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Técnica de Martha Graham

Por:   •  7/4/2017  •  Ensaio  •  769 Palavras (4 Páginas)  •  1.909 Visualizações

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Técnica de Martha Graham

A técnica de Martha Graham é um estilo de dança moderna com uma pedagogia criada e desenvolvida pela bailarina e coreógrafa Martha Graham (1894 -1991). A técnica de Graham é considerada o pilar da dança moderna americana e é ensinada em escolas e universidades no mundo inteiro. É considerada a primeira técnica de dança moderna codificada e influenciou fortemente as técnicas que se sucederam, como as de Merce Cunningham, Lester Horton e Paul Taylor.

A técnica se baseia na oposição entre contração (contraction) e expansão (release), conceito baseado no ciclo da respiração, que se tornou marca registrada da dança moderna. O outro princípio dominante é a espiral do torso ao redor do eixo da coluna (spiral). A técnica de Graham é conhecida por suas qualidades dramáticas e expressivas únicas e por seu inconfundível “trabalho de chão”.

A técnica de Graham é baseada na contração e expansão e usa partes do corpo em oposição a outras a fim de criar uma tensão dramática através das espirais. O trabalho também incorpora formas ampliadas de movimentos naturais.

Contração e expansão:

O movimento fundamental da técnica de Graham é o ciclo entre a contração e a subsequente expansão, desenvolvido como uma representação estilizada da respiração. Juntamente com o dualismo da queda e recuperação da técnica de Doris Humphrey, é um dos conceitos mais importantes da dança moderna.

Dentro da técnica, uma contração clássica é um movimento originado pelos músculos mais profundos da pelve. Estes músculos, juntamente com os músculos abdominais levam a coluna a formar um arco côncavo que vai do cóccix até a nuca, com a pelve basculada e os ombros na linha do eixo vertical.  Em contração, a coluna se faz mais longa (e não mais curta), aumentando os espaços intervertebrais. A força da contração pode ser usada para mover o corpo no espaço ou alterar sua trajetória. A expansão pode ser considerada como uma volta ao estado normal ou como uma projeção de energia para fora do corpo. A contração é associada à expiração e a expansão à inspiração.

Apesar dos detalhes dependerem de contextos específicos, as coreografias de Martha Graham apresentam um intérprete tomado pela emoção, o que potencializa a dramatização do movimento e aprofunda seu significado.

Espiral:

O segundo aspecto fundamental da técnica de Graham é a espiral. A posição básica da espiral (spiral) consiste em realizar uma rotação de 45° da coluna ao redor de seu próprio eixo, de forma que um bailarino colocado de frente para o público tenha os ombros alinhados com uma diagonal que atravessa o centro do palco. Numa espiral do quadril, o movimento parte da pelve e atinge a máxima tensão ao distanciar a escápula oposta ao lado do quadril que iniciou o movimento.

Quedas:

Assim como outros coreógrafos modernos, Graham usou o chão para explorar o peso e a gravidade de novas maneiras. Sua técnica usa as contrações e o controle do centro de gravidade do corpo para manipular o tempo e a direção das quedas. Foram codificadas inúmeras quedas, inclusive partindo da posição sentada; deslocando-se no espaço; a partir de uma elevação; de lado; ou separando as pernas num “split”. Em quase todas as quedas, o bailarino exerce uma grande força ascendente para resistir à força da gravidade e suspender o corpo no espaço, criando assim um efeito dramático.

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