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A ANTROPOLOGIA PORTFOLIO CICLO

Por:   •  25/5/2021  •  Seminário  •  759 Palavras (4 Páginas)  •  172 Visualizações

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CLARETIANO – CENTRO UNIVERSITÁRIO

GESTÃO PÚBLICA (TECNOLÓGICO)

SILAS FERRAZ - RA Nº 8142504

ANTROPOLOGIA, ÉTICA E CULTURA

PORTFÓLIO – CICLO 3

Texto acadêmico apresentado como aluno em Gestão Pública (Tecnológico) – como requisito parcial para a aprovação na disciplina Antropologia, Ética e Cultura - Professor Responsável: Everton Luis Sanches.

Osasco – SP

2021

PORTFÓLIO – CICLO 3 – DUALIDADES EXISTENCIAIS: IMANÊNCIA E TRANSCENDÊNCIA; CONDICIONAMENTO E LIBERDADE

Título: O aluno - The first Grader

Trata-se de análise de filme que descreve a experiência real, de um negro, queniano, Kimane Ng’ang’a Maruge, ex-guerrilheiro durante a luta pela independência e a realidade pós-independência no Quênia, nos anos 1950.

Kimane Ng’ang’a Maruge, lutou pela independência, sendo preso em campo de concentração e brutalmente torturado pelos representantes do governo britânico e libertado após a independência do seu país.

Maruge, aos 84 anos, após tomar conhecimento de um comunicado oficial de “Educação para todos” emitido pelo governo do Quênia, tem que novamente lutar para tentar ingressar numa escola primária de seu país para aprender a ler, e ter a plena liberdade.

Mesmo após ter recebido, em 2004, uma carta enviada pelo presidente do Quênia, em reconhecimento à sua luta pela independência do país, Maruge não podia exercer livremente o direito de ingressar numa escola primária para aprender a ler a própria carta enviada pelo presidente do Quênia.

Noutros termos, lutou pela libertação de seu país, foi preso e torturado em campo de concentração, e mesmo assim estava sendo punido pelo seu país ao não lhe ser permitido “aprender a ler”, como se fosse um inimigo da nação.

A história real em análise é uma “possível” comparação da junção dos exemplos indicados no material de estudo, de Viktor Frankl (1905-1997), que passou por um a campo de concentração, e de Bert Hellinger (1925-2019) que, mesmo se opondo ao nazismo, foi punido como se fosse um defensor convicto de Hitler.

A luta de Maruge não foi fácil, encontrou muitos obstáculos na sociedade em que convivia. As pessoas da aldeia, as autoridades e alguns professores rejeitavam a inserção de Maruge na escola primária. Por ser um ex-guerrilheiro, um velho, não poderia ocupar o espaço de uma criança.

As vezes o impediam de estudar porque não tinha caderno e lápis. Maruge providenciou o caderno e o lápis. Tentou novamente, agora não podia estudar porque não tinha o uniforme, Maruge arrumou o uniforme. Foi superando todos os obstáculos que o impediam de aprender a ler.

Para o sistema, o “velho” Maruge não representava mais nada de útil para a sociedade capitalista, não iria produzir ou consumir mais nada, não era “líquido”, então desnecessário deixar uma pessoa velha receber educação estatal para no final ser simplesmente uma pessoa educada, no sentido de formada.

Saber ler, ser educado, ter conhecimento para o “velho” aluno, tinha o mesmo sentido de ser livre, de plena liberdade, doutra forma, ter conhecimento levava o ser humano a enfrentar a problemática humana.

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