PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR
Por: 21111977 • 26/5/2017 • Trabalho acadêmico • 2.675 Palavras (11 Páginas) • 368 Visualizações
PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR
Maricléia Aparecida de Souza
No decorrer do 4º semestre, estudamos sete disciplinas que foram fundamentais para aquisição de novos conhecimentos, sendo elas:
Artes Visuais Interdisciplinares: A interdisciplinaridade possibilita conhecer o mundo e as coisas de maneira ativa, em movimento, trazendo a transformação como algo natural do ser humano que o conhece. Esta disciplina tem como objetivo trazer para dentro da sala de aula a possibilidade de trabalhar a arte de maneira interdisciplinar, desenvolvendo um olhar sensível e integrador, lidando com as diferentes áreas de conhecimento junto á arte, numa parceria fundamental para o desenvolvimento pleno.
Um agir interdisciplinar requer atitudes dinâmicas, um olhar diferenciado, uma postura de paciência, uma interação de sujeito e o objeto, na qual não existe o excluído, e sim o percebido, um aprender com erros, acertos e com as experiências. Para a arte não se separar dos diferentes olhares que compõem o mundo, é preciso que o educador se coloque disposto a estar atento às mudanças e a pensar a arte como uma ferramenta fundamental da transformação humana.
Na disciplina de Arte e Estética questionamos o conhecimento do senso comum como sendo tema de estudos filosóficos, científicos e teóricos. Dentro do conceito geral de estética, estudamos oque é belo, oque é contemplativo em uma obra de arte, seus principais representantes são: Platão, Aristóteles, Kant e Schiller e dentre os vários estilos estão: o Impressionismo, o Cubismo, a Arte moderna e os movimentos de vanguarda.
A palavra estética vem do grego “aisthesis”, que significa “sentir”, sendo assim, estética, é o modo como nos sentimos em relação ao mundo exterior e as sensações que provêm dessa relação. Dessa forma, podemos descrever o significado de Estética, de modo generalizado, como o conhecimento sensorial diante de qualquer experiência externa que altere nossa percepção cognitiva.
A disciplina Arte e Estética busca elucidar o conceito geral de estética, as contribuições filosóficas e aplica-las às artes Visuais mostrando como o contexto influencia a arte, seja ele qual for: político, religioso, social, entre outros.
Para Platão, existem formas puras que levam às ideias perfeitas, assim como os números. A partir da percepção humana, essas ideias são imitadas de maneira imperfeita, já que a percepção é uma forma de conhecimento exclusivamente comandado pela alma. Segundo Sócrates a alma já existia antes de se incorporar à forma humana, trazendo consigo recordações que ora são relembradas, porém de maneira imperfeita. Seguindo esse pensamento socrático, Platão define esse conhecimento como sendo inato da alma sem necessidade de ensinamentos, mas sim de desenvolvimento da relembrança. Platão chamou de “Mimesis” a ideia da aparência falseada, em relação às artes, sobre a realidade: a representação do real pela imitação de um mundo de formas puras. Assim, a representação artística seria uma cópia de segunda mão do mundo natural.
Para a filosofia aristotélica, a mimesis seria algo útil por gerar coisas novas, principalmente dois elementos essenciais: o conhecimento e o prazer. Aristóteles explorou o sentimento de felicidade pelo aprendizado do conhecimento.
Kant desenvolve a estética transcendental, na qual, retornando à concepção dos gregos da aisthesis, define o conhecimento estético somente a partir da sensação produzida pela empírica do objeto, deixando de lado todas as questões relativas à poeticidade, retoricidade e à beleza dos objetos estéticos.
Em uma analogia à Kant o alemão Friedrich Schiller aponta como uma faculdade do ser humano o sentimento como responsável por indicar o que é belo ou não, sem laços com a materialidade, segundo ele a capacidade da sensibilidade nos permite a transcendência rumo ao divino. Tendo em vista a beleza não ser oriunda do mundo material a Estética deixa de fazer parte as sensação, do conceito mais puro de aisthesis.
O Renascimento foi uma época ou movimento de renovação das artes e ciências europeias, entre os séculos XIV a XVI, marcado pela valorização da antiguidade clássica, sendo assim, a disciplina de Artes Visuais no Renascimento tem como objetivo destacar de que maneira as transformações políticas, sociais e econômicas ocorridas na Europa a partir do século XII influenciaram as artes visuais propagadas entre esse período.
A fase inicial do Renascimento ocorreu nas cidades-estados italianas ou nas republicas italianas independentes, que haviam enriquecido com o comércio. Esse movimento estendeu-se por toda a Europa, porém isso não aconteceu de maneira uniforme, pois entre as próprias cidades italianas houve essa homogeneidade, por isso as mudanças que tiveram início no fim do século XIII, prolongaram-se até as primeiras décadas de 1600.
Vimos nessa unidade aspectos do Renascimento português, espanhol, francês e inglês.
Na França, o rei Francisco I (1515-1547) importou artistas italianos, incluindo Leonardo da Vinci, pagando-lhes para que construíssem grandes palácios. Os mecenas na França não eram os ricos comerciantes burgueses, representavam a própria monarquia, assim o renascimento francês é caracterizado na arquitetura, na pintura e na escultura por uma arte que mostrava sua origem aristocrática e sua inspiração monárquica.
Na Itália, as cidades-estados independentes dominavam, e algumas regiões da Europa já começavam a surgir como nações-estados. Além desse aspecto, existe um outro elemento determinante que acentua a diferença entre os renascimentos: as regiões ao norte da Europa estavam mais próximas da Reforma Protestante do que a Itália.
O Renascimento Inglês está relacionado à ascensão dos Tudor e à formação do Estado nacional inglês. A presença das ideias calvinistas foi outro fator que também definiu o perfil da Renascença no país. É na literatura que a Inglaterra realiza a mais notável das contribuições com os escritos de Sir Thomas Morus e com o teatro e a poesia de Shakespeare.
No inicio do Renascimento, a Península Ibérica – Portugal e Espanha se encontravam totalmente fragmentada em muitos reinos, entretanto, no início do século XVI, tanto Portugal quanto Espanha despontaram como as maiores potências do período, com inúmeras possessões territoriais. A arquitetura espanhola é marcada pelo mudéjar devido ao longo período de dominação árabe, e a maior obra do período é o Escorial, construído por Herrera.
Em Portugal, a chegada do Renascimento ocorre junto com o processo de expansionismo marítimo. Também influenciado pelo estilo mudéjar, o gênero dominante foi o manuelino, em homenagem ao rei D. Manuel I. Entre as maiores obras arquitetônicas, destacam-se a Torre de Belém e o Mosteiro da Batalha. Assim como na Inglaterra, é na literatura que Portugal encontra sua vocação renascentista, em especial na obra de um dos maiores escritores de todos os tempos, Luís Vaz de Camões, que ao escrever Os Lusíadas, soube dimensionar com muita clareza o orgulho pelos feitos realizados pela nação, bem como as consequências danosas que o país enfrentaria por causa do excesso de ambição.
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