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A Construção Sociológica da Juventude

Por:   •  7/6/2019  •  Resenha  •  909 Palavras (4 Páginas)  •  346 Visualizações

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PAIS, José Machado. A construção sociológica da juventude. Análise Social (Porto), vol. XXV (105-106), p. 139-65, 1990

Bruna Monara Jascuf Cordeiro[1]

José Machado Pais é Licenciado em Economia e doutorado (com agregação) em Sociologia e em seu texto traz em seu texto “A construção sociológica da juventude—alguns contributos" traz os paradoxos frente as representações de juventude, nos fazendo, ao longo do texto, questionar e refletir acerca de tais conceitos, o que é ser jovem e como se configura a juventude,  abordando o conceito juventude e suas facetas como construção social do indivíduo, encarando a juventude como uma fase de passagem para o mundo adulto, com diversos problemas sociais e históricos causados pela juventude. Reflete sobre como as camadas socais e os interesses são vistos a cada jovem e como essa fase da juventude é importante para a criação de sua identidade antes de ingressar no “mundo adulto”, mas o que significa ser jovem, e até quando alguém pode ser considerado jovem? e como alguns acontecimentos históricos dificultam o jovem para passar por essa fase? São alguns elementos discutidos pelo autor.

Pais descreve que a juventude enquanto categoria social, é manipulável politicamente, e nos aponta os diversos paradoxos resultantes das diferentes áreas ao definir a juventude. Dessa forma nos remete a refletir sobre a importância de questionarmos as definições de jovens e juventude, uma vez que não podemos ter a juventude como experiência única e homogenia. A cultura juvenil pode ser explorada entre a similaridade de jovens entre grupos sociais, sujeitos da mesma idade e interesses, sendo caracterizada pelo processo de mudança que ocorre entre a adolescência e o mundo adulto, sendo considerada um período muito instável determinado por problemas sociais que são considerados fatos que ocorrem enquanto buscam essa autonomia que os leva para o mundo adulto.

Falar em juventude implica reconhecer a temporalidade presente nessa passagem. Em cada período histórico e nas várias formações sociais, as concepções, as representações, as funções atribuídas aos jovens na vida social e a compreensão de seu desenvolvimento serão diferentes. Além desta diversidade, na própria formação social, haverá diferenças a partir da posição que o jovem ocupa nas relações sociais. Com base nas concepções de juventude a mesma enfrenta um estigma social, sendo levada a ser considerada como um problema social. Nos levando a questionar sobre como os estudos sociológicos que aferiram uma imagem aos jovens. Com descobertas acerca da infância e das crianças como categorias, a juventude passou também a ser vista como fase de vida. E assim começaram a surgir preocupações resultantes de problemáticas sobre os comportamentos dos jovens e a percepção de hábitos juvenis.

Retrata a geração conhecida como “baby boomers” enfrentaram uma crise no setor de empregos que trouxe à tona diferença ou a separação entre o mundo juvenil e o mundo adulto. É preciso reconhecer que, histórica e socialmente, a juventude tem sido considerada como fase de vida marcada por uma certa instabilidade associada a determinados “problemas sociais” e na década de 60 esses problemas que geraram a crise de empregos para os jovens, trouxe também pontos negativos para a concepção de juventude e adultos. Onde para ser considerado adulto você necessita possuir uma instabilidade econômica e financeira, possuir casa própria, levando os jovens a necessitarem morar com seus pais, causando certa delinquência juvenil e o atraso do jovem para entrar para o mundo adulto.

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