TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Teatro Grego, Romano e Medieval

Por:   •  31/3/2019  •  Artigo  •  2.192 Palavras (9 Páginas)  •  987 Visualizações

Página 1 de 9

[pic 1]

Universidade Federal da Bahia

Escola de Teatro da UFBA

TEATRO GREGO, ROMANO E MEDIEVAL

Marcele Santos da Silva,

estudante de Licenciatura em  teatro na  Escola de Teatro da UFBA - 2° semestre

e-mail: cellysantos14@gmail.com

Disciplina: História do Teatro Ocidental da Antiguidade Clássica ao Romantismo

Docente: Raimundo Matos de Leão

Salvador, 23 de Outubro de 2018

Este documento apresenta ideias e acontecimentos do Teatro Grego, Romano e Medieval, abordando ás semelhanças e diferenças existentes nos três momentos, destacando-se também ás formas teatrais, autores e ás convenções do espetáculo de cada período.

O TEATRO GREGO

O Teatro surgiu em Atenas, na Grécia por volta de 550 a.C através de ritos religiosos em honra a Dionísio (divindade das festas, fertilidade e vinho). Os ritos feitos a Dionísio eram compostos por sacrificio, danças e cantos que eram realizados no mês de fevereiro e março, no cortejo formado em louvor ao deus campestre era feito um sacrificio de animal, no caso ,um bode, que era o animal sagrado de Dionísio, nesse cortejo entoavam-se cânticos primitivos, ditirambos; poteriormente acrescidos por dança e música de flauta.

No século VII a.C., criou-se um coro composto por 50 elementos e um solista, corifeu, que com eles dialogavam, e a partir desses acontecimentos surgiu-se os primeiros elementos da tragédia e da comédia, tornando Dionísio o patrono do teatro.

Os ritos feitos a Dionísio foram evoluindo até chegar no formato que temos hoje de Teatro com enredo, pláteia, encenação e atores. Na Grécia, os festivais de teatro chegavam a durar uma semana, sendo executado todos os dias. O teatro grego foi marcado pelo uso de máscaras (era considerado o principal instrumento do figurino), naquela época mulheres não podiam fazer parte das atuações, e por isso ás máscaras eram muito utilizadas pelos homens que faziam pápeis femininos. O teatro era ao ár livre, os chamados teatro de arena, eram em forma de meia lua para melhorar a acústica e possuia bastante lugares para os espectadores.

Nesta época só existia dois genêros teatrais; a tragédia, e a comédia.

A tragédia é o gênero teatral mais antigo e deriva-se do sacrificio e do ditirambo, sendo que a sua denominação etmológica vem de tragos (bode) e ode (canto), ou seja, canto do bode. O ditirambo era designado um canto improvisado do cortejo que mais tarde passou a ser escrito, cabendo a um homem chamado Árion de Lesbos (600 a.C) o legado do primeiro registro. Nesta época, o ator era chamado de “fingidor” ou “respondedor”. Téspis de Ática teve a grande ousadia de pôr um ator a dialogar com o coro, sendo-lhe assim atribuída a "invenção" do teatro. A esse ator era dado o nome de protagonista, termo que hoje é atribuído para designar o personagem principal de uma ficção dramática.

.

A trágedia era o medo, a morte e o terror retratados, os personagens eram deuses e hérois, pessoas com grandes poderes e coragem, eram compostas por 5 atos; Prólogo (cena inicial, parte anterior ao coro que enuncia o tema da peça), Episódio (correspondente aproximadamente ao ato do teatro moderno), Estásimo (canto intermediário do coro entre um episódio e outro), Párodo (canto inicial), e Êxodo (canto final). Ésquilo, Sófocles e Eurípedes eram dramaturgos importantes da época.

É com Ésquilo que a tragédia caminha para a plena maturidade, ele é o único poeta trágico que se baseia em acontecimentos históricos para escrever uma peça, ele explora com profundidade a mitologia e faz um entrelaçamento de todo o acontecer humano com o divino, Ésquilo introduziu o segundo ator na cena teatral.  Com Sófocles a tragédia amplia ás suas totalidades, ele é considerado o mais trágico dos trágicos, se afasta do teocentrismo esquiliano, em suas trágedias há sempre a presença de deuses, onde os personagens sofrem grandes consequências pelos seus atos, e o trágico é baseado em conflitos inconsiliavéis. Sófocles introduz o terceiro ator na cena teatral.  Já Euripédes foi considerado o tragediográfo impopular, ele era conseiderado o moderno entre o antigo por ser inovador no seu tempo, ele trás para a cena proposições inovadoras, radicais e progressistas, elementos cômicos e romanescos, seu mundo é antropocêntrico, é o único que coloca Deus como personagem, ele é critíco de crituras transpositivas (não é comsiderado ateu), para ele não importava a origem dos personagens e sim a educação.

A tragédia usava base aristotélica ação + tempo + lugar. Quem assistia mais esse tipo de teatro eram ás pessoas que tinham muito dinheiro.

A Comédia passou a ser encenada aproximadamente em 500 a.C., tendo tido portanto um reconhecimento cerca de 50 anos após a tragédia, o seu aparecimento tardio deve-se a questões de ordem política, pois a comédia faz um ataque pessoal ao político ou ao cidadão importante da polis, muitas vezes estereotipados e caricaturados, e por isso necessitava de liberdade para existir. Por meio do riso do público, a comédia abordava temas relacionados ao cotidiano, que não envolviam grandes emoções, dramas e tragédias. Ainda que não despertem muitas sensações na plateia, além do humor envolvido, as comédias possuíam importantes mensagens filosóficas e morais.

Assim, ao criticar diversos aspectos ela tinha a intenção de despertar na plateia a dúvida e a reflexão sobre diversos aspectos da polis e da sociedade grega.

A comédia que se desenvolveu em Atenas está dividida em dois períodos:

Comédia Antiga (500 a 400 a.C.): surge durante o período da democracia ateniense, sendo seu principal representante Aristófanes, com suas sátiras políticas e sociais. O esquema dramático típico da comédia antiga é bastante simples: uma primeira parte descreve a aventura rocambolesca e inverossímil de um herói que se encontra numa situação difícil; uma segunda parte que narra o êxito do herói perante os obstáculos enfrentados. A representação das comédias antigas seguia o modelo da tragédia: atores masculinos com máscaras que lhes permitiam representar diversos papéis, incluindo os femininos. A indumentária da comédia era mais arrojada na diferenciação das personagens masculinas (portadoras de um phallus) e femininas (portadoras de seios simulados). As máscaras eram determinantes para reconhecer as figuras satirizadas.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (14.1 Kb)   pdf (145.3 Kb)   docx (39.9 Kb)  
Continuar por mais 8 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com