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Exposições da Pinacoteca de São Paulo

Por:   •  6/3/2017  •  Relatório de pesquisa  •  1.446 Palavras (6 Páginas)  •  394 Visualizações

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No dia 04/03/17 eu fui à Pinacoteca Luz de São Paulo, para fazer o trabalho de arte sobre exposições. Uma das artes que mais me chamou atenção foi de Nino Cais, dado o nome como “Sem Título”, de 2004, onde é uma pessoa vestindo somente uma blusa de lã azul cobrindo seu rosto. A fotografia me chamou atenção por causa de suas cores e a sensação que ela passa. Era como se a pessoa tivesse a loucura dentro do seu corpo e sua mente, onde ela sempre tenta controlar tais problemas, se escondendo das coisas ou pessoas, ou até mesmo se isolando.         Esta obra pode até ser um autorretrato do artista. É um quadro simples, mas que passa muitas emoções onde cada um interpreta de uma forma.

É notável em que a maioria de suas obras o rosto das pessoas ou até mesmo dele (pois em algumas obras ele se expõe) são escondidas ou substituídas por alguma montagem/colagem, como se eles se igualassem ao resto dos adereços da imagem, se funde a eles. Há um jogo constante entre o homem tratado como objeto, ou até mesmo como escultura e o objeto como intermediário entre corpo e espaço.

São os corpos os elementos básicos de investigação de Nino Cais. O corpo humano e material. O artista analisa cada um deles e as relações entre eles. Relações estas que envolvem também os lugares ao redor de seus personagens e de seus objetos. E é isso que se destaca em suas obras, pois isso se mostra ser um tema central (a meditação entre o corpo e o lugar/ambiente, seja ele natural ou edificado). A fotografia, os desenhos, colagens, objetos definitivamente são seus meios de expressão.

Outra obra que gostei muito foi de Oscar Pereira da Silva, chamada de “Rapto de Psiquê”, de 1914, de uma mulher dormindo, e duas crianças e dois homens adultos segurando-a. Aparentemente, a mulher é dada como uma deusa, e os dois homens a deseja, só que as crianças (provavelmente seus filhos) estão tentando protege-la dos tais homens que se mostram pessoas más. A pintura chamou atenção de alguma forma, apesar de eu não saber exatamente no que, mas a maneira em que a mulher é endeusada na obra definitivamente à destaca, pois a iluminação da própria pintura se centra nela, deixando as crianças e os homens escuros e submissos a ela.

“O tema da obra faz referência a uma passagem do mito de Psique e Cupido, narrado pelo escritor romano Apuleio no século ll e retomado no século XVII pelo poeta francês Jean de La Fontaine, em Os amores de Psiquê e Cupido. Psiquê é uma princesa dotada de beleza tão surpreendente que provoca a inveja de Venus, a Deusa do Amor. Para se vingar da princesa, Vênus incumbe seu filho Cupido, o Amor, de flechá-la para que, ao acordar, ela se apaixone por um ser monstruoso. Mas Cupido se apaixona pela jovem e decide protegê-la da ira de sua mãe. Os dois amantes passam por diversos desafios e atribuições até que Psiquê se torna imortal e os dois finalmente se unem na morada dos deuses”.

Este resumo da história da obra de Oscar consegue deixar um pouco mais claro o que a obra quer passar. O Mito de Psiquê é usado para representar encontro da alma (Psiquê) com o amor (Cupido).

Existem muitas versões dessa história (mitológicas), mas, tanto na literatura como nas artes plásticas, a história é usada como alegoria.

Ficha técnica dos artistas

Nino Cais:

Nino Cais nasceu em São Paulo em 1969. - Concluiu em São Paulo o curso de artes plásticas na Faculdade Santa Marcelina (Fasm), onde, em 2001, apresentou a exposição individual A Trama Refeita. Em 2005, participou da coletiva do Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo (CCSP) e ganhou o Prêmio Aquisição no 17º Salão de Arte Contemporânea de Praia Grande. Em 2006, apresentou uma individual na Galeria Virgílio e participou da mostra SP Arte, realizada no Pavilhão da Bienal, na capital paulista. Em 2007, participou da coletiva Pinta, no Metropolitan Pavillon, em Nova York, Estados Unidos. No ano seguinte, ganhou o Prêmio Aquisição no 33º Salão de Arte de Ribeirão Preto, em São Paulo, e recebeu o Prêmio Destaque, conferido pela Fundação Iberê Camargo. Participou da mostra Trilhas do Desejo, que apresenta trabalhos dos selecionados no Rumos Itaú Cultural 2008-2009, na sede do Instituto, em São Paulo. Foi premiado no mesmo ano pelo 15º Salão da Bahia. Vive e trabalha na capital paulista.[pic 1]

Oscar Pereira da Silva:

Oscar Pereira da Silva (São Fidélis RJ 1867 - São Paulo SP 1939). Pintor, decorador, desenhista, professor. Entre 1882 e 1887, estuda na Academia Imperial de Belas Artes - Aiba, e é aluno de Zeferino da CostaVictor MeirellesChaves Pinheiro e José Maria de Medeiros. Em 1887, torna-se ajudante de Zeferino da Costa na decoração da Igreja da Candelária, no Rio de Janeiro. Conquista o último prêmio de viagem ao exterior concedido pelo imperador dom Pedro II, transferindo-se para Paris em 1889. Estuda com os pintores Léon Bonnat e Jean-Léon Gérôme. No período em que permanece na França, produz diversos estudos e telas. Retorna ao Brasil em 1896. No Rio de Janeiro, realiza uma exposição individual no salão da Escola Nacional de Belas Artes - Enba, onde são apresentados 33 trabalhos feitos na Europa. No mesmo ano, transfere-se para São Paulo. Leciona no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo - Laosp e no Ginásio do Estado, e ministra também aulas particulares em seu ateliê. Em 1897, funda o Núcleo Artístico, que, mais tarde, se transforma na Escola de Belas Artes, onde dá aulas. Entre 1903 e 1911, trabalha na decoração do Theatro Municipal de São Paulo, elaborando três murais: O Teatro na Grécia AntigaA Dança e A Música. Entre 1907 e 1917, realiza pinturas para Igreja de Santa Cecília. Como pensionista do Governo do Estado de São Paulo, viaja a Paris em 1925.[pic 2]

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