Os Mestres da Gravura
Por: ATeixeiraa • 18/1/2022 • Resenha • 1.574 Palavras (7 Páginas) • 151 Visualizações
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Proposta 1 – Mestres da Gravura
Unidade Curricular Gravura
2º semestre 2020 - 2021
Augusto Teixeira, 32643
Bragança, 2021
Recensão Crítica – História da Gravura
“A gravura é um conjunto de técnicas artísticas e representa uma linguagem visual que traduz um tipo de arte, como pinturas e relevos.”
A Arte pode ser caracterizada como uma atividade humana que traz manifestações de ordem estética ou comunicativa. Descrita pela sua variedade de linguagem, expressão e combinação. Entre uma destas linguagens está a técnica da gravura.
Uma técnica que obtém a imagem por meio da impressão de uma matriz, na qual um desenho é gravado com a ajuda de uma ferramenta própria. Trata-se de um modo de reprodução assinado e numerado que conta com o forte valor artístico. ‘Afinal, por meio dessa técnica, o artista produz peças únicas e dispensa artifícios tecnológicos.’
História da Gravura
Primordialmente, a gravura teve a sua importância durante o século II, onde os chineses utilizavam pedra e madeiras para gravar as suas artes.
No ocidente, a gravura iniciou-se junto com o surgimento do papel, no século XIV. Sendo nos meados do século seguinte, na Alemanha e na Itália, que a técnica começou a ganhar forma. Os ourives teriam sido os responsáveis por desenvolver e propagar. Desse modo, os artistas começaram a utilizar a técnica, sendo considerados os Mestres da Gravura.
Um dos primeiros trabalhos conhecidos da arte da gravura foram feitos pelo Mestre E. S., um alemão anônimo que colocava as letras E. S. nas suas peças.
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Figura 1- Mestre E. S. - 'Dalila cortando o cabelo de Sansão'.
Desde o final do século XV, foram os diversos artistas que recorreram a está técnica de gravura. Sendo essenciais algumas características para o trabalho dos artistas.
‘Em primeiro lugar as gravuras são assinadas, além de numeradas e datadas pelo próprio artista que as produziu. Além disso, para a numeração, existe um jeito próprio de ser colocado, onde o número e quantidade de cópias devem estar postos no rodapé da gravura.
Outra característica é a quantidade de exemplares. Basicamente, quanto menor o número de exemplares, mais a gravura é valorizada. Isso ocorre em consequência da matriz, pois as primeiras imagens saem da matriz menos desgastadas.
Geralmente, as primeiras gravuras costumam pertencer aos artistas e estas recebem uma sigla denominada P.A, que significa a Prova dos Artistas.’
Um fator importante dentro da técnica da gravura é a incisão da Matriz, ou seja, os riscos e gravações que formam um alto ou baixo relevo. Esta incisão vai determinar onde a tinta será espalhada.
‘Desta forma, é possível obter dois tipos de gravura: uma em encavo e em relevo.
Em síntese, a gravura em encavo é quando o sulco recebe a tinta e aparece como positivo no trabalho final. Enquanto isso, na gravura em relevo, o sulco é visto como negativo, ou seja, a aparência, e sem a presença da tinta.’
Os artistas dos séculos XV a XVII, forma considerados os precursores da gravura, pois utilizavam a tradição ocidental e as principais técnicas do período.
Neste ínterim, as técnicas mais utilizadas foram a xilogravura, a gravura em metal e água-forte.
Xilogravura é considerada umas das técnicas mais antigas que produz gravura, caracterizada pela sua simplicidade. É retirada da superfície plana da madeira (matriz) as partes que não vão conter tinta, com a ajuda de ferramentas de corte e entalhe (goivas);
Linoleogravura, uma técnica muito conhecida, em síntese é muito semelhante ao entalhe da Xilogravura.
Gravura de metal, utilizada primordialmente na Europa, no século XV, tem a sua matriz contruída por meio de placas de material, como cobre, zinco, alumínio ou latão e são gravadas por meio do processo de incisão ou pelo uso de ácidos.
Outra técnica para a gravura em metal, é a água-forte e água-tinta. Basicamente é o processo realizado por químicos conhecidos como mordentes (ácido nítrico ou percloreto de ferro)
Litografia e Serigrafia são técnicas utlizadas para criar gravuras.
Lirografia foi criada a partir do princípio de que “água e óleo não se misturam”. Este tipo de impressão acontece a partir da criação de uma marca sobre uma placa de metal ou pedra calcária, sendo o desenho registado por um elemento gorduroso. ‘Dessa forma, o processo de impressão acontece pelo acúmulo de gordura na superfície do material e a imagem aparece por meio de uma prensa litográfica.
Serigrafia é uma técnica mais moderna que começou a ser utlizada por artista do século XX. Esta técnica apresenta-se de várias formas, entre elas a gravação pelo processo fotográfico, que consiste nas imagens gravadas na tela de poliéster. Com a utilização manual de um rolo com tinta, a imagem é transferida para o papel.
Em suma, concluo que a gravura é uma arte em si mesmo e tem a mesma força expressiva que a pintura. Tornando-a original quando o criador e o gravador são a mesma pessoa.
Artista – Francesco Bartolozzi
Bartolozzi foi um artista Italiano de gravuras de muito sucesso tanto em Itália como em Inglaterra, sendo o período como mais produtividade passado em Londres. [pic 3]
Nascido em Florença, no ano 1725 a 25 de Setembro, ele não seguiu a carreira do seu pai como ourives – em vez isso, o seu talento artístico levou-o a estudar pintura com Ignazio Hugford e Giovanni Domenico Ferretti. Três anos depois, Bartolozzi viajou para Veneza para aprender gravura e a sua carreira floresceu rapidamente.
Em 1964 mudou-se para Londres, onde permaneceu quase até aos seus quarenta anos de idade. Produziu grandes número de gravuras, incluindo Clytie após Annibale Carracci (pintor Iialiano da família Carracci) e da Virgem com o Menino, após Carlo Dolci (pinto italiano). Contribui com várias placas para a Galeria Shakespeare de Boydell.
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