- No segundo capítulo em si, constitui-se de uma apresentação direta ao Impressionismo, tal qual arremeterá vários artistas e suas visões de mundo. Além disso, busca-se também a necessidade de novas técnicas, invenções estilísticas e formais, a procura pela perfeição e beleza. Conforme o apresentado sobre o Impressionismo, a partir do rompimento com o espaço pictórico, iniciou-se a fotografia, advinda com os impressionistas, que motivaram a pintura a processar a desagregação do real e da valorização dos aspectos plásticos, vindo assim, a abstração da realidade.
- De tal forma, a partir da construção do irreal, a formação de movimentos, tais como o Romantismo, passaram a formular símbolos que construíssem o gênero abstrato das formas, contudo, ainda relacionado com a licença do real, tornou-se menor entre artistas da academia da época. E também veio o Realismo, que ainda se baseava na estrutura da realidade e construía o ideal entre desenho, cor e detalhada. Estes vetores contribuíram com a diminuição da pintura histórica e alegórica e dava importância às paisagens em torno do ambiente, tal qual a fotografia. Disso muitos artistas reconstruíam sua forma de olhar, como Delacroix, que deu espaço à formação de expressões sentimentais e emocionais à representação do real.
- Em vista do que foi apresentado anteriormente, a divisão então estava feita, a partir dos modelos de expressão, ideias distintas foram atribuídas, aos impressionistas (explora os contrastes e a claridade das cores, resplandecendo a ideia de felicidade e harmonia) e os expressionistas (explora a deformação da imagem visual e cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou separadas. O pintor recusa o aprendizado técnico e pinta conforme as exigências de sua sensibilidade e liberdade do espaço pictórico, além de reforçar a expressão das emoções.), estes que reconstroem espacialidades e construções sobre o espaço pictórico diferentes.
- A abstração surge a partir das estruturas, do que podemos chamar de “Beleza Livre” e “Beleza Aderente” (Filosofia Idealista), nomeados por Kant, já Hegel considerava que a expressão da ideia está ligada a beleza, e dentre outros modelos como o neoclassicismo ou romantismo. De maneira análoga, a abstração é o estado de alheamento do espírito, é ficar fora de si, é um devaneio, é afastar o pensamento, é se abstrair. Por extensão é a falta de atenção, a distração e a desatenção. E assim, a arte abstrata torna-se a manifestação que representa formas e conteúdo, alheios a qualquer representação figurativa e que transcende às aparências exteriores da realidade.
- E com o passar do tempo, artistas idealizam a forma artística, como Kandinsky, Mondrian, Malevitch, etc.... E além disso, vanguardas deram outras significações ao abstrato, e que de certa forma constrói uma ordem por cima das ideias compostas à abstração, e destas vanguardas surgem artistas, tal como Picasso.
- Por vez, posteriormente aos anos de 1945, novas adaptações foram feitas à abstração. Disto o significado de abstrato agora desprende-se da realidade, provoca a não-racionalidade, é indeterminada, imprevisível, destruição do espaço pictórico em alguns pontos - já que também constrói uma nova adaptação ao espaço pictórico, promovendo de diversas formas e em diversos lugares -, entre outros detalhes.
- A vista do que foi apresentado, a pintura passa por diversos períodos de renovação, ainda que regulam novas propostas ao artista promover sua arte, já que se constrói novas visões de mundo sobre o real e o irreal, demonstrando assim, a evolução da pintura conforme o tempo passa, mas que ainda adentra nos duvidosos esclarecimentos sobre a ideia de “Morte do Quadro”
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