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A relação da Engenharia de Produção com a Condição Pós Moderna

Por:   •  14/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.028 Palavras (9 Páginas)  •  258 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA

A RELAÇÃO DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO COM A CONDIÇÃO PÓS-MODERNA

BRASÍLIA

2015

A RELAÇÃO DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO COM A CONDIÇÃO PÓS-MODERNA

Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina Introdução à Sociologia, no Curso de Engenharia de Produção, na Universidade de Brasília.

Professora:

BRASÍLIA

2015

RESUMO

        O conceito de Pós-Modernidade e o seu início ainda geram inúmeros conflitos entre historiadores, sociólogos e filósofos, pelo fato do alto dinamismo social do século XX e XXI. Entretanto, apesar dos dilemas, muitas características comuns narradas pelos estudiosos  descrevem esse período. O objetivo deste trabalho é relacionar a ótica do geógrafo David Harvey que associa a condição Pós-Moderna à acumulação flexível, com a ascensão e transformação da área da Engenharia de Produção. A acumulação flexível representa o surgimento de novos setores de produção, novos mercados, e uma rapidez exacerbada na inovação comercial, tecnológica e organizacional. Nesse contexto a Engenharia de Produção e sua ampla dominância sobre sistemas revela-se como um grande elo entre tecnologias, processos, pessoas, clientes, fornecedores, governo e a preocupação com aspectos dessa flexibilidade como a redução de custos, satisfação dos clientes, qualidade do produto, cumprimento prazos, e adaptação a novas circunstâncias de mercado.

Palavras-chave: Pós-Modernidade. David Harvey. Acumulação flexível. Engenharia de Produção.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO        

2 COMPETÊNCIAS DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO        

2.1 A Engenharia de Produção no Brasil e no mundo        

3 A PÓS-MODERNIDADE E SUAS CONDIÇÕES SOCIOCULTURAIS        

3.1 Condição Pós-Moderna e Engenharia de Produção        

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS        

BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................... 9

1 INTRODUÇÃO

        A Pós-Modernidade trouxe a sociedade de meados do século XX até hoje condições sociais, culturais, econômicas, políticas e artísticas baseadas no capitalismo financeiro. Um dos primeiros filósofos a usar o termo Jean-François Lyotard define este período como o que colocou o fim das metanarrativas, ou seja, tudo o que tentava explicar e dar sentido a ação humana. Diferente da Modernidade onde a razão predominava e existia grande otimismo em relação ao futuro, na Pós-Modernidade a ciência já não é mais a detentora da verdade.

        Nesse viés, o geógrafo David Harvey explora a questão da acumulação flexível, como a característica da Pós-Modernidade que flexibiliza os processos e mercados de trabalho, trazendo a tona consequências como a incrível rapidez de giro da inovação e da produção acompanhada de uma aceleração no consumo a qual banalizou a vida útil do produto. Além disso, Harvey destaca que houve uma transição do modelo fordista de produção para a flexibilização (onde as tecnologias assumem um papel de destaque na indústria) , o que gerou o desemprego estrutural, a subcontratação, a terceirização de serviços, uma desvalorização da força de trabalho e o enfraquecimento dos sindicatos.

        Diante de toda essa realidade atual, as novas tecnologias abrem espaço para um profissional dotado de qualidades técnicas, gerenciais e empreendedoras. Tais adjetivos contemplam a área de Engenharia de Produção a qual tem sua origem mais remota na Revolução Industrial no século XIX quando surgiu a preocupação em organizar, integrar, mecanizar, mensurar e aprimorar a produção. Entretanto a Engenharia de Produção é considerada uma área recente ou um novo ramo da engenharia pelo fato da Pós-Modernidade introduzir condições sociais e econômicas que colocam esse profissional em evidência. Logo,  a condição Pós-Moderna e o estudo da criação e gestão de sistemas produtivos estão intimamente relacionados.

2 COMPETÊNCIAS DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

        

        A área de atuação do engenheiro de produção é muito ampla e apesar de possuir relação difere da administração em várias aspectos, como o conhecimento técnico."Compete a Engenharia de Produção, o projeto, a implantação, a operação, a melhoria e a manutenção de sistemas produtivos integrados de bens e serviços, envolvendo homens, materiais, tecnologias, informação e energia." (Associação Brasileira de Engenharia de Produção - ABEPRO, 1998). O curso de engenharia de produção foi baseado na grade de administração de empresas e também deriva da engenharia mecânica, dessa forma foi possível unir dois pontos de interesse: o conhecimento técnico e as habilidades de gestão.

2.1 A Engenharia de Produção no Brasil e no mundo

        

        A Revolução Industrial transformou a vida da sociedade no século XIX ao inserir poderosas máquinas industriais que permitiram a produção em escala e a queda nos preços dos produtos. Já no século XX a Administração Científica , criada por  Frederick Winslow Taylor utilizava o método científico e o estudo dos tempos e movimentos para garantir o melhor custo/benefício possível aos sistemas produtivos. Tais acontecimentos estão ligados ao surgimento da Engenharia de Produção, além disso com a massificação do consumo , a valorização do ter em detrimento do ser, a busca incessante pela evolução e desenvolvimento da indústria colocaram essa área em destaque na atualidade.

        No Brasil, o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961) estabeleceu o Plano de Metas, cuja intenção era evoluir "Cinquenta anos em cinco" por meio de metas distribuídas em energia, alimentação, transporte, indústria de base e educação. Nesse período houve êxito no desenvolvimento industrial, pois Juscelino abriu a economia brasileira para o capital internacional o que atraiu investimentos de grandes empresas como as montadoras de automóvel Volkswagen, Ford, Willys e GM (General Motors) ocasionando êxodo rural e migração para o sudeste onde estava disponível a maior oferta de empregos. Diante desse contexto foi criado o primeiro curso de Engenharia de Produção na Escola Politécnica da USP em 1958 coordenado pelo professor Ruy Aguiar da Silva Leme.

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