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UMA LEITURA DE IMAGEM EM SEQUÊNCIA DIDÁTICA: DESVIO PARA O VERMELHO, DE CILDO MEIRELES

Por:   •  10/6/2017  •  Artigo  •  1.195 Palavras (5 Páginas)  •  1.040 Visualizações

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TRABALHO EM GRUPO – TG

Alunas:

Raquel Araujo Alves  RA  1630962

Elisângela Dias Garcia RA 1631098

POLO

São Leopoldo

2016

UMA LEITURA DE IMAGEM EM SEQUÊNCIA DIDÁTICA: DESVIO PARA O VERMELHO, DE CILDO MEIRELES

Conceitos:

Para simular uma leitura de imagem e obra, utilizaremos como base os conceitos de níveis de desenvolvimento estético definidos por Abigail Housen; para tal, narraremos as atitudes de um docente-exemplo ou seja: suas falas, os materiais usados e os métodos de contato dos alunos com a obra a ser analisada (antes, durante e depois das orientações a serem dadas pelo professor).

Acreditamos que ao lidar com diferentes níveis estéticos em uma turma de alunos, o professor enquanto mediador de uma experiência estética triangular, fará com que os alunos alcancem um nível único e determinado. Entretanto, esse nível diz respeito apenas a instalação/obra em questão, e não em todo e qualquer universo artístico que o aluno vivenciar a partir de então.

Para HOUSEN, existe uma sequência de níveis estéticos que ao avançar se assemelham a dos críticos e especialistas de arte. No entanto estes níveis coexistem, e por isso possa ser que um indivíduo leigo em artes ou com uma bagagem cultural reduzida, se identifique com uma obra e a entenda perfeitamente (se utilizarmos um conceito de “certo” quando uma interpretação é a mesma do autor), pois ela se insere ou é extraída de seu contexto social.

É comum que no processo de mediação da leitura de imagem, o docente utilize dados históricos para que os alunos entendam o contexto e as razões pelas quais foi feita uma obra. Por isso escolhemos utilizar como exemplo uma obra contemporânea. Ressaltamos que nem por isso se rebaixará o seu nível de complexidade nem deixa de ser necessária a leitura histórica - muito pelo contrário: será necessário que os alunos tenham uma visão aprofundada de sua realidade contemporânea, da fluidez da pós-modernidade e a mutablibidade dos possíveis significados. Na obra a ser abordada será possível que os alunos alcancem um nível estético que possibilitará inúmeras interpretações, e não um senso comum, pois assim, a função artística estaria perdida.


O método e a obra:

Na atualidade, o espaço que arte ocupa é imprescindível para a definição de seus significados sendo que ele não deve ser pensado após a concepção, mas em conjunto. Neste caso, a obra é o espaço e o espaço é a obra.
Localizada no maior centro de arte ao ar livre da América Latina (Inhotim - Brumadinho/MG), Impregnação, Desvio para o vermelho: Entorno, e Desvio é obra e instalação. Composta por três salas em sequência, o espectador é guiado com olhos famintos de curiosidade até a ultima sala, sendo essa um beco sem saída.
Escolhemos essa instalação pois, em condições utópicas, todos os alunos seriam levados para o centro de arte e vivenciariam a experiência estética que não envolve apenas a visão, mas também o tato e a audição. Sendo que ESTAR dentro da obra seria o maior diferencial, e portanto o primeiro método de contato indivíduo-obra. Depois que eles tivessem toda a experiência e liberdade de interpretação, seriam desligados do espaço, seja no ambiente exterior em Inhotim ou numa sala de aula. Neste momento é feita a leitura de imagem e sequência didática para captar e definir um novo nível de desenvolvimento estético. Utilizando os verbos no passado, os alunos são levados a aguçar sua memória e resgatar seus sentimentos e interpretações para contá-los. A memória e uma possível mostra de fotografias impressas seriam o segundo contado dos alunos com a obra.

A leitura da obra e sua adaptação de sequência didática.

1º- Descritivo/Narrativo

Neste caso utilizaríamos da memória dos alunos para que eles descrevessem a sua experiência:

  • O que vocês viram, ouviram e sentiram?
  • O que era a obra?
  • Que impressão aquele ambiente te passou?

2º - Construtivo

Num segundo momento levantar questões que remetam aos elementos constitutivos da obra: para a instalação em questão, o levantamento das questões a seguir sejam as mais introdutivas para a construção de um mesmo estágio de desenvolvimento estético por serem unificadoras:

  • Que cores aparecem mais na obra?
  • Por que será que aparece mais essas cores, quais os elementos se destacam?
  • Eles se unem?
  • Como você percebe isso?

3º - Classificatório

Após essa análise descritiva, apresentar as informações externas à obra: título, quem é o autor, de onde ele é, ano e local da obra e retomar a conversam para comparar se o que haviam dito está relacionado à essas novas informações.
A título de maior aproveitamento e (talvez) entendimento, os alunos podem ser orientados a pesquisar o nome da obra não como uma obra em si, mas apenas seu título solto para contextualizá-lo. Exemplo:

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