A Recensão Crítica
Por: 19990101 • 8/1/2019 • Trabalho acadêmico • 477 Palavras (2 Páginas) • 158 Visualizações
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Sociologia da Educação I
Licenciatura em Educação (regime pós-laboral)
2018/2019
Recensão crítica
Os excluídos do interior - Pierre Bourdieu
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Figura 1- Pierre Félix Bourdieu
Pierre Félix Bourdieu nasceu no dia 1 de agosto de 1930, em Denguin, França.
Foi um importante sociólogo e pensador francês, também autor de várias obras muito importantes para o entendimento da Sociologia e da Etnologia no século XX.
Mudou-se para Paris, ingressou na Faculdade de Letras, onde se licenciou em Filosofia, e obteve graduação em 1954.
Entre 1958 e 1960, foi professor assistente na Faculdade de Argel.
A partir de 1960, Bourdieu obteve análises no âmbito da sociologia da educação e da cultura que influenciaram algumas gerações, onde obteve o reconhecimento de alguns estudantes e investigadores. Bourdieu, nas suas obras, investigou as sociedades de classes, que é um tema muito procurado por investigadores, onde se pretende compreender como é que pequenos grupos de indivíduos conseguem apropriar-se dos meios de dominação, que lhes permitem representar a realidade. Para compreender o mundo, é necessário transformar-se num instrumento de libertação. A cultura, é um sistema que se torna num móvel de lutas entre grupos sociais, com a finalidade de manter distanciamentos distintos entre classes sociais, a dominação cultural encontra-se numa posição na hierarquia social que corresponde a uma cultura especifica (média, de massa, elitista), que são caracterizadas pela pretensão, pela privação e pela distinção, respetivamente.
Bourdieu afirma, que a escola é vista como um meio reprodutor de dominação, cuja função é servir de instrumento de legitimação das desigualdades sociais, é conservadora e preserva a dominação das classes privilegiadas sobre as classes populares, sendo então vista como um instrumento que reforça as desigualdades, pois existe um acesso distinto à cultura segundo a origem de classe.
Para Pierre Bourdieu, “para que sejam desfavorecidos os mais favorecidos, é necessário e suficiente que a escola ignore, no âmbito dos conteúdos do ensino que transmite, dos métodos e técnicas de transmissão e dos critérios de avaliação, as desigualdades culturais entre as crianças das diferentes classes sociais. Tratando todos os educandos, por mais desiguais que sejam eles de fato, como iguais em direitos e deveres, o sistema escolar é levado a dar sua sanção às desigualdades iniciais diante da cultura”.
Bourdieu escreveu ‘’Os excluídos do interior’’, que retrata novas formas de desigualdade escolar, onde se separam os educandos segundo o itinerário escolar, a sala de aula, o local de ensino, o tipo de estudos e as opções curriculares. De certa forma, trata-se de uma ‘’exclusão branda’’ que passa despercebida. Pierre argumenta que ‘’conservando em seu interior os excluídos, postergando sua eliminação, e reservando a eles os setores escolares mais desvalorizados.’’ Quando se observam os critérios de avaliação, é frequente verificar-se: assiduidade, organização dos cadernos, comportamento, dicção, aparência física etc. Estes critérios, oferecem aos professores uma grande margem de avaliação, ‘’A escola permanece uma das instituições principais de manutenção de privilégios’’.
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