Influencias a idade barroca
Tese: Influencias a idade barroca. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: larahq • 13/11/2014 • Tese • 406 Palavras (2 Páginas) • 263 Visualizações
As Influencias
Dois estilos convivem no período barroco, influenciados pelos espanhóis Luis Góngora y Argote e Francisco de Quevedo y Villegas.
Luís de Góngora y Argote
(1561-1627)
Cultismo ou Gongorismo:
• Encontra na poesia sua melhor forma de expressãp;
• Intenção moralizante por meio de sentidos;
• Valorização da forma de expressão;
• Estilo opulento e suntuoso
• Rebuscamento vocular (neologismo forçados e latinismos), figuras de sintaxe (hipérbatos, anacolutos) e figuras de linguagem (metáforas, antíteses, sinetesias)
Francisco de Quevedo y Villegas
(1580-1645)
Conceptismo ou Quevedismo:
• Encontra na prosa a sua melhor forma de expressão
• Intenção educativa pelo convencimento e pelo raciocínio lógico;
• Teor argumentativo, conceptual;
• Valorização do conteúdo; relações lógicas das ideias;
• Estilo conciso e ordenado
• Aproveitamento das nuances semânticas: Duplo sentido, associações inesperadas e engenhosas, paradoxos, comparações inusitadas.
Um exemplo de poesia cultista:
Ao Braço do Menino Jesus de Nossa Senhora das Maravilhas, a quem infiéis despedaçaram*
O todo sem a parte não é todo;
A parte sem o todo não é parte;
Mas se a parte o faz todo, sendo parte,
Não se diga que é parte, sendo todo.
Em todo o Sacramento está Deus todo
E todo assiste inteiro em qualquer parte
E feito em partes todo em toda a parte
Em qualquer parte sempre fica o todo.
O braço de Jesus não seja parte.
Pois que feito Jesus em partes todo,
Assiste cada parte em sua parte.
Não se sabendo parte deste todo,
Um Braço que lhe acharam, sendo parte,
Nos diz as partes todas deste todo.
Uma crítica conceptista ao estilo cultista
Se gostas da afetação e pompa de palavras e do estilo que chamam culto, não me leias. Quando este estilo florescia, nasceram as primeiras verduras do meu; mas valeu-me tanto sempre a clareza, que só porque me entendiam comecei a ser ouvido. [...] Este desventurado estilo que hoje se usa, os que o querem honrar chamam-lhe culto, os que o condenam chamam-lhe escuro, mas ainda lhe fazem muita honra. O estilo culto não é escuro, é negro, e negro
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