Banquetes Gregos e Romanos
Por: Beatriz Meneses • 26/11/2015 • Trabalho acadêmico • 1.665 Palavras (7 Páginas) • 5.595 Visualizações
Fametro
Banquetes gregos e romanos
Manaus-AM
2015
Abenilson
Aldovando da Silva Goes
Beatriz Meneses Gomes da Silva
Francely Damasceno da Silva
Graciolene dos Santos Ferreira
Jonathan
Maria do Perpetuo Socorro Moraes Cintrão
Gisele Lorena
Banquetes gregos e romanos
Professor: Antonio Carlos
Introdução
Este trabalho fala sobre os banquetes típicos da Grécia e da Roma. Mais especificamente de como se realizavam, costumes e peculiaridades que ocorriam nesses eventos memoráveis. Também é mostrado a importância social e religiosa desses eventos, que além de serem ocasiões de celebração, estabeleciam e constatavam as diferenças das classes sociais. O objetivo deste trabalho então é esclarecer pontos de contraste e as semelhanças entre os dois tipos de banquetes. Pois, apesar de ocorrerem em épocas diferentes, os banquetes gregos serviram de base e inspiração para os banquetes romanos. Costumes alimentares, fatos históricos, cultura e outras curiosidades serão trazidas à tona e esclarecidos, para entendermos claramente o que ocorriam e como eram tantos os banquetes na Grécia quanto em Roma.
Desde o início o ato de comer em grupo transformou o que era apenas uma necessidade fisiológica, em algo muito mais significativo, um acontecimento social. E para que o mesmo ocorresse de forma que fosse considerada civilizada, logo foram criados normas e costumes para que o banquete fosse uma ação que diferenciasse os homens civilizados dos bárbaros.
A palavra banquete vem da palavra de “banc”, que em francês se referia aos bancos que as pessoas se sentavam, e com o passar do tempo passou a denotar a própria refeição. Diz a história que os cristãos primitivos usavam os bancos no lugar das cadeiras dos dias de hoje, para celebrar suas refeições comuns, nas catacumbas, em companhia de outras pessoas.
A geografia da Grécia influi nas características da mesa na região. É uma região montanhosa, rochosa, com presença de ventos marítimos solo pobre o que dificulta o desenvolvimento da agricultura, possui lagos longe do litoral e ilhas próximas ao continente. Uma região litorânea, banhada pelo mar mediterrâneo. A paisagem caracterizada por vinhas e oliveiras espalhadas por campos em toda a orla. O que explica a grande qualidade na produção de azeites e vinhos.
A dieta grega era muito diversificada, e nela se incluía cereais diversos, com destaque para a cevada, que era tida coo uma alimente de base; por ser uma região marítima também era muito rica em peixes e frutos do mar; Carnes e aves também eram proteínas muito consumidas. E a maioria das refeições sempre vinham acompanhadas por vinhos de regiões consagradas.
A Grécia foi pioneira na panificação artística, um pouco mais elaborada do que no Egito. Ela foi berço do surgimento de azeites e vinhos, foi também mãe do termo “gastronomia” que é o estudo das leis do estomago.
Davam muito valor as refeições comunitárias, em grandes espaços. Para os gregos, o ato de se alimentar tinha valor artístico, estando muito acima de simplesmente física, era uma negação a barbárie. Os banquetes eram um meio de nutrir seus homens para a guerra, porém, eles também se rendiam a boa mesa nos tempos de paz. Regados sempre com muita comida, música e bebidas como o vinho, o ato era feito em dois tempos onde se comia e depois se bebia, pois acreditavam que enquanto se comia não se falava nem se bebia, para não perder a sintonia do sabor em suas bocas. Reclinados em divãs onde ficavam debruçados sobre mantas com os cotovelos apoiados por almofadas, comiam com as mãos antes da descoberta dos guardanapos, sem pressa alguma. Os banquetes aconteciam no Andrôn ou simpósios que serviam como espaços de trocar ideias, não que isso significasse que as festividades se resumiam somente a este espaço.
Ao ingressar no local do banquete, os convidados deviam tirar os calçados, lavar-se, tomar seu lugar sobre os leitos devidamente preparados para essa finalidade e, após a invocação dos deuses, começar a comer e beber. Os convidados usavam coroas de flores, pois diziam que o perfume que exalavam amenizava a dor de cabeça causada pelo vinho. Eram entretidos ao som de harpas e alaúdes e cantavam e apreciavam a performance de dançarinas famosas.
Os gregos organizavam seus banquetes ou festins da cidade por motivos sociais ou religiosos. Quem participava desses eventos estava revestido temporariamente de caráter sacerdotal. Cada participante devia trajar roupa branca, cor que agradava os deuses, com coroa de flores e folhas na cabeça. Os banquetes feitos em honra aos deuses eram enormes. Em Atenas os homens que compartilhavam dos banquetes eram selecionados por sorteio, e a lei punia severamente quem se recusasse a cumprir o seu dever. Em todas as cidades havia recintos destinados as refeições comunitárias.
Os serviços eram garantidos pelos escravos da casa, porém os cozinheiros eram homens livres e era uma profissão valorizada, com status de honra e altamente lucrativa. Existem registros sobre o surgimento de escolas de culinárias em Atenas, e apesar da abundância dos pratos nos banquetes gregos, é sabido que sempre foram inferiores em qualidade aos dos romanos nos tempos do Império.
Quando se fala em Roma antiga, logo é associado o imaginário dos grandes banquetes. Pois os esplendores gastronômicos do Império Romano são famosos até hoje. A combinação desse ambiente luxuoso com a suntuosidade da cozinha e com a abundancia das festividades fez os banquetes romanos um evento nunca igualado ou imitado até os dias de hoje.
A sala de jantar onde os romanos faziam sua refeição era denominada triclinium. Tinham esse nome devido ao habito de se colocarem somente três divãs em volta de uma mesa. O quarto lado ficava livre para facilitar o serviço e deixar o espaço para apresentações de mímicos, dançarinos, palestrantes, acrobatas e até mesmo lutas de gladiadores para o entretenimento dos convidados, não havia limites nestes festejos. Nesses divãs normalmente as visitas se reclinavam, com o braço esquerdo escorado por uma almofada e cada pessoa assumia seus lugares em ordem de importância. Cada convidado trazia seu próprio guardanapo, e segundo o que a literatura da época nos diz, muitas vezes os convidados roubavam o guardanapo dos vizinhos, o que era condenado pela etiqueta da época.
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