A INCLUSÃO ESCOLAR NO MUNICÍPIO DO RJ, SOB O OLHAR DA PSICOPEDAGOGIA
Por: Mery Pereira • 26/10/2019 • Monografia • 13.731 Palavras (55 Páginas) • 252 Visualizações
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AGRADECIMENTOS[pic 3][pic 4][pic 5][pic 6][pic 7][pic 8][pic 9][pic 10][pic 11][pic 12]
DEDICATÓRIA
RESUMO[pic 13][pic 14][pic 15]
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A inclusão social surgiu como oposição à prática da exclusão, em seu sentido total, os “diferentes” eram considerados incapazes, levando assim uma vida sem grandes perspectivas. Ainda hoje, na educação existem muitas discussões referentes à inclusão das pessoas com deficiência na escola regular, pois implica numa mudança de paradigmas, causando alterações na prática educativa e desacomodando toda a comunidade escolar.
A educação de pessoas com deficiência, no Brasil, se realiza, prioritariamente, no sistema regular de ensino, com apoio educacional em sala de recursos e/ou com apoio de professor itinerante. Nesses espaços pedagógicos o aluno desenvolve o currículo do ensino fundamental, acrescido das complementações curriculares específicas dadas pelo professor especializado, principalmente, no que diz respeito ao desenvolvimento de um programa que propicie à pessoa com deficiência seja ela qual for um bom aproveitamento e bom rendimento alcançando os objetivos propostos para a aula.
A razão deste trabalho monográfico se justifica por trabalhar na rede pública de ensino do rio de janeiro observando “in locco” a situação dos alunos especiais, a inclusão dos mesmos nas classes regulares e iniciais e verificar o quanto é necessária a intervenção ou a mediação de um psicopedagogo para o melhor desenvolvimento do docente em sala de aula e do discente em sua vida como um todo.
METODOLOGIA[pic 17][pic 18][pic 19]
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Esta monografia foi concebida a partir da leitura crítica de diversas publicações e artigos especializados na área da psicopedagogia, que analisam a formação oferecida aos professores em programas específicos à área da deficiência
O objetivo foi de realizar pesquisa focada, com a coleta de informações que contribuíssem diretamente para a obtenção da conclusão do tema abordado. Desta forma, busquei explorar, discutir e estudar como se processa a inclusão escolar no Rio de Janeiro, sob o aspecto psicopedagógico., constatando se ainda existe resistência a este processo por parte do aluno, família e educadores, visto que a deficiência, muitas vezes, é vista como sinônimo de inferioridade e incapacidade.
Trata-se de um estudo cuja opção teórico/metodológica se fundamentou em uma pesquisa bibliográfica que teve como principal objetivo, ampliar a reflexão e contribuir com mais esclarecimentos sobre a proposta da inclusão escolar de alunos com deficiência.
SUMÁRIO
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INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
Educação Inclusiva: Breve Relato Histórico no Brasil e na Cidade do Rio de Janeiro 09
CAPÍTULO II
O Acolhimento dos Alunos com Necessidades Especiais nas Escolas Regulares do Município do Rio De Janeiro 18
CAPÍTULO III
O Olhar da Psicopedagogia para a Inclusão Escolar 32
CONCLUSÃO 44
BIBLIOGRAFIA 46
ÍNDICE 50
INTRODUÇÃO
Para abordar o tema inclusão, é preciso pontuar que o princípio que o norteia extrapola o campo educacional. Pensar em inclusão é considerá-la no âmbito maior que envolve o campo social e obriga a dividir as discussões entre governo, escola e sociedade.
A educação de pessoas com deficiência, no município do Rio de Janeiro, se realiza, prioritariamente, no sistema regular de ensino, com apoio educacional em sala de recursos coordenadas pelo Instituto Helena Antipoff (IHA), órgão vinculado à Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro (SME-RJ). Nesses espaços pedagógicos o aluno desenvolve o currículo do ensino fundamental, acrescido das complementações curriculares específicas dadas pelo professor especializado, principalmente, no que diz respeito ao desenvolvimento de um programa que propicie à pessoa com deficiência seja ela qual for um bom aproveitamento e bom rendimento alcançando os objetivos propostos para a aula.
O IHA foi criado com a responsabilidade de organizar, desenvolver e acompanhar, tanto as ações destinadas aos com necessidades especiais, como propor formação continuada aos docentes que atuam na rede municipal com estes alunos. Porém, segundo SANTOS-LIMA (2008), o conhecimento atual dos profissionais de ensino, em seus próprios relatos, não são suficientes para terem a noção dos processos de aprendizagem “dessas crianças, bem como suas técnicas, seus recursos, seus materiais necessários”.
Neste sentido, seguindo o pensamento de FERNÁNDEZ (2001), esta monografia destaca o papel do psicopedagogo como profissional com maior preparo ao se deparar com o contexto da inclusão escolar, pois este poderá mediar perante os professores, avaliar os alunos, intervir no ato de ensinar de maneira construtiva e no ato de aprender de forma prazerosa e produtiva.
CAPÍTULO I
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: BREVE RELATO HISTÓRICO NO BRASIL E NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
Nos séculos XVII e XVIII, no Brasil, observou-se uma era de extrema ignorância e discriminação no que diz respeito à Educação Inclusiva. Tanto que tal período caracteriza-se pela rejeição do “deficiente” diante da família, da escola e da sua comunidade. Inclusive eram internados em instituições onde eram tratados como doentes mentais (BRASIL, 2001, p. 25).
Em meados do século XIX aconteceu “a institucionalização especializada”, onde as pessoas excluídas em seus lares recebiam “alguma educação”, mas fora das escolas, sem contato com a sociedade.
Aos poucos, no século XX, alguns indivíduos deram início a um movimento em prol dos deficientes, de sua discriminação e de sua inclusão social. Porém, neste mesmo período da História confirmam-se ainda dúvidas e comparações sobre o ensino e a aprendizagem dos educandos com necessidades especiais, criando ainda uma grande exclusão no ambiente escolar.
Conforme esclarece JANNUZZI:
“A partir de 1930, a sociedade civil começa a organizar-se em associações de pessoas preocupadas com o problema da deficiência: a esfera governamental prossegue a desencadear algumas ações visando à peculiaridade desse alunado, criando escolas junto a hospitais e ao ensino regular, outras entidades filantrópicas especializadas continuam sendo fundadas, há surgimento de formas diferenciadas de atendimento em clínicas, institutos.” (JANNUZZI, 2004, p. 34)
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