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O objeto de arte e a estética da impermanecia

Por:   •  28/11/2015  •  Resenha  •  713 Palavras (3 Páginas)  •  325 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO RADIAL DE SÃO PAULO

LUDMILLA GOMES MORIANI

TEORIA ESTÉTICA E FILOSÓFICA DA ARTE:

O objeto de arte e a estética da impermanência

São Paulo

2015

LUDMILLA GOMES MORIANI

TEORIA ESTÉTICA E FILOSÓFICA DA ARTE:

O objeto de arte e a estética da impermanência

Trabalho apresentado à disciplina Teoria estética e filosófica da arte, do curso de Artes visuais, do Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo, para composição da média de AV2, realizado sob a supervisão do professor Naum Simão.

São Paulo

2015

A relação entre o tempo e os trabalhos de arte efêmeros é uma das características da arte contemporânea. Rosenberg expõe no texto um pensamento de Edgar Alan Poe que ilustra bem esta questão, quando:

Ao definir um poema por seu efeito psicológico no leitor, Poe introduziu o tempo na crítica da arte. “Todas as emoções são, por uma necessidade psíquica, transitórias”. (...) E meia hora “no máximo” é o limite “daquele grau de emoção que faria um poema merecer esse nome”. (ROSENBERG, Objeto ansioso, pg. 89).

Assim, o autor nos mostra que um poema é efêmero, de modo que a impermanência está aí, na não duração do seu efeito, ou experiência estética.

Também podemos entender como um fator de mutação. Pode-se, por exemplo, citar a pintura “chuva, vapor e velocidade”, de Turner, onde o artista representou a velocidade, a desmaterialização do objeto físico por meio da desestruturação. Deste modo a arte se apresenta por meio de objetos que se desfazem. Ou podemos citar a performance, que tem início e fim, diferentemente da somente representação de Turner, que nesse sentido deixa de ser “objeto ansioso”. A performance é um objeto ansioso, ou uma poética impermanente, pois tem uma duração específica para iniciar e terminar. O trabalho se desfaz ao passo que o artista à encerra. Resta, porém, dizer que o registro documental não poderá ser levado em conta, pois a experiência estética não poderá ser revivida pelo espectador. Rosenberg também expõe um pensamento de Duchamp quanto a isso, quando:

Marcel Duchamp propôs um limite comparável de tempo para as pinturas, mas, em vez de considerar a capacidade de “emoção” do público, refletiu sobre quanto tempo pode durar o poder estimulante da obra. (...) Duchamp afirmou que uma pintura possui um “aroma ou exalação” estética que persiste durante vinte ou trinta anos. (ROSENBERG, Objeto ansioso, pg. 89).

Deste modo, a noção contemporânea de arte trabalha com a impermanência, ou aquilo que tende a se deteriorar, ou se degenerar, seja pelo fato de um trabalho temporário, que se instala e depois é retirado, ou a partir de um trabalho que se desgasta com o tempo, até o seu completo desaparecimento. Assim, a arte contemporânea lida com a degeneração, a desintegração dos gêneros tradicionais, como a assemblage, o happining, a instalação, a performance, etc. Rosenberg expõe esta questão, quando diz:

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