Análise crítica arquitetonica - Pinacoteca São Paulo
Por: flaviacunha • 5/6/2018 • Trabalho acadêmico • 445 Palavras (2 Páginas) • 317 Visualizações
ANÁLISE CRÍTICA TIPOLÓGICA
PINACOTECA DO ESTADO DE SÃO PAULO
A análise presente, é sobre a Pinacoteca, Museu de artes visuais, com ênfase na produção brasileira desde o século XIX até a atualidade, a mesma foi fundada em 1905 e projetada pelo arquiteto Ramos de Azevedo, para a criação do Liceu de Artes e Ofícios.
O então edifício “invisível”, de estilo neoclássico, localizado em uma das regiões mais deterioradas da capital paulista, se destaca por sua composição e se configura como um edifício simétrico e com ritmo rigorosos, tanto em planta, quando em fachadas.
Duas operações ficam evidentes no projeto de requalificação da edificação, em primeiro momento, a rotação do eixo principal de visitação, que foi possível graças à manobra sutil de cruzar as pontes com os espaços vazios dos pátios internos, acabou alterando a implantação do edifício e sua relação com a cidade, ficando então o acesso principal do edifício para a Praça da Luz, na face sul, retirando-o da Avenida Tiradentes que possui tráfego intenso, assim obtém-se um prédio mais acessível ao público. “Esta trama, no interior do edifício, exibe a virtude da arquitetura em sua extensão com o espaço urbano”, comenta Rocha. Outra operação importante foi a revelação da força horizontal do conjunto, reforçada por superfícies planas que recobrem os pátios internos contemplados com claraboias planas de estrutura metálica e outra alternativa, para aumentar a incidência de luz, cerca de cem esquadrias de suspensão que vedavam os espaços foram retiradas, ficando seus vãos abertos, potencializando a perspectiva dos ambientes.
A intervenção previu ainda a valorização do edifício, através dos elementos originais de arquitetura de construção, com a consolidação das estruturas em alvenaria que estavam desgastadas contrastado sutilmente com novas técnicas de desenvolvimento, em particular a indústria do aço e concreto armado e também tira partido da linha dominante horizontal, assim o novo projeto, ressalta uma espécie de colagem do existente ao novo e vice-versa, formando um conjunto harmônico, onde não se há dúvidas sobre quais pontos foram intervindos e quais se mantiveram ao longo da história. Foi proposto, um elevador para transporte de material e de público, novos sanitários, foram ampliadas as áreas de depósitos e acervo, laboratórios de restauro e biblioteca e toda a rede elétrica foi adequada.
Conclui-se então, que projeto do arquiteto Paulo Mendes da Rocha buscou preservar a linguagem neoclássica da construção, bem como sua atemporalidade, através da aplicação de uma intervenção contemporânea em estruturas pré existentes, conferindo legibilidade histórica e evidenciando aspectos técnicos construtivos, arquitetônicos e urbanísticos.
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