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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS

Por:   •  29/8/2017  •  Resenha  •  689 Palavras (3 Páginas)  •  218 Visualizações

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS

LICENCIATURA EM DANÇA

VITÓRIA PINHEIRO PRADOS 

SAMPAIO, Flávio. “Balé: compreensão e técnica” In: PEREIRA, R. e SOTER, S. (orgs.) Lições de dança 2, Rio de Janeiro: UniverCidade, 1999

A dança é a mais antiga forma de comunicação e socialização entre os homens. Ela pode ser uma celebração, uma partilha, um agradecimento, e por mais simples que seja consegue hipnotizar quem esta perto. Dessa forma, ela é uma arte universal, que desaparece e se transforma com o tempo, mas que também atravessa as gerações sendo facilitadora da comunicação entre os povos, integrando todas as culturas.

A técnica atualmente já não é o suficiente para um bailarino executar uma dança. No entanto, durante muito tempo dançar foi uma manifestação calada, bailarinos apenas ouviam e concordavam com os coreógrafos e faziam incessantemente e repetidamente os movimentos da coreografia. Bailarino não falava e nem retrucava, aliás, ai dele se questionasse o coreógrafo! Seria uma falta de respeito.

Este modelo atualmente tem sofrido modificações, mas como todo processo, as mudanças são lentas e não atingem de imediato o geral. O que temos em algumas academias e companhias de dança são alunos que falam, que questionam, que discutem e que intervém no processo de criação. O que muito se preza é a busca de uma formação complementar, ou seja, não focar apenas em uma dança, mas buscar viver outros mundos, outras danças, experimentar outras formas conscientes de fazer a dança. E além desses espaços “fechados”, a dança também tem perambulado as mesas e os bancos das Universidades, sendo foco de muitas pautas que buscam entender o trabalho envolto da dança, as experimentações que a todo momento vem surgindo, as mudanças que estão ocorrendo, enfim toda uma história que circunda este universo.

Mesmo com essas modificações e uma certa “evolução”, muitos de nós ainda estamos presos a uma forma rígida de ensinar/aprender, reproduzindo fielmente um modelo preso ao passado. O tradicional também é importante, o corpo sempre busca lembranças de um passado que se torna presente, porém o que de fato importa, é tornar o bailarino/intérprete um ser mais sensível, que não aprisiona o conhecimento construído no presente mas que utiliza-o na projeção do futuro. Por exemplo, não podemos dançar hoje a mesma coisa que Pina Boush dançou à uns anos atrás, os traços da dança fica mais não dá para ser a dança original. É pôr de pé um palácio a partir de duas colunas. Os conceitos, as visões, o corpo, a vida modificam-se, consequentemente a dança também.

O balé brasileiro é fruto de um mix de métodos trazidos por pessoas que aqui permaneceram e se dedicaram a transmitir estes ensinamentos. Pessoas que trouxeram uma arte ao Brasil e que nos auxiliou, com qualidade, fazê-la e transmiti-la. Aprendemos um pouco do balé francês, do Royal Ballet, do Balanchine, do balé russo, tivemos muitas contribuições até tornar o balé brasileiro versátil como temos hoje. Inclusive, muitas das escolas que aqui existem são particulares e sobrevivem da presença dos alunos, portanto não há estipulado a priori um biotipo de corpo para fazer as aulas. As técnicas importadas são ensinadas a todos os alunos, mas é claro que alguns terão mais facilidade de desenvolver o balé no seu corpo. Isso se justifica quando pensamos num país que é diversificado e não tem um padrão de corpo, um país multirracial, que com os avanços da globalização evidencia essas diferenças, nos tornando único e singular.

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