Planejamento Urbano Integrado

UNIVERSIDADE BANDEIRANTE DE SÃO PAULO

PLANEJAMENTO URBANO INTEGRADO

SÃO PAULO, 28 DE ABRIL DE 2010

UNIVERSIDADE BANDEIRANTE DE SÃO PAULO

E I X O T A M A N D U A T E Í

A S P E C T O S S O C I A I S

PROFESSOR:

MÁRCIO VALE

Alison Augusto M. Morelo | Nº 03

Angélica Coelho | Nº 48

Carlos Eduardo Pinto | Nº 10

Claudinei Cândido dos Reis | Nº 11

David Gonçalves | Nº 12

Elizeu Lacerda | Nº 17

Lilian Gomes dos Santos | Nº 27

Marcelo Santos da Silva | Nº 29

Maurício Lopes | Nº 31

Vinícius Correia | Nº 40

SÃO PAULO, 28 DE ABRIL DE 2010

Histórico e Evoluçao | Santo André

Período Colonial

Fundada em 08 de Abril de 1553, período colonial, sob o nome de Santo André da Borda do Campo, a Vila de Santo André surgiu com a vinda das pessoas do litoral para o interior, em busca de metais valiosos.

Nos anos seguintes, por conta de dificuldades de subsistência e de proteção, a Vila de Santo André foi transferida para São Paulo de Piratininga, deixando de existir como unidade administrativa e tornando-se apenas um bairro de São Paulo, passando por um período de estagnação e tornando-se nada mais que um ponto de passagem entre o Porto de Santos, a Capital e o Interior.

A Economia local a época se resumia a duas grandes fazendas (fazenda São Bernardo e fazenda São Caetano) produtoras de alimentos (agricultura), lenha e, posteriormente em uma olaria que fabricava telhas, tijolos, etc., e a População se resumia aos operários produtores destas fazendas. Mais tarde, em meados de 1870, essas fazendas foram adquiridas pelo governo para a criação de colônias de imigrantes, ainda baseando-se em agricultura, porém, a ocupação pelos colonos já começa a esboçar o surgimento de um pequeno núcleo urbano.

Em meados do século XIX houve uma substancial modernização da região devido a chegada da ferrovia nas proximidades do rio Tamanduateí, que trazia consigo a idéia de melhoria no transporte de produtos agrícolas do interior para o Porto de Santos, em especial do café que começava a ser produzido em larga escala na Província de São Paulo.

A ferrovia

A instalação da ferrovia, como era de se esperar, começou a atrair as indústrias que se aproveitavam das facilidades de transporte, da disponibilidade de áreas próximas a linha férrea e ao rio e também dos incentivos fiscais disponibilizados pelo governo a fim de se conferir a região ainda maior interesse industrial.

Em 1889 foi criado o Município de São Bernardo, que abrangia toda a região do Grade ABC. A Economia agora evoluíra da produção agrícola para quase que plenamente industrial e as indústrias que se instalavam na nova cidade eram em geral ligadas a produção química, têxtil e de móveis, além de pequenos negócios como carpintaria, funilarias, sapatarias, barbearias, pequenas pensões e restaurantes, dando uma feição mais urbana a região. Quanto à população, caracterizou-se por um misto de produção industrial e artesanal.

Nesse contexto, o distrito de Santo André, dentro do Município de São Bernardo, se desenvolvia rápido e exponencialmente e, em 1930, abrigava varias indústrias importantes, a Estação de Santo André, por onde era transportada grande parte dos produtos aqui produzidos, e tinha entre os seus moradores vários políticos influentes, o que levou a transferência da Sede do Município de São Bernardo para Santo André, fazendo que toda a região do Grande ABC fosse denominada, em 1939, Santo André. Porém, somente um ano mais tarde, em 1940, se iniciaram vários movimentos emancipacionistas e os distritos foram tornando-se municípios, começando em 1945 por São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul em 1949 e Mauá e Ribeirão Pires em 1953.

A Indústria Metalúrgica

Na década de 1950, além das emancipações, outras mudanças puderam ser sentidas no que se refere à tipologia das indústrias. Com investimentos estatais e o capital estrangeiro, ocorreu um crescimento no setor automobilístico, mecânico, metalúrgico e de material elétrico, delineando um novo perfil industrial.

Esse novo perfil atingiu o auge na década de 1970 com a concentração industrial na Grande São Paulo no chamado “milagre econômico”. A Economia entra então num novo patamar, mais especializado, de maior valor agregado, trazendo para Santo André parte dum novo tipo de População, substituindo gradativamente os operários genéricos das indústrias

têxteis e de mobiliário para a nova mão de obra especializada e melhor remunerada do setor metalúrgico, conferindo a algumas regiões da cidade um caráter mais urbano.

Na década seguinte, o ritmo de crescimento sofreu um acentuado decréscimo, culminando com a recessão dos anos 80.

Nos anos 90 a produção industrial continuou desacelerando, com a “guerra fiscal” principalmente promovida por outras cidades do interior paulista, que ofereciam terrenos praticamente de graça e tributos e mão de obra bem menos custosos, muitas empresas metalúrgicas começaram a sair da cidade.

Atualidade e Perspectivas

A partir dos anos 1990, o setor do comércio e serviços começou a crescer e ser opção para o crescente desemprego na região. Vários galpões de fabricas tradicionais se transformaram em shopping centers,