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TEATRO NA ESCOLA

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Por:   •  16/5/2014  •  10.567 Palavras (43 Páginas)  •  508 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O homem sempre teve uma relação com a arte do movimento, representada com o conhecimento vivo, produzido e reelaborado diante das diversas realidades vividas em cada momento, tornando seu trabalho uma forma de lazer, alegrias, questionamentos e aproximação acerca da vida real. O teatro é popularmente conhecido como sendo de origem grega, mas é dos egípcios tal procedência. Há, portanto, registros que os egípcios já dominavam esta arte. Entretanto, foram os gregos que desenvolveram o teatro e o tornaram poderosamente mais conhecidos e, por conseguinte, popularmente mais difundido.

O teatro clássico grego destacou alguns dos seus dramaturgos (pessoas que escrevem peças teatrais). Todos eles: Sófocles, Ésquilo e outros tinham algo em comum: a representação ativa da vida, que aos poucos iam despoetizando porque o teatro era considerado um movimento também político e mitológico no qual os reflexos da dramaturgia iam também, aos poucos, desmistificando e trazendo para mais perto do público a comédia, o drama, a tragédia da vida real.

O teatro era o principal lazer dos gregos. Eles ficavam de manhã até o anoitecer. Admiravam as peças, os poetas e seus dramaturgos, as tragédias e as comédias, viviam intensamente os momentos festivos. As representações e apresentações eram regradas de importante indumentária. As máscaras eram um importante recurso nas representações. Significavam trágicos ou cômicos.

Dentro do teatro grego, existiam três gêneros teatrais: a tragédia, a comédia e a sátira. A tragédia expressava o conflito entre a vontade humana e os desígnios do destino, destacando, nas representações, temas religiosos ou as lutas entre os heróis e os deuses. Esse gênero surgiu no final do século VI a.C. e perdurou por cerca de 100 anos, sendo o gênero mais respeitado pelos gregos. Tragédia é uma palavra latina derivada do grego e significa originalmente “canto do bode”, isto é, um canto religioso que acompanhava o sacrifício de um bode nas festas de Dionísio.

Na tragédia grega destacaram-se vários autores, entre eles: Sófocles (495 -405 a.C.), Ésquilo (525 -456 a.C.), Eurípedes (480 – 406 a.C.). Por muito tempo, esse gênero foi deixado de lado, tendo ressurgido com William Shakespeare, um grande destaque do teatro mundial.

A sátira era uma tragédia mais curta, com uma pitada de humor e ironia, ao passo que as comédias eram consideradas o gênero mais popular.

A comédia foi um gênero mais voltado para o cotidiano, para os costumes, que eram tratados como objeto de crítica e sátira. Os rituais teriam sido a semente para o nascimento desta arte que é o teatro, que floresceu na Grécia Antiga a partir dos rituais organizados em homenagem a Dionísio, deus que representava o vinho e a boa vida. O que começou como um ritual foi tomando a forma do que conhecemos hoje por teatro, com a criação de texto e personagens, vindo daí a necessidade de pessoas para lhes dar vida – os atores.

A partir do Império Romano o teatro entrou em declínio, os romanos começaram a preferir o circo, que, na época, era voltado para as lutas entre gladiadores e animais.

No início da Idade Média, em 476, o teatro quase sumiu porque a igreja católica que detinha o poder, combatia o teatro porque considerava pecado imitar o mundo criado por Deus. No entanto, o teatro ficou escondido e poucas manifestações teatrais conseguiram resistir nesta época. Apenas alguns artistas percorriam as cortes de reis e nobres, como malabaristas, poetas, imitadores e outros.

No séc. XI, o teatro reapareceu na igreja pelo aumento da produção agrícola, o comércio se expandiu e a população crescia a cada dia. Na verdade, o teatro reapareceu porque a igreja católica precisava desse recurso para divulgar seus ensinamentos através das missas com diálogos entre os sacerdotes e os fies, assim, surgiram representações do nascimento e da morte de Cristo dentro da igreja e fora dela.

Durante a Idade Média eles também usavam escravos para representar certas passagens da Bíblia e essas encenações eram feitas no terreno da igreja ou nas ruas da cidade. Nesta época foram criados vários gêneros de textos teatrais, mas existem dois tipos de peças, que são escritas até hoje que são Tragédia e a Comédia. A tragédia mostra a luta do herói contra o destino terminando sempre com a vitória do destino. A comédia caracteriza o humor .

Na Idade Média, o teatro tinha ainda origem religiosa, não mais voltada aos autos dos deuses, porém, nessa época, seus textos eram reais, conhecidos e tirados da própria Bíblia. Toda a população participava como se fossem cantos litúrgicos. Outro detalhe é que tudo era feito e produzido ao ar livre, pois na Idade Média não havia teatros.

O teatro se expandiu por toda a Europa. O primeiro teatro nacionalista foi o teatro espanhol, por influência do Humanismo e do Renascimento no século XVI e XVII.

O teatro Japonês (Nô), foi criado no século XVI. Tinha como características básicas: monólogo no prólogo; rico em poesia e mistério, agradável ao público; dançado, sem cenário, nada de efeitos especiais, apenas biombos; fantasmas para espantarem os mais espíritos; arte do leque porque era enraizada na etiqueta e na mímica; máscaras monstruosas e místicas feitas de madeira cipreste; atores do sexo masculino; teatro demasiadamente intelectual; roupas suntuosas; gestos e palavras acompanhadas por coro e orquestra; espetáculo demorava em média 10 horas.

O teatro japonês (Kabuki), que significa chocante, que impressiona, surgiu no século XVII. Suas principais características: criado por uma mulher, portanto, reservado a mulheres; teatro considerado leviano, por esse motivo era proibido pelo governo; máscara com maquiagem; baseado na lenda do nascimento do teatro; usavam também roupas suntuosas, belas e coloridas; os gestos eram fundamentados na música e os movimentos estavam em alta; algumas atrizes eram na realidade consideradas prostitutas e chamavam a atenção aos prazeres eróticos que despertavam, levando o público a um verdadeiro frenesi.

No Brasil, até a década de 1930, as inovações expressionistas, simbolistas e as introduzidas pelo teatro realista ainda eram ignoradas pelos nossos profissionais do teatro. Como grandes destaques deste período merecem ser citados os atores Leopoldo Fróes e Procópio Ferreira, que faziam parte da companhia do teatro Trianon, dirigida por Oduvaldo Viana e Viriato Correia. Podem ser citados:

a) Leopoldo Fróes e Carmem de Azevedo, em Gigolô, de Renato Viana, 1927.

b)

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