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Análise: Pinacoteca do Estado de São Paulo

Por:   •  5/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  795 Palavras (4 Páginas)  •  390 Visualizações

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Análise: Pinacoteca do Estado de São Paulo

Paulo Mendes da Rocha + Eduardo Colonelli + Weliton Ricoy Torres

        Pinacoteca é o mais antigo museu de São Paulo, fundado em 1905 e projetado pelo escritório de Ramos de Azevedo no antigo edifício do Liceu de Artes e Ofício. Entre 1896 e 1900 passou por inúmeras reformas, sendo que a última delas, no final da década de 1990 – aproximadamente em 1993, foi de projeto de Paulo Mendes da Rocha, Eduardo Colonelli e Weliton Ricoy Torres. Sendo que em 1982 a edificação foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat).

        É uma edificação com estilo neoclássico, partindo de um princípio compositivo em ponto- por conta do vazio (octógono) presente na sua planta paladiana clássica; apresenta uma tipologia de claustro, com eixos e simetrias nas suas fachadas e plantas.

        A intervenção realizada por Paulo Mendes da Rocha, Eduardo Colonelli e Weliton Ricoy Torres levou aproximadamente 5 anos (1998) e, como não havia plantas baixas guardadas, sem ter acesso, montaram um escritório dentro da Pinacoteca, que continuava em funcionamento, para  planejar, realizar e desenvolver, juntamente com o novo programa de necessidades, a intervenção.

        O projeto contou com intervenções estratégicas, conservando o estado da construção que se manteve a praticamente um século, sem que houvesse nenhuma modificação na parte estrutural da edificação. Como Paulo Mendes da Rocha comenta no vídeo assistido no YouTube: “ É um absurdo lixar os tijolos e cobrir de reboco, imitando o estilo original”.

        Umas das intervenções realizadas foi na cobertura da edificação, com a colocação de claraboias planas nos vazios internos, eliminando assim a umidade, a entrada da chuva e, por meio da ventilação e dos poços de iluminação criados foi possível reproduzir as condições de respiração do conjunto de salões internos. Essas claraboias são apoiadas na alvenaria existente por meio de um elemento de transição, uma sapata; buscam não encostar uma coisa na outra, o novo com o antigo.

        Ocorreu também intervenção na circulação da edificação, com a instalação de passarelas metálicas vencendo os vãos dos pátios laterais e, criado uma nova estrutura pelos eixos longitudinais e transversais do percurso. Essas passarelas chegam em vãos diferentes por cota de uma peça de concreto utilizada para adequar a chegada desta a alvenaria existente. Por conta da acessibilidade e, de ter que haver uma circulação vertical para as montagens e para o público, foi instalado um elevador, no qual seu desenho foi especialmente projetado para a edificação, com uma estrutura bem leve.

        Com as mudanças dos eixos de circulação, a entrada principal também foi transferida por conta do eixo da nova circulação longitudinal que conecta as varandas laterais, espaço de acolhimento. Um novo saguão no primeiro pavimento foi criado, articulando as portas de acesso e os vazios dos pátios. No vazio central, um octógono, foi implantado um elemento novo, um auditório que, juntamente a ele, ocorreu o rebaixamento de degraus.

        Por conta de ter ocorrido muitas intervenções antes, as esquadrias das janelas, que são mais verticalizadas, foram substituídas. Sendo que nas fachadas internas essas foram removidas, mantendo o vão aberto e, assim gerando transparência e destaque a alvenaria de tijolos presentes nas paredes autoportantes.

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