivos para o avanço. Podemos perceber assim, uma tradição de experimentação que é iniciada com
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