O JARDIM DAS DELÍCIAS TERRENAS HIERONYMUS BOSCH
Por: larissa_dantas • 4/9/2020 • Monografia • 3.978 Palavras (16 Páginas) • 244 Visualizações
O JARDIM DAS DELÍCIAS TERRENAS
HIERONYMUS BOSCH
SUMÁRIO
- INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................1
- QUADRO CRONOLÓGICO.................................................................................................................1
2.1 RENASCIMENTO HOLANDÊS...........................................................................................1
2.2 HIERONYMUS BOSCH.......................................................................................................2
3. O TRÍPTICO...................................................................................................................................3
3.1 A CRIAÇÃO DO MUNDO...................................................................................................4
3.2 O PARAÍSO......................................................................................................................5
3.3 O JARDIM DAS DELÍCIAS................................................................................................6
3.4 O INFERNO......................................................................................................................7
3.5 TÉCNICA..........................................................................................................................8
4. IMPORTÂNCIA DA OBRA E DO AUTOR........................................................................................8
5. COMPARAÇÕES............................................................................................................................9
6. BIBLIOGRAFIA..............................................................................................................................10
- INTRODUÇÃO
[pic 1]
O tríptico Jardim das Delícias é uma das mais famosas obras do pintor holandês Hieronymus Bosch, que viveu entre o fim da Idade Média e o surgimento do Renascimento nos Países Baixos Europeus. Bosch foi um artista a parte de sua época, contrastando- se com os demais e sendo considerado um artista fora de seu tempo, devido seus quadros darem enfoque no imaginário, retratando medos, criaturas irreais e cenas de horror, surreais e de imagens simbólicas, além de muitos de seus quadros tratarem de temas bíblicos e moralidade.
O tríptico a ser analisado não é diferente, é uma alegoria religiosa e moral que descreve a história do Mundo a partir da criação, apresentando o paraíso terrestre e o Inferno nas asas laterais e ao centro aparece à celebração dos prazeres da carne, a luxúria. O simbolismo é a característica marcante da pintura, podendo ser visto por diversas imagens que possuem significados individuais. Ademais, devido o pouco que se sabe sobre a vida de Bosch, não sendo conhecido a fundo seu caráter, a interpretação do quadro se diverge entre os críticos e historiadores de arte.
- QUADRO CRONOLÒGICO
2.1 RENASCIMENTO HOLANDÊS
[pic 2]
Enquanto o humanismo se espalhava pela Europa e o renascimento começava a se mostrar, a pintura nos países baixos continuava mostrando fortes influências religiosas e de mestres do século anterior, que levou a Holanda a um grande estilo de pintura religiosa e narrativa. No início do século XV, no norte da Europa, na região de Flandres (hoje, aproximadamente Bélgica e Luxemburgo), havia indícios que apontavam para o começo de uma nova era, mesmo os flamengos não absorvendo as inovações no campo das artes comparando-se ao que sucedeu no Renascimento. A pintura ficou por mais tempo ligada à tradição medieval e, gradativamente despontou- se a arte de Flandres, terra dos Flamengos na Europa, de grande importância cultural e econômica desde a Idade Média. Suas obras seguiam o gótico internacional, originando-se na tradição das iluminuras, incorporando, simultaneamente o ápice da Idade Média e a transição para o Renascimento.
Quando esta nova orientação artística surgiu, trouxe a ideia de que a vida não tinha mais origem na fé, e sim na razão, a arte, imagens, estátuas e música começaram a não ser exclusivamente propriedades religiosas. As obras passaram a ser manifestações e testemunhos pessoais, admiráveis por si só, cujo motivo cabe apenas a consciência do indivíduo.
“em toda pintura flamenga do século XV, e até bem avançada no século XVI, interessava muito mais o motivo, que toda a beleza acaso contida na tela”- José Roberto Teixeira Leite, Jheronimus Bosch, 1930. p. 24.
Enquanto que a arte italiana do século XV tinha por base a perspectiva linear, calculada matematicamente, em que se esforçaram para representar o mundo de forma científica e racional, os pintores flamengos utilizavam a chamada perspectiva intuitiva, onde tentavam captar os segredos do mundo e da pintura por meio do olhar. Os pintores aprendiam com suas experiências de visão e pelo seu conhecimento sobre as características os objetos. Pintavam o que viam, e dessa maneira os artistas conseguiam aproximar-se bastante do efeito da perspectiva central.
2.2 HIERONYMUS BOSCH
[pic 3]
Hieronymus Bosch(1450-1516), foi um artista singular e ganhou reconhecimento no mundo artístico por suas pinturas fora do comum para a época em questão. Seu nome verdadeiro era Jheronimus van Aeken, nascido na cidade de 's-Hertogenbosch, na Holanda, cidade da qual se inspirou para seu pseudônimo. Além de pintor, foi também gravador, e pertencia a uma família de artistas, trabalhando na oficina de seu pai. Bosch tinha fortes influências religiosas devido sua profunda formação católica, e assim, a religião foi tema de muitas de suas obras. [pic 4]
Suas pinturas de cores vivas e de cunho fantástico fizeram com que o artista se destacasse dos demais. Bosch deu um grande destaque ao imaginário, retratando os medos, problemas psicológicos, criaturas imaginárias (humanas e animais) e cenas de horrores. As imagens simbólicas e surreais são frequentes em suas pinturas.
Muitos dos seus quadros de temas religiosos estão cheios de criaturas fantásticas, isso lhe rendeu o apelido de “criador de demônios”, fugindo assim do que se esperava para um artista na época e sendo muito requisitado em seu país e pela Europa.[pic 5]
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